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Salus in Caritate

Cultura Católica


O mar de Pourville por Monet (Impressionismo)






Uma das minhas metas é escrever, inclusive fiz essa meta por não conseguir fazer nenhuma outra.

Há momentos na vida em que simplesmente os sonhos e metas somem, não como num estado depressivo necessariamente, mas como alguém que não conhece o lugar em que está. Como numa viagem em que se para numa cidade desconhecida, não é o término, não é o destino da viagem, mas lá estamos. Então fazemos o que já sabemos fazer, e podemos fazer, em qualquer lugar.

Não sei se somente eu sinto isso, mas parece que estamos todos cansados e cansativos, desesperançados, as frases já tão repetidas não fazem mais efeito.

Eu estava lendo o comentário de São João Crisóstomo à carta de São Paulo aos Gálatas. Bem, ele fala sobre a fé de crer sem ver, que nós somos mais felizes pois de fato cremos sem ver, enquanto outros viram o Senhor Jesus e não creram. Crer… Amar… Esperar.

Sempre achei que em cada momento da história da humanidade os santos se destacavam pela vivência mais brilhante de uma das três virtudes teologais. Nos primeiros séculos, a Fé dos Mártires brilhou, a Caridade até muito recentemente, e a Esperança, ao meu ver, será a virtude que brilhará no final dessa era.

Eu não sei se estou sendo feliz em explicar, existem alguns pensamentos que, quando escritos, possuem muitas falhas pela limitação da linguagem e capacidade de quem escreve. Mas, resumindo, me parece que a esperança será a santificadora desses tempos… Santo Luís de Montfort disse que os santos dos últimos tempos serão maiores do que qualquer santo já visto na Igreja (veja bem, maiores que Padre Pio… é claro que não acho que ele fala da nossa geração). No entanto, suspeito que ele diz isso porque terão, e já temos, que fazer um esforço gigante para manter a sanidade e outro para alcançar a santidade.




Todos estão cansados, e é porque estamos vivendo em estado de sítio. Estamos cercados por todos os lados: alguns fisicamente, com suas dores, fraquezas e limitações; alguns psicologicamente, pelo medo, pela insegurança, pela falta de esperança, pelo cansaço, pela tristeza; outros estão cercados pelos dois. E todos estamos cercados por palavras que nos fazem adoecer, vindas da TV, do rádio e de todos os locais. Tudo se tornou um discurso político, até mesmo a fala dos bons. E quando digo político, não me refiro à discussão de ideias, e sim ao partidarismo e apoios que transpassaram o bom senso do saudável para humanos. Novamente, falo tanto dos revolucionários como dos normais. Todos os discursos, de ambos os lados, estão voltados para o medo e a insegurança, usados como armas para alistar as pessoas a uma ou outra ideia.

Ninguém está interessado na pessoa que está escutando ou lendo o conteúdo. Nós estamos presos em nós mesmos, cada vez mais.

Esses tempos andei pensando muito sobre a frase que o Papa Francisco mais fala: “sair de si”, “uma Igreja em saída”… Sempre achei as explicações para a fala do Papa muito ruins, me parecia que faltava alguma coisa nas explicações… Isso porque pareciam frases de autoajuda (nada contra, veja bem), e eu achava que o Papa não falaria algo que encontramos numa prateleira de livraria. Até que recentemente me deparei com o que ele disse, na prisão em que eu e você estamos, consciente ou inconscientemente, e que nos impede de ver o outro de verdade. Vou dar exemplos: a maior parte de nós, quando sabe do problema de alguém, dedica no máximo meia hora e depois volta para si e seus problemas… É raro encontrar alguém que ofereça ajuda concreta e palpável; é comum encontrar quem diz “pode chamar se precisar” e, no entanto, não passa o contato. Eu acho que o Papa estava falando disso, sabe? Dessa falta de atenção genuína e efetiva, que se torna gesto concreto, que testifica alguém que saiu de si para ajudar.

The Cliff Walk, Pourville por Monet (Impressionismo)







Visitei a América do Norte uma única vez, um presente da Santa Virgem na verdade, e até hoje penso em coisas que aprendi lá, observando os costumes locais. Eu cheguei e a vizinha, que não me conhecia, deixou um bolo no hall da casa em que fiquei hospedada e me disseram: “É pra você!”. Minha mente deu um nó, nunca pensei que aquilo pudesse ser real, que as pessoas separam mesmo um tempo do dia para fazer ou comprar, que seja, um bolo para uma desconhecida hóspede da vizinha.

Depois, eu fui visitar uma pequena capela com 24 horas de adoração. A moça que estava comigo, depois de rezar um tempo, disse que ia sair para comprar flores… Bem, eu olhei o altar e vi que tinha muitas flores, eram rosas vermelhas, parece que ela as achou cansadinhas e foi comprar novas. E não, ela não era da equipe de manutenção, ou limpeza ou seja lá o que for na capelinha… Ela era só uma fiel que participava da adoração.

Em outro momento, uma das moças estava passando um pouco mal e, logo que a comunidade ficou sabendo, alguém fez uma sopa, uma vizinha que também era da mesma igreja, e levou lá.

Esses cuidados me vieram muito à mente nesses dias. Talvez seja por ser um grupo pequeno que sustentam uns aos outros, mas vi muito da igreja primitiva nessas atitudes simples e sem nenhuma intenção de abalar o mundo conhecido. Tenho tentado ser mais atenta às pessoas para fazer algo concreto, para fazer parte do pequeno número dos que fazem algo mesmo. É bem desafiador, nós todos estamos habituados a dar alguns minutos de atenção aos que precisam de ajuda e depois deixar pra lá. Eu acho que já fiz isso e já fizeram isso comigo. Eu sempre acho estranho que se pergunte “Como você está?” e depois da resposta nada de concreto vem, é uma pergunta vazia. Foi nesses momentos que me lembrei de tudo que contei antes. Quando uma pessoa precisa de ajuda… ela precisa de ajuda, não de palavras.

Uma vez o professor Olavo disse isso (se ele souber que eu o citei no mesmo texto que citei Sua Santidade rsrs), salvo várias ressalvas em suas falas, acrescidas da minha gratidão - já que a justiça me impede do contrário - ele disse que o brasileiro tem essa mania de discursar quando a pessoa pediu ajuda e não discurso. Infelizmente, é a pura verdade. Claro que palavras são curativas, quando você pediu palavras, como ao buscar uma terapeuta, um padre, enfim. Mas muitas vezes a pessoa precisa de coisas concretas, ajudas concretas e palavras são inúteis, não fazem surgir a solução concreta e nem facilitam o caminho para a solução.

Sair de si é um desafio mesmo, já que estamos soterrados em nós mesmos, cercados de todos os lados em várias instâncias. E para sair de si é preciso ter esperança.

A esperança é simbolizada por uma âncora. Um barco, quando está ancorado, está esperando, parou. Talvez precisemos parar, ancorar, para sair de si, para contemplar, para viver, para ficar forte no posto, para não ser levado pelas ondas, para estar seguro no porto do Senhor. Ancorados.


Singelamente, Ana 




Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025). 







Livro A Mulher Católica: Graça & Beleza (Ana Paula Barros)







"Pitágoras foi o primeiro que chamou de filosofia ao estudo da sabedoria, preferindo ser conhecido como filósofo do que como sábio, pois antes dele os homens que se dedicavam a este estudo chamavam-se sofos, isto é, sábios. Mas é belo que ele tivesse chamado aos que buscam a verdade de amantes da sabedoria em vez de sábios, porque a verdade é tão escondida que por mais que a mente se inflame em seu amor e se disponha à sua busca, ainda assim é difícil que possa vir a compreender a verdade tal como ela é. Pitágoras, porém, estabeleceu a filosofia como a disciplina daquelas coisas que verdadeiramente existem e que são, em si mesmas, substâncias imutáveis.

A filosofia é o amor, o estudo e a amizade da sabedoria; não porém desta sabedoria que trata de ferramentas, ou de alguma ciência ou notícia sobre algum método fabril, mas daquela sabedoria que, não necessitando de nada, é uma mente viva e a única e primeira razão de todas as coisas. Este amor da sabedoria é uma iluminação da alma inteligente por aquela pura sabedoria e como que um chamado que ela faz ao homem, de tal modo que o estudo da sabedoria se nos apresenta como uma amizade daquela mente pura e divina. Esta sabedoria impõe a todo gênero de almas os benefícios de sua riqueza, e as conduz à pureza e à força própria de sua natureza. Daqui nasce a verdade das especulações e dos pensamentos, e a santa e pura castidade dos atos." (Hugo de São Vítor)









Acessar o Portal Educa-te aqui















"Em 27 de junho de 1862, contando com 23 anos, anota a seguinte reflexão:
Seguirei com vivacidade o plano de estudo proposto pelo Padre Graty aos amigos da verdade e da sabedoria: seis anos empregados no estudo sério das ciências e da Teologia. Hesitei; gostaria mais de um trabalho mais fácil... Mas o que eu poderia responder? Que não tenho coragem? Mas essa é uma palavra digna de um homem e de um cristão? Fizeste, meu Deus, reprovações interiores à minha laxidão. Procurei-Vos na oração e tomei minha resolução. Ó Jesus, abençoai essa resolução e me dê a força de cumpri-la. Ó Jesus, eu me consagro a Vós. Começarei amanhã. Vida regrada, trabalho constante, oração viva e interior, meditação profunda" (Professor Ollé-Laprune em As fontes da paz intelectual, 1892).


"Vossa piedade não deve ser restrita, pouco inteligente, mas uma piedade esclarecida, uma piedade de horizonte largo. Há pessoas que julgam poder ocultar a ignorância debaixo do véu da piedade, [mas] sede engenhosa em regularizar vossas ocupações, de modo que possais empregar, cada dia, algum tempo na leitura e no estudo. Aprende não o que é vão, o que passa, mas aquilo que perdura, e que se encontra na eternidade" (Maria Luiza Chaveut em a Virgem Cristã, 1927).



Plano de Leitura Bíblica 



Desde o começo deste trabalho, tenho como intenção fornecer ferramentas que possam alavancar a sua vivência da fé católica e enraizá-lo nas belezas da tradição da Santa Mãe Igreja. Para isso, é preciso se deixar preencher e educar pelas Sagradas Escrituras, pelo Santo Magistério e pela Santa Tradição da Igreja.

Este projeto, iniciado em 2020, permanece disponível até hoje, cinco anos depois, como um calendário inteligente. Caso já tenha realizado esta leitura conosco, apresento-lhe a atualização deste ano, que poderá acompanhá-lo por mais alguns anos. Você poderá começar assim que descobrir este material, não precisando esperar o começo de um novo ano ou de um novo mês. Além disso, sugiro vários comentários dos santos, que são nossas leituras de apoio seguras. Estes comentários são dos doutores da Igreja ou bons exegetas a respeito das Sagradas Escrituras, iniciando assim um processo de enraizamento nas Escrituras, no Magistério e na Tradição.

A proposta é realizar a leitura em ordem cronológica, gerando uma percepção mais clara dos acontecimentos e dos ensinamentos.

Os comentários não são meus, são retirados dos escritos dos doutores da Igreja, por isso as referências bibliográficas estão disponíveis. Eu fiz uma curadoria dos comentários, uma seleção, pois o material original é quatro vezes maior. Também adicionei mapas e a visão geral dos livros. Basta correr a página para acessar os materiais dos comentários.

Siga as orientações no calendário e visite esta postagem ao término da leitura de cada livro bíblico para acessar os textos de apoio. 




Atenção: Você deve ler o Novo Testamento antes do Antigo Testamento, isso significa que lerá em um ano o NT e no ano seguinte o AT. 



BAIXE AQUI SEU CALENDÁRIO DE LEITURA BÍBLICA NT 


BAIXE AQUI SEU CALENDÁRIO DE LEITURA BÍBLICA AT 



Comentários dos Doutores da Igreja para cada livro do Novo Testamento



Carta aos Gálatas 
São João Crisóstomo sobre a Carta aos Gálatas  (ler online aqui ou baixar PDF aqui)
Frutos do Espírito Santo por São Tomás de Aquino (ler online aqui ou baixar PDF aqui)



Carta de São Tiago
São Tomás de Aquino sobre o Espírito Santo: fé e obras (ler online aqui ou baixar PDF aqui)


Carta aos Tessalonicenses I e II
Aula do Professor Sidney Silveira sobre os Comentários de São Tomás de Aquino aos Tessalonicenses (aqui)



Carta aos Coríntios I e II
São Tomás de Aquino sobre a Primeira Carta aos Coríntios (ler online aqui ou baixar PDF aqui)



Carta aos Romanos 
Santo Agostinho sobre a Carta aos Romanos (ler online aqui ou baixar PDF aqui) 



Evangelho de São Marcos 
Comentários de São Tomás (ler online aqui, basta selecionar no canto superior à direita o capítulo e o versículo que terá os comentários de vários doutores reunidos por São Tomás, caso no seu computador ou celular esteja em espanhol e você queira traduzir basta habilitar a tradução do site, na ferramenta "traduzir" do Chrome, caso não saiba como faz basta procurar no Google).
Visão Geral do Evangelho de São Marcos - online aqui.


Evangelho de São Lucas 

Comentários de São Tomás (ler online aqui, basta selecionar no canto superior à direita o capítulo e o versículo que terá os comentários de vários doutores reunidos por São Tomás) 

Visão Geral do Evangelho de São Lucas e o Reinado do Senhor Jesus (online aqui)



Carta de São Paulo aos Efésios 

Comentário de São João Crisóstomo (baixar em PDF aqui e ler online aqui)



Carta de São Paulo aos Colossenses

Comentário de São João Crisóstomo (baixar em PDF aqui ou ler online aqui)



Carta de São Paulo a Filemon

Comentário de São João Crisóstomo (baixar PDF aqui ou ler online aqui)



Atos dos Apóstolos 

Comentário de São João Crisóstomo + Diário de Bordo (baixar PDF aqui ou ler online aqui)



Filipenses

Comentário de São João Crisóstomo  (baixar PDF aqui ou ler online aqui)


Carta a Timóteo

Comentário de São João Crisóstomo (baixar PDF aqui ou ler online aqui)


Carta de São Pedro (I e II) 

Primado Petrino por Santo Agostinho (ler online aqui)


Evangelho de São Mateus 

Comentários de São Tomás (online aqui, basta selecionar no canto superior à direita o capítulo e o versículo que terá os comentários de vários doutores reunidos por São Tomás)



Carta aos Hebreus

Comentário de São João Crisóstomo (baixar PDF aqui ou ler online aqui)


Carta de São Judas

Resumão  (baixar em PDF e ler online aqui)



Evangelho de São João

Comentários de São Tomás (online aqui, basta selecionar no canto superior à direita o capítulo e o versículo que terá os comentários de vários doutores reunidos por São Tomás)



Sobre as Cartas de São João e o Apocalipse (online aqui)



Trechos dos textos de apoio anexados acima foram retirados dos livros:


Patrística vol. 25 (Comentários de Santo Agostinho)
Patrística vol 27- 2/3 (Comentários de São João Crisóstomo)
Comentário a Tessalonicenses - Edição Bilíngue (São Tomás de Aquino)
Catena Áurea (Comentário aos Evangelhos de Santo Tomás de Aquino)O Apóstolo São João (Monsenhor Baunard, Reitor da Universidade Católica de Lille, 1974)






Comentários dos Doutores da Igreja para cada livro do Antigo Testamento



Gêneses

Resumão do Livro do Gênesis (on line aqui ou PDF aqui)
Comentários dos Doutores da Igreja sobre o Gênesis (on line aqui ou PDF aqui)

Jó

Resumão + Comentário dos Doutores da Igreja (on line aqui ou PDF aqui)



Êxodo

Resumão do Livro do Êxodo (on line aqui ou PDF aqui)


Levítico

Resumão do Livro do Levítico (on line aqui ou PDF aqui)


Números

Resumão do Livro do Números (on line aqui ou PDF aqui)



Deuteronômio

Resumão do Livro do Deuteronômio (on line aqui ou PDF aqui)



Josué

Resumão do Livro do Josué (on line aqui ou PDF aqui)



Juízes

Resumão do Livro do Juízes (on line aqui ou PDF aqui)



Rute

Resumão do Livro do Juízes (on line aqui ou PDF aqui)



Primeiro Samuel

Resumão de Primeiro Samuel (on line aqui ou PDF aqui)




Primeiro e Segundo Livro de Crônicas


Resumão de Primeiro e Segundo Livro de Crônicas (on line aqui ou PDF aqui)





Primeiro e Segundo Livro de Reis


Resumão de Primeiro e Segundo Livro de Reis (on line aqui ou PDF aqui)



Provérbios

Resumão de Provérbios (on line aqui)




Eclesiastes

Resumão de Provérbios (on line aqui)


Abdias

Resumão do livro de Abdias(on line aqui)


Jonas

Resumão do livro de Abdias(on line aqui)


Amós

Resumão do livro de Amós (on line aqui)


Miqueias

Resumão do livro de Miqueias (on line aqui)


Oseias

Resumão do livro de Oseias (on line aqui)



Isaías

Resumão do livro de Isaias e comentário de Lagrange (on line aqui)



Naum

Resumão do livro de Naum (on line aqui)


Sofonias

Resumão do livro de Sofonias (on line aqui)



Jeremias

Resumão do livro de Jeremias (on line aqui)



Habacuc

Resumão do livro de  Habacuc (on line aqui)



Lamentações

Resumão do livro de Lamentações (on line aqui)



Ezequiel

Resumão do livro de Ezequiel (on line aqui)



Joel

Resumão do livro de Joel (on line aqui)




Daniel

Resumão do livro de Daniel (on line aqui)



Esdras

Resumão do livro de Esdras (on line aqui)


Ageu

Resumão do livro de Ageu (on line aqui)



Zacarias

Resumão do livro de Zacarias (on line aqui)



Ester

Resumão do livro de Ester (on line aqui)



Neemias

Resumão do livro de Neemias (on line aqui)



Malaquias

Resumão do livro de Malaquias (on line aqui)



Tobias

Resumão do livro de Tobias (on line aqui)



Judite

Resumão do livro de Judite (on line aqui)



Baruc

Resumão do livro de Baruc (on line aqui)




Macabeus

Resumão do livro de Macabeus (on line aqui)




Eclesiástico

Resumão do livro de Eclesiástico (on line aqui)




Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025). 





















Anjo dos Macabeus por Doré



Este é um material de apoio do Projeto de Leitura Bíblica: Lendo a Bíblia, para baixar o calendário de leitura bíblica e os outros textos de apoio dos Doutores da Igreja , online e pdf, sobre cada livro da Bíblia, clique aqui.


Este projeto é um dos ramos de uma árvore de conteúdos planejados especificamente para o seu enriquecimento. Os projetos que compõem esta árvore são: Projeto de Leitura Bíblica com textos de apoio dos Doutores da Igreja (baixar gratuitamente aqui), Plano de Vida Espiritual (baixar gratuitamente aqui) e o Salus in Caritate Podcast (ouça em sua plataforma preferida aqui).







Livro dos Macabeus





Os macabeus (“martelos”) foram os integrantes de um exército judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida.

O Império Selêucida foi um Estado helenista que existiu após a morte de Alexandre, o Grande da Macedônia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. Entre 323 e 64 a.C., existiram mais de 30 reis da dinastia selêucida.

O período helenístico refere-se ao período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi neste período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.

Durante o período helenístico, foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.

Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística.

A dinastia dos asmoneus foi fundada sob a liderança de Simão Macabeu, duas décadas depois de seu irmão, Judas Macabeu (“Martelo”), derrotar o exército selêucida durante a Revolta Macabeia, em 165 a.C. (Guerra dos Judeus, Josefo).

O membro mais conhecido da dinastia foi Judas Macabeu, assim apelidado devido à sua força e determinação.

Os macabeus, durante anos, lideraram o movimento que levou à independência da Judeia e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C.

O Reino Asmoneu sobreviveu por 103 anos antes de render-se à dinastia herodiana, em 37 a.C. Ainda assim, Herodes, o Grande, sentiu-se obrigado a se casar com uma princesa da casa dos asmoneus, Mariamne, para legitimar seu reinado, e participou de uma conspiração para assassinar o último membro homem da família dos asmoneus, que foi afogado em seu palácio, na cidade de Jericó.


Lista de reis e governantes hasmoneus:

  • Judas Macabeu (164-160 a.C.) - Liderou sua família e os rebeldes contra o Império Selêucida.
  • Jônatas Macabeu (160-143 a.C.) - Governou como sumo sacerdote.
  • Simão Macabeu (142-134 a.C.) - Governou como sumo sacerdote.
  • João Hircano I (134-104 a.C.)
  • Aristóbulo I (104-103 a.C.)
  • Alexandre Janeu (103-76 a.C.) - Primeiro Hasmoneu a tomar o título de rei, além de sumo sacerdote.
  • Salomé Alexandra (76-66 a.C.)
  • Aristóbulo II (66-63 a.C.) - Deposto pelos romanos. Seu irmão, João Hircano II, foi feito sumo sacerdote em seu lugar.
  • João Hircano II (63-40 a.C.) - Colocado no governo como sumo sacerdote pelos romanos.
  • Antígono (40-37 a.C.) - Deposto pelos romanos, foi eleito Herodes, o Grande como rei da Judeia.

Herodes, o Grande , foi um rei do território da Judéia, como representante (rei cliente) do Império Romano, entre 37 a.C. (Aryeh Kasher, Eliezer Witztum, Karen Gold (trad.), King Herod: a persecuted persecutor : a case study in psychohistory and psychobiography, Walter de Gruyter, 2007).


Descrito como “um louco que assassinou sua própria família e inúmeros rabinos” (Ken Spiro, History Crash Course: Herod the Great), Herodes é conhecido por seus colossais projetos de construção em Jerusalém e outras partes do mundo antigo, em especial a reconstrução que patrocinou do Segundo Templo, naquela cidade, por vezes chamado de Templo de Herodes. Alguns detalhes de sua biografia são conhecidos pelas obras do historiador romano-judaico Flávio Josefo.


Seu filho, Herodes Arquelau, tornou-se etnarca da Samaria, Judeia e Edom de 4 a 6 d.C., e foi considerado incompetente pelo imperador romano Augusto, que tornou o outro filho de Herodes, Herodes Antipas, soberano da Galileia (de 6 a 39 d.C.). Parte dessa história política pode ser vista no filme José, o Pai de Jesus (ano 2000, disponível na Amazon Prime) e também no livro A Sombra do Pai, indicado pelo Papa Francisco(você encontra aqui). Segundo o livro de Atos, Herodes morreu durante seu discurso em Cesareia, onde as pessoas o chamavam de deus. Então, um anjo o feriu, pois ele havia recebido a honra que apenas Deus merece, e ele morreu comido por vermes (Atos 12, 19-23).

Eleazar por Doré. Eleazar é um mártir judeu retratado em II Macabeus 6. O versículo 18 afirma que ele "se sentava no primeiro lugar entre os doutores da lei" . Ele tinha noventa anos quando morreu (v. 24).





O Livro dos Macabeus foi excluído do cânon judaico por ter sido escrito em grego e é chamado de “deuterocanônico” por alguns cristãos. É o registro histórico das lutas travadas contra os soberanos selêucidas para obter a liberdade religiosa e política do povo judeu. Seu título provém do apelido de Judas Macabeu que, por extensão, passou a designar também os seus irmãos.

Esses registros são divididos em quatro relatos, o primeiro e o segundo livro de Macabeus, como descrito abaixo:

O relato do primeiro livro dos Macabeus abrange quarenta anos, desde a ascensão de Antíoco IV Epifânio ao poder, em 175 a.C., até a morte de Simão e o início do governo de João Hircano em 134 a.C. Foi escrito em hebraico, mas só foi conservado numa tradução grega. Seu autor é um judeu palestinense, que compôs a obra depois do ano 134 a.C., mas antes da tomada de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C. As últimas linhas do livro indicam que ele foi escrito não antes do final do reinado de João Hircano, mais provavelmente pouco depois de sua morte, por volta de 100 a.C. O livro é considerado de grande valor histórico tanto para judeus e protestantes como para católicos.

O segundo livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro. É, em parte, paralelo a ele, iniciando a narração dos acontecimentos um pouco antes, no fim do reinado de Seleuco IV, predecessor de Antíoco IV Epifânio, mas acompanhando-os apenas até Judas Macabeu. Isto não representa mais do que quinze anos e corresponde somente ao conteúdo dos capítulos 1 a 7 do primeiro livro.



Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).





"Pitágoras foi o primeiro que chamou de filosofia ao estudo da sabedoria, preferindo ser conhecido como filósofo do que como sábio, pois antes dele os homens que se dedicavam a este estudo chamavam-se sofos, isto é, sábios. Mas é belo que ele tivesse chamado aos que buscam a verdade de amantes da sabedoria em vez de sábios, porque a verdade é tão escondida que por mais que a mente se inflame em seu amor e se disponha à sua busca, ainda assim é difícil que possa vir a compreender a verdade tal como ela é. Pitágoras, porém, estabeleceu a filosofia como a disciplina daquelas coisas que verdadeiramente existem e que são, em si mesmas, substâncias imutáveis.

A filosofia é o amor, o estudo e a amizade da sabedoria; não porém desta sabedoria que trata de ferramentas, ou de alguma ciência ou notícia sobre algum método fabril, mas daquela sabedoria que, não necessitando de nada, é uma mente viva e a única e primeira razão de todas as coisas. Este amor da sabedoria é uma iluminação da alma inteligente por aquela pura sabedoria e como que um chamado que ela faz ao homem, de tal modo que o estudo da sabedoria se nos apresenta como uma amizade daquela mente pura e divina. Esta sabedoria impõe a todo gênero de almas os benefícios de sua riqueza, e as conduz à pureza e à força própria de sua natureza. Daqui nasce a verdade das especulações e dos pensamentos, e a santa e pura castidade dos atos." (Hugo de São Vítor)








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"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




"Quem ama a disciplina, ama o conhecimento" - Provérbios 12, 1

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