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Salus in Caritate

Cultura Católica





"É espiritual o ser humano o qual o Espirito Santo perpassou e ligou corpo e alma entre si." 
(Pai Irineu)





".... e esses homens estão longe de si mesmos, como ébrios de bebida, ébrios em espírito de mistério e de Deus."


(Pseudo-Macário, Homilias espirituais)



"O termo, Padres do Deserto inclui um grupo influente de eremitas e cenobitas do século IV que se estabeleceram no deserto egípcio. As origens do monaquismo oriental se encontram nessas ermidas primitivas e comunidades religiosas. Paulo de Tebas é o primeiro eremita do qual se tem notícia, a estabelecer a tradição do ascetismo e contemplação monástica e Pacômio de Tebaida é considerado o fundador do cenobitismo, do monasticismo primitivo. Ao final do terceiro século, contudo, o venerado Antão do Egito orienta colônias de eremitas na região central. Logo, ele se torna o protótipo do recluso e do herói religioso para a Igreja oriental - uma fama devida em grande parte à vasta louvação na biografia de Atanásio sobre ele. Esses primitivos monásticos atraíram um grande número de seguidores aos seus retiros austeros, através da influência de sua simples, individualista, severa e concentrada busca pela salvação e união com Deus. Os Padres do Deserto eram frequentemente solicitados para direção espiritual e conselho aos seus discípulos. Suas respostas foram gravadas e colecionadas num trabalho chamado "Paraíso" ou "Apotégmas dos Padres". (Por Emily K. C. Strand, tradução Jandira)





"Perguntaram ao Pai Ammonas: "Qual é o caminho estreito e apertado?" (Mt. 7,14). Ele respondeu: O caminho estreito e apertado é este, controlar seus pensamentos e despojar-se de sua própria vontade por amor de Deus. Também isto é o significado da sentença: "Senhor, eis que deixamos tudo e te seguimos." (Mt 19, 27)

****

Diziam dele que havia como que uma depressão escavada em seu peito, pelas lágrimas que cairam de seus olhos durante toda sua vida, enquanto ele fazia seu trabalho manual. Quando Pai Poemen viu que ele estava morto, disse chorando: "verdadeiramente você é abençoado, Pai Arsenius, pois você chorou por si mesmo nesse mundo! Quem não chora por si mesmo aqui embaixo, chorará eternamente então; por isso é impossível não chorar, voluntariamente ou quando obrigado pelo sofrimento." (i.e. o sofrimento derradeiro no inferno).

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Também era dito dele (Pai Arsenius) que nas noites de sábado, preparando-se para a glória do domingo, ele virava-se de costas para o sol e elevava suas mãos em oração em direção ao céu, até que o sol novamente brilhasse em sua face. Então ele se sentava.

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Dizia-se do Pai Ammoes que quando ele ia à igreja, não permitia que seu discípulo caminhasse ao seu lado mas a uma certa distância; e se esse último viesse lhe perguntar sobre seus pensamentos, ele se afastava dele logo após responder-lhe, "é por receio que, após tão edificantes palavras, sobrevenham conversas irrelevantes, que eu não permito que caminhes comigo."

***

Foi dito de Pai Ammoes, que ele possuía cinquenta medidas de trigo para seu uso e as colocara para fora, ao sol. Antes que elas estivessem devidamente secas, ele viu algo naquele lugar que lhe pareceu perigoso, então disse aos seus empregados, "vamo-nos embora desse lugar". Porém, eles pareceram aflitos com isso. Vendo seu desalento ele lhes disse, " é por causa dos pães que vocês estão tão tristes? Na verdade, tenho visto monges fugindo, deixando suas celas lavadas e também seus pergaminhos e eles nem fecharam as janelas, mas deixaram-nas abertas.

***

Pai Abraão disse de um homem de Scete que era um escriba e não comia pão. Um irmão veio a ele para copiar um livro. O velho homem cujo espírito estava absorto em contemplação, escreveu, porém omitindo algumas frases e sem pontuacão. O irmão, tomando o livro e desejando pontuá-lo, notou que faltavam palavras. Então disse ao ancião, "Pai, faltam algumas palavras." O ancião disse a ele, "Vá e pratique primeiro o que está escrito, depois volte e eu escreverei o restante."

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Havia nas celas um velho homem chamado Apollo. Se aparecia alguém chamando-o para ajudar em alguma tarefa, ele ia alegremente, dizendo, "Vou trabalhar com Cristo hoje, pela salvação de minha alma, pois esta é a recompensa que Ele dá."

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Pai Doulas, discípulo de Pai Bessarion disse, "Um dia, quando estávamos caminhando ao longo da praia, eu estava sedento e disse ao Pai Bessarion, "Pai, estou com sede." Ele rezou e disse-me, "Beba um pouco da água do mar." A água estava doce e eu bebi. Cheguei a pegar um pouco numa garrafa de couro, pois tive medo de ficar sedento mais tarde. Vendo isto, o velho homem perguntou-me porque eu estava levando água. Eu disse a ele, "perdoe-me, é por medo de ficar com sede mais tarde." E o ancião disse: "Deus está aqui, Deus está em todo lugar."

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Um irmão perguntou ao Pai Poemen desta maneira: "meus pensamentos me atormentam, fazendo com que eu deixe de lado meus pecados e me preocupe com as faltas de meus irmãos." O ancião contou-lhe a seguinte estória sobre Pai Dioscurus (o monge): "na sua cela ele chorava por si mesmo, enquanto seu discípulo se sentava eu outra cela. Quando este último veio ver o ancião perguntou-lhe, "pai, por que choras?" "Estou chorando pelos meus pecados, respondeu-lhe o velho homem. Ao que o discípulo disse, "você não tem nenhum pecado, Pai." O ancião replicou, "É verdade, meu filho, se eu pudesse ver meus pecados, três ou quatro homens não seriam suficientes para chorar por eles."

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Isto é o que disse Pai Daniel, o Faranita: "Nosso Pai Arsenius nos contou sobre um habitante de Scetis, de vida digna e fé simples; pela sua ingenuidade, ele foi enganado e disse, "O pão que recebemos não é verdadeiramente o Corpo de Cristo, mas um símbolo. Dois anciãos souberam que ele dissera aquilo, conhecendo seu modo de vida correto acreditaram que ele não falara por malícia, mas por simplicidade. Então, vieram a ele e disseram: "Pai, ouvimos da parte de alguém uma proposição contrária à fé, que disse que o pão que recebemos não é verdadeiramente o corpo de Cristo, mas um símbolo. O ancião disse, "fui eu quem disse isso." Então os outros dois o exortaram dizendo, "não mantenha essa crença, Pai, mas aquela em conformidade com o que a igreja Catolica nos deu. Acreditamos, de nossa parte, que o pão por si mesmo é o Corpo de Cristo, como no início, Deus formou o homem à sua imagem, tomando do pó da terra, sem que ninguém possa dizer que ele não é a imagem de Deus, mesmo que não pareça. Do mesmo modo, com o pão do qual ele disse, "este é meu corpo", assim nós cremos que é verdadeiramente o Corpo de Cristo. O ancião disse-lhes, "Enquanto eu não for convencido pela coisa em si, não estarei completamente convicto." Então eles disseram, "Vamos rezar a Deus sobre este mistério por toda a semana e acreditamos que Deus vai nos revelar isto." O ancião ouviu isso com alegria e rezou nessas palavras, "Senhor, vós sabeis que não é por malícia que eu não creio, e, de maneira que eu não erre por ignorância, revele isto a mim, Senhor Jesus Cristo." Os dois homens voltaram a suas celas e rezaram também a Deus, dizendo, "Senhor Jesus Cristo, revele esse mistério a esse homem de modo que ele creia e não perca sua recompensa." Deus ouviu suas preces. Ao final da semana eles vieram à igreja no domingo e se sentaram todos os três no mesmo tapete, o ancião no meio. Em seguida seus olhos se abriram e quando o pão foi colocado na mesa sagrada, aparecia-lhes uma criança pequena, sozinha. E quando o sacerdote estendeu a mão para partir o pão, viram um anjo descer do céu com uma espada e servir o sangue da criança no cálice. Quando o padre partiu o pão em pedacinhos, o anjo também cortou a criança em pedaços. Quando se aproximaram para receber os sagrados elementos o ancião sozinho recebeu um pedaço da carne sangrenta. Vendo isto, ficou com medo e gritou, "Senhor, eu creio que isto é vosso corpo e este cálice vosso sangue." Imediatamente a carne que ele segurava em suas mãos se tornou pão, de acordo com o mistério e ele o tomou dando graças a Deus. Em seguida os dois homens lhe disseram, "Deus conhece a natureza humana e sabe que o homem não pode comer carne crua e é por isso que ele mudou seu corpo em pão e seu sangue em vinho, para aqueles que o recebem na fé. "Em seguida, deram graças a Deus pelo ancião, porque Ele não permitiu que o mesmo perdesse a recompensa pelo seu trabalho. Então, todos três retornaram com alegria para suas celas."

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Dizia-se que Pai Helladius passou vinte anos em sua cela, sem sequer elevar os olhos para ver o telhado da Igreja.

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Pai Epifânio acrescentou: "Um homem que recebe algo de outro por causa de sua pobreza ou sua necessidade tem aí sua recompensa e porque ele se envergonha, quando ele paga, ele o faz em segredo. Mas o oposto faz Deus; Ele recebe em segredo, mas paga na presença dos anjos, dos arcanjos e dos justos."

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Era dito do Pai Agathon que alguns monges vieram procurá-lo, tendo ouvido falar de seu grande discernimento. Desejando ver se ele perdia a paciência disseram-lhe, "você não é aquele do qual dizem ser um grande fornicador e um homem orgulhoso?" "Sim, é verdade", ele respondeu. Eles continuaram, "você não é aquele Agathon que está sempre dizendo bobagens?", "Sou eu". Novamente, ele disseram, "Você não é Agathon, o herético?" Ao que ele replicou, "Eu não sou um herético." Então eles perguntaram-lhe, "diga-nos, porque você aceitou tudo que atiramos sobre você, mas repudiou este último insulto." Ele replicou. "As primeiras acusações tomei para mim, pois é bom para minha alma. Mas heresia é separação de Deus. Vejam, eu nada tenho para ser separado de Deus." A este dito, eles ficaram surpresos pelo seu discernimento e retornaram, edificados.

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Pai Evágrio disse, "Retirem-se as tentações e ninguém será salvo."

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Um irmão egípcio veio ao Pai Zeno, na Síria, e se acusou diante do ancião sobre suas tentações. Cheio de admiração Zeno disse, "Os egípcios escondem as virtudes que possuem e acusam-se sem cessar de faltas que eles não tem, enquanto que os sírios e gregos fingem ter virtudes que não possuem e escondem as faltas das quais são culpados."

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Numa vila, dizia-se que havia um homem que jejuava tanto que era chamado de "o jejuador". Pai Zeno ouviu falar dele e mandou chamá-lo. Ele veio alegremente. Rezaram e se sentaram. O ancião começou a trabalhar em silêncio. Não conseguindo falar com Pai Zeno, o jejuador começou a se aborrecer. Então ele disse a Pai Zeno, "reze por mim, Pai, porque desejo ir." O ancião perguntou, "por que?" O outro retrucou, "porque meu coração está como se estivesse em fogo e eu não sei o que pode ser isso. Pois em verdade, quando eu estava na vila e jejuava até a noite, nada disso me acontecia." O velho homem lhe disse, "na vila você alimentava-se através de seus ouvidos. Mas vá embora e de agora em diante coma pela nona hora e o que quer que faças, faça-o em segredo." Tão logo ele começou a seguir o conselho, o jejuador achou difícil esperar até a nona hora. E aqueles que o conheceram diziam, "o jejuador está possuído pelo diabo." Então ele foi contar isso ao ancião que disse a ele, "este caminho está de acordo com Deus".

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Um dia Pai Moses disse ao irmão Zacharias, "diga-me o que devo fazer?" A estas palavras o último jogou-se no chão aos pés do ancião e disse: "você está me perguntando, Pai?" O velho homem disse a ele "Creia-me, Zacharias, meu filho, eu vi o Espírito Santo descer sobre você e desde então sinto-me inclinado a lhe perguntar." Então Zacharias arrancou o gorro de sua cabeça, jogou-o ao chão e pisoteou-o, dizendo, "O homem que não se deixa tratar assim não pode se tornar um monge."

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Pai Zeno disse, "se um homem deseja ser ouvido por Deus rapidamente, antes de rezar por qualquer coisa, mesmo por sua própria alma, quando se elevar e estender suas mãos em direção a Deus, deve rezar de todo coração por seus inimigos. Através dessa ação Deus atenderá qualquer coisa que ele pedir."

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Pai Gerontius de Petra disse que muitos, tentados pelos prazeres do corpo, cometiam fornicação, não em seus corpos mas em seus espíritos e enquanto preservavam a virgindade do corpo, cometiam a prostituição em suas almas. "então, é bom, meus bem-amados, fazer o que está escrito e cada um guardar seu próprio coração com todo cuidado possível." (Prov. 4,23)

***

Um dia Pai Arsenius consultou um velho monge egípcio sobre seus próprios pensamentos. Alguém notou e disse a ele, "Abba Arsenius, como é que o senhor com uma educaçao tão aprimorada em Grego e Latin, pergunta a um camponês sobre seus pensamentos?" Ele replicou, "Realmente aprendi Grego e Latin, mas não sei nem ao menos o alfabeto desse camponês."

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Pai Elias, o ministro, disse, "O que pode o pecado onde há penitência? E de que adianta o amor onde há orgulho?"

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Pai Isaias disse a aqueles que começavam bem, colocando-se sob a direção dos santos Padres, "como a coloração roxa, a primeira tintura nunca se perde." E "do mesmo modo que galhos jovens são facilmente envergados para trás e curvados, também é com os iniciantes que vivem em submissão."

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Pai Isaias também contou que houve uma ceia e os irmãos estavam comendo na igreja e falando uns com os outros, o padre de Pelusia os repreendeu com estas palavras, "Irmãos, aquietem-se. Pois vi um irmão comendo com vocês e bebendo tanto quanto vocês e sua oração subia até a presença de Deus como fogo."

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Pai Isaias também disse, "quando Deus deseja apiedar-se de uma alma e ela se rebela, não suportando nada e fazendo sua própria vontade, Ele então permite que ela sofra o que não quer, de modo que volte a procurá-Lo novamente."

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Pai Theodore disse: "se vocé é amigo de alguém que cai na tentação da fornicação, ofereça-lhe sua mão, se puder e tire-o disso. Mas se ele cair na heresia e você não puder persuadi-lo de sair dela, saia de sua companhia rapidamente, para evitar que no caso de você demorar, você também seja jogado nesse poço.

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Um irmão veio procurar Pai Theodore e começou a conversar com ele sobre coisas que nunca tinha posto em prática. Então o ancião lhe disse, "você ainda não encontrou um navio nem colocou sua carga a bordo e antes mesmo de ter navegado, já regressou à cidade. Faça seu trabalho primeiro, depois atinja a velocidade que você está fazendo agora."

***

Pai Theodore de Pherme disse: "o homem que permanece de pé quando se arrepende, não guardou o mandamento."


Retirado de: PadresdoDeserto


Para os seres dotados de conhecimento, a atenção é como o sol. Quando não prestamos atenção, é como se caminhássemos através de uma noite escura por entre valiosíssimos tesouros de beleza, bondade, ciência..., sem percebê-los nem nos apossarmos deles.

Com a atenção, esta luz espiritual que é nossa pessoa, enquanto capaz de conhecer as coisas, se volta para um objeto ou tesouro, ou para um conjunto de qualidades ou objetos, ilumina-os, apodera-se deles através da mente e os arquiva na memória.

Quanto mais nobre e útil for o objeto, quanto mais poderosa for a inteligência que o ilumina e quanto mais profunda e detidamente nele se fixar, tanto maior será o enriquecimento e a satisfação intelectual.

Graças à atenção bem dirigida, os sábios realizaram suas descobertas, os artistas suas obras-primas, os industriais e comerciantes suas fortunas e os santos sua perfeição.

Prestar atenção ou atender é “interessar-se de fato por alguma coisa”; pressupõe disposição física (olhos abertos, uma certa tensão muscular etc.) e preparação mental, ou estar à espera de algo. É dar-se conta do que vemos, sentimos, ouvimos ou lemos. Implica também seleção: dentre as inúmeras impressões externas (cores, sons, objetos etc.) ou reclamos internos (necessidades, instintos, inclinações) que a cada instante batem à porta da consciência, quando atendemos, selecionamos algo que nos interessa, abrimos-lhe a porta e o introduzimos no mais íntimo de nosso ser, no centro de nossa consciência.

Há uma atenção espontânea. A que nasce, por exemplo, quando uma súbita detonação ou um grande resplendor nos tiram de nossos pensamentos e nos atraem a si ou quando alguma coisa agradável ou interessante nos prende sem esforço nosso. Esta espécie de atenção é a que predomina nas crianças. Devemos desenvolvê-la fomentando o interesse e o entusiasmo.

Há também a atenção voluntária, que exige algum esforço, porque supõe conflito com outros estímulos que nos atraem em sentido diverso. Devido a esse esforço, se a atenção voluntária se prolonga demasiado, pode provocar enfado ou cansaço; se, porém, for educada convenientemente, produz o hábito da atenção tranquila.

A atenção habitual, na qual cessou o conflito e o esforço foi reduzido ao mínimo, é a atenção eficiente de que vamos tratar e que devemos visar em todos os nossos trabalhos.

Compreende a mente, que se concentra em uma só coisa ou ideia, sem distrações a interrompê-la, nem ideias parasitas a obsesssioná-la.

É ajudada por sentimentos positivos de paz, confiança e alegria que geram interesse.

É robustecida pelas emoções positivas que levam ao entusiasmo. Contudo, é dificultada pelos sentimentos negativos: desânimo, temor, tédio.

Pressupõe uma vontade razoável de aprender, conforme as possibilidades, excluindo a vontade impulsiva que quer mais ou melhor, e mais depressa do que convém.

Precisa do apoio dos músculos no estado normal ou em leve tensão; prejudica-a a tensão insuficiente que há no estado de sonolência ou a tensão excessiva que se verifica no estado de nervosismo.

Apoia-se especialmente em olhos mansos, flexíveis e que piscam com frequência, evitando os olhos duros e imóveis.

Nutre-se de sangue rico e abundante no cérebro, bem como de respiração ativada, evitando a excessivamente acelerada.

Quando a atenção reúne todas estas condições e não se prolonga demais e quando, graças ao hábito, tudo se torna natural e espontâneo, então o trabalhador intelectual terá eficiência máxima, sem perigo de cansaço.

Nosso modo de prestar atenção pode ser meramente receptor: é o que existe quando queremos inteirar-nos de algum assunto ou quando conhecemos ou percebemos objetos, sons, acontecimentos, ideias etc. sem acrescentar nada de pessoal. Nela aumentam levemente a respiração, a circulação e a tensão muscular.

Costuma fluir suave e continuada, como a tranquila corrente de um regato, com pouca possibilidade de cansaço, a não ser por excesso de duração. É às vezes explosiva ou espasmódica como impetuoso manancial que jorra aos borbotões, e então a possibilidade de cansaço é maior. Por meio desta atenção receptora reunimos os materiais do saber.

Há outra atenção reflexa, elaboradora ou criadora, discursiva: é a que temos quando, não satisfeitos de apenas inteirar-nos de algo, o relacionamos com outros conhecimentos, associando-os entre si, classificando-os e dando-lhes unidade, ou dissociando-os, tirando conclusões e criando novos conhecimentos.

Então a possibilidade de cansaço é menos remota, pois também são mais acentuadas a tensão muscular, a respiração e o afluxo de sangue no cérebro.

Por meio da atenção criadora construímos “o palácio da sabedoria”.

Finalmente, destas duas atenções convenientemente repetidas, ou da marca que deixam, se beneficia a memória, a qual retém e reproduz o que se armazenou: vale dizer, conserva o “palácio”. 

Passemos ao estudo destas três atividades mentais e das leis ou normas que lhes dão maior rendimento.





ATENÇÃO RECEPTORA

A atenção receptora pode ser:

Concentrada: quando se fixa em um objeto ou ideia, com exclusão de qualquer outra; quando na consciência não há outro objeto; quando toda a capacidade de conhecer está centralizada em uma só consideração.

Esta atenção é a que produz verdadeira eficiência e satisfação. É a raiz de nossa grandeza.

Distraída: é uma ideia interrompida. É como se lançássemos um foco de luz sobre um objeto e de repente o foco se desviasse e nos deixasse no escuro, sem podermos iluminar perfeitamente o objeto.

Obsessionada por ideias parasitas que não desejaríamos ter. Coisas que aborrecem ou fantasmas temidos se interrompem entre a lâmpada e o objeto para impedir que gozemos o prazer do que queremos contemplar.

É a causa principal do cansaço.






ATENÇÃO CONCENTRADA

Temos atenção concentrada quando acompanhamos uma ideia com exclusão de qualquer outra, ou seja, quando a consciência se ocupa exclusivamente do que lemos, observamos ou escutamos, sem percebermos outra coisa.

É todo nosso ser que se debruça sobre o acontecimento ou ideia, atraído por eles, ou que é levado por sua própria inclinação ou vontade. É o hábito de atender sem esforço — adquirido através de atos reiterados de atenção voluntária — que se põe em atividade. É a luz do conhecimento que se acende e focaliza algo concreto; ou melhor, é toda nossa pessoa que, abandonando a semiobscuridade ou a inação, se ilumina, se ativa e se volta para um objeto ou conjunto de objetos, deles se apossando ou assimilando-os.

É tomarmos a rua reta que nos leva a um determinado ponto, sem nos desviarmos pelas ruas transversais, mesmo que ofereçam muitas atrações. Chegaremos mais rapidamente e quase sem cansaço.

Assim também, aquele que, ao estudar um livro ou um assunto qualquer, nele se absorve totalmente, esquecendo-se de tudo que o circunda, de si mesmo, de seus problemas, do funcionamento do corpo e da mente, chegará facilmente a resultados surpreendentes.

É o que acontecia com o historiador Macauley que, lendo pelas ruas, repetia de cor a página lida; com certo filósofo que, ao discutir ao ar livre sua tese favorita, continuou embebido na disputa, sem perceber a chuva que começou a cair; finalmente, é o que também acontece com as crianças que, absorvidas em seu jogo, correm atrás da bola, sem perceber o carro que as atropela.


Em outras palavras: rendimento máximo com cansaço mínimo.

Do desgaste de uma ou mais horas de perfeita concentração, sem pressa ou ansiedade, recuperamo-nos com alguns minutos de suave repouso da mente, por meio do relaxamento dos músculos faciais ou oculares, ou por meio de sensações conscientes, mudança de ocupação e exercícios físicos.

Um dia deste trabalho mental ordenado se refaz com uma noite bem dormida, podendo-se deste modo continuar por meses e anos, sem perigo de esgotamento. Pois então, em vez de destruirmos a natureza, violentando suas leis sábias, nós a fortalecemos respeitando tais leis.

Não se pense que este trabalho continuado produza aborrecimento ou tédio; muito pelo contrário. A unidade da mente concentrada e o enriquecimento intelectual resultante são fontes de verdadeira satisfação. “A alegria, diz Aristóteles, é consequência de todo ato perfeito.”

A base da grandeza humana de Napoleão Bonaparte foi sua grande concentração mental. Conta-se que ele, quando estudava um problema, se absorvia de tal modo que parecia não ter outra coisa a fazer. Resolvido um problema, passava a outro, esquecendo-se do anterior e do seguinte. Com este sistema, conseguia trabalhar mentalmente até dezesseis horas por dia.

Esta capacidade de deixar de lado qualquer outro assunto e poder concentrar-se no que se quer é a raiz da grandeza do homem.

Poderíamos sintetizar seu valor da seguinte maneira:

Talento + CONCENTRAÇÃO = Êxito do Caráter + Santidade


Aplicada ao estudo ou negócio, se manifesta em talento, ciência, ampliação de horizontes, visão de oportunidades, solução de problemas.

Quando se tem que tomar uma decisão, a atenção concentrada permite que se veja com nitidez o objetivo, os motivos para querê-lo e os meios para alcançá-lo.

Noutras palavras, nos dá caráter, força e constância de vontade.

Na vida de oração e santidade, a concentração se converte em luzes espirituais que nos afeiçoam à virtude e em força sobrenatural para praticá-la.



Como melhorar a concentração

Uma vez considerada como principal fator de eficiência, saúde e felicidade, tudo o que dissermos mais adiante ajudará a melhorá-la: o afastamento das causas de divagação e obsessão; o despertar do interesse e entusiasmo, como explicaremos na vida afetiva; a ajuda do ato eficaz da vontade; a melhoria do funcionamento orgânico neuromuscular, sanguíneo e respiratório; a formação do hábito da atenção perfeita, que estabiliza a concentração e evita o cansaço.

Como exercícios científicos para reeducar a concentração, recomendamos as sensações conscientes que, além de nos proporcionar descanso e alegria, reforçam a atenção estática; os exercícios do Dr. Vittoz, como os descrevemos, com os quais se reeduca a atenção sucessiva ou em movimento; o desenvolvimento do espírito de observação, usando, por exemplo, o seguinte exercício: fixar a atenção durante um minuto em algum edifício, sala, pessoas, ações, ruídos etc. Repetindo o exercício por alguns dias, veremos que iremos captando detalhes e facetas que da primeira vez nos escaparam.




Quatro períodos ou fases

A concentração não nasce de repente. Costuma haver um primeiro período de ajustamento no qual os nervos e músculos, possivelmente sobreexcitados, se vão adaptando ao novo trabalho, e a mente, postos de lado outros pensamentos, vai penetrando no que lhe está presente. Varia muito a rapidez na adaptação e penetração na nova concentração. Segundo Wiersma, é menor nos melancólicos e excêntricos; talvez porque as ideias ou imagens que precederam tendem a permanecer neles por mais tempo que nos tipos normais.

Para facilitar esta adaptação, é necessário repelir o que nos pode distrair:

a) Fora de nós: acumulação de papéis ou objetos sobre a mesa ou no quarto;

b) Dentro de nós: multiplicidade de problemas que temos que resolver, ou ações em perspectiva ou ideais que pretendemos realizar. Ataquemos uma coisa depois de outra: quem muito abarca pouco aperta.

Segue-se o período de aquecimento progressivo ou aprofundamento da atenção, no qual, uma vez vencido o torpor inicial e adaptados os nervos e músculos — “facilitação reflexa sináptica e tensional”, como diria Mira y López — a mente se abstrai cada vez mais, entra de cheio no assunto e nele mergulha. Esta abstração com relação aos demais objetos e a profunda consideração do assunto escolhido possuem graus e, de acordo com os mesmos, maior ou menor serão a eficiência e o prazer intelectual.




Seu extraordinário talento emparelhava com a profundidade de concentração.

Muitos são capazes de manter esta concentração durante uma ou várias horas, através apenas de uma decisão geral de atender a determinado assunto. Os enfermos ou esgotados, os inconstantes e inconsiderados e as crianças, pelo contrário, são menos firmes na atenção e têm que renovar a decisão e o interesse com frequência. Mais tarde explicaremos como a interrupção periódica do trabalho pode ser útil também às pessoas normais e sadias e, se houver tensão, mais amiudadamente, a fim de acalmá-las. Desta maneira, se consegue que o estado de prefadiga tarde a aparecer. Com isto também se consegue o retardamento do terceiro período. O terceiro período é o de saturação ou “nivelamento” entre aquecimento e cansaço, no qual a atenção arrefece, a evocação de lembranças antigas se torna mais difícil, a combinação de ideias e a elaboração de conclusões e sínteses exige maior esforço e o cansaço começa a se fazer sentir. Isto costuma dar-se mais ou menos após duas horas de atenção continuada; contudo, alguns indivíduos conseguem prolongar a atenção por mais tempo; também sucede que a mesma pessoa a possa manter com relação a determinadas matérias e a outras não.

Já Santo Inácio de Loyola, em 1550, aconselhava seus estudantes a não ultrapassar habitualmente duas horas seguidas de estudo sem fazerem uma breve interrupção.

Os psicólogos modernos inclinam-se a aceitar esta norma; alguns, porém, reconhecendo que a juventude estudiosa das grandes cidades costuma viver um clima de superexcitação, acham que ela deveria encurtar este período de aplicação séria ao estudo. É possível que as células cerebrais tenham já esgotado em duas horas suas reservas de energia e nos peçam alguns minutos para se recuperarem. Ajudemo-las mudando de ocupação ou de postura, ativemos os músculos inativos, a respiração, a circulação do sangue. Se não o fizermos oportunamente, chegaremos rapidamente ao quarto período, que é o de cansaço, no qual o aproveitamento decai progressivamente e o aborrecimento, o desinteresse e até mesmo a inibição aumentam, ou então o nervosismo, juntamente com o incômodo causado pelo esforço.




Prática

Entregue-se ao trabalho com plena determinação e confiança. Coordene o corpo e o espírito: não tome nem uma postura tão violenta e incômoda que, ao causar cansaço ou dor, produza a distração, nem tão comodista que faça afrouxar os músculos até provocar sonolência.

Tenha sempre algum motivo ou fim concreto. Diga, por exemplo: “Quero aprender o que diz este artigo ou capítulo sobre...; quero enriquecer-me com estas ideias; serão úteis para tal fim.” Este desejo e pretensão, posto que signifiquem muito para você e que se realizem em pouco tempo, poderão sustentar sua atenção. Se esta tiver que prolongar-se demasiado, aquele propósito seria insuficiente ou ineficaz, a não ser que a pessoa o faça por partes, fixando seu objetivo em cada parágrafo ou capítulo, porque então a vontade, sentindo sua utilidade e possibilidade, se aferrará a ele e comandará a atenção.

É o que fazemos quando, de lápis em punho, vamos resumindo um parágrafo após outro, ou sublinhando o que nos parece interessante para nossa finalidade.

Uma vez desencadeado este mecanismo, a concentração se produzirá por si — como o sono, sem esforço — sem ter que forçá-la: basta entregar-se ao trabalho em circunstâncias favoráveis. A música, o assobio, a mastigação (chicletes, por exemplo) ajudam a alguns, mas atrapalham a outros. Acostume-se a resistir à curiosidade de saber outras coisas ou o que se passa ao redor. Por outro lado, procure que a ocupação atual desperte em seu espírito interesse e entusiasmo. 

Comece com ânimo, mesmo que a princípio não sinta gosto nem progresso. Se, devido à fraqueza ou cansaço, a pessoa não pode concentrar-se em várias páginas de leitura ou em meia hora de dissertação, exercite-se várias vezes por dia em concentrar-se deveras; mas, sem tensão, em períodos curtos. Seu único escopo seja seguir a ideia e não propriamente evitar as distrações. Se estas sobrevierem, procure voltar novamente à ideia. Prestando bem atenção a meia página ou durante dez minutos de dissertação em cada exercício e continuando a exercitar-se várias vezes por dia, sempre por alguns minutos mais, rapidamente se conseguirá a concentração normal. Serão úteis para isso os exercícios das páginas 43 e ss..

Quando a pessoa se sente preocupada com o que tem que ultimar sem demora, deve dizer a si mesma: “Sim, são assuntos importantes, mas podem esperar; atacá-los-ei daqui a pouco.”





Concentração na oração

No estudo ou trabalho mental natural, dois elementos estabelecem a medida de nossa felicidade intelectiva: o interesse que o objeto ou verdade descoberta desperta em nós e a clareza com que a vemos. É o que se passa na obscuridade de uma caverna cheia de tesouros, quando se acende a luz que os revela: nossa alegria aumenta na proporção da importância ou beleza do tesouro que iluminamos e da clareza e morosidade com que o percebemos. Na oração ou trabalho mental sobrenatural, estes dois elementos atingem proporções ilimitadas, pois o objeto ao qual dirigimos a atenção é Deus, tesouro infinito, verdade e beleza totais, ou alguma coisa relacionada com Ele e a luz da sabedoria infinita se junta ao foco limitado do entendimento humano.

Quando estudamos, lemos ou pensamos sem plena concentração, não conseguimos eficiência nem satisfação verdadeira; com muito maior razão, quando tratamos com o Ser Infinito na oração, sem plena atenção, não poderemos dar um passo, nem gozar de suas delícias insuspeitadas.

A vida de Deus em nós se manifesta com frequência em jorros de luz sobrenatural, ondas de satisfação sobre-humana, antegozo do céu, íntima aproximação à Divindade... São luzes ou inspirações, fulgores luminosos que de súbito nos fazem ver horizontes e tesouros inesperados com uma clareza e evidência quase intuitivas. São os sentimentos e consolações espirituais que com frequência os santos experimentam e até mesmo os cristãos de boa vontade quando se entregam ao Retiro Espiritual ou se recolhem com sinceridade em oração. Consolações e luzes sobrenaturais que superam a todas as alegrias mundanas e que só podem ser saboreadas por quem as experimenta. São impulsos ou estímulos para a vontade que geram maior capacidade para realizar coisas difíceis.

Poderíamos reduzir tudo na seguinte fórmula matemática:

E + G = 1.000.000 RCD =

F + D = 0

RCD = Resultado da concentração nas coisas divinas; EG = Eficiência e gozo (ilimitados); FD = Fadiga e desgosto (nulos).




Poderíamos também apresentar outra equação:

Oração atenta — Raiz de toda santidade

Contudo, tais consolações sobre-humanas, tais cintilações divinas passam despercebidas à alma pouco recolhida. Também Deus por vezes não as concede, quando prevê que a dissipação interior da pessoa não lhe permitirá sequer notá-las ou apreciá-las.

Se nos decidíssemos a falar com Deus com todo nosso ser! Se nos aplicássemos com toda atenção ao que dizemos, mesmo na mais breve oração vocal! Se escutássemos o que Ele nos quer dizer na intimidade da oração! Deus só fala ordinariamente no mais íntimo do ser e só O sentiremos através da perfeita concentração.

Na oração, do mesmo modo que no estudo, a concentração não costuma dar-se de repente. O primeiro período de “ajustamento” muscular e mental é, no caso, mais necessário, pois quando oramos nos elevamos acima do visível, do temporal e do humano, a fim de penetrarmos no céu, para falar com o Infinito e descobrir tesouros sobre-humanos. Para se conseguir este “ajustamento” Santo Inácio recomenda que, uma vez no local da oração, elevemos o pensamento ao alto pelo tempo de um “Pai-nosso”, concentrando-nos na certeza de que Deus está ali presente e nos contempla e prestando-lhe uma homenagem, mesmo externa, de reverência.

Nas orações breves durante o dia consegue-se o mesmo resultado fazendo com sinceridade e respeito o Sinal da Cruz; com isto, nos colocamos imediatamente na presença da Santíssima Trindade e nos unimos a Ela. Por falta deste “ajustamento”, muitos nem sequer começam a rezar deveras e muito menos mergulhar na oração.

O segundo período consiste em desprender-se completamente da terra, penetrar de verdade no céu e entrar com recolhimento progressivo na intimidade com Deus; compreende vários graus, até se chegar a libertar das coisas sensíveis e sentir a Deus no nível mais profundo de nossa alma. Deus só fala no mais íntimo de nós mesmos e, como Ele deseja comunicar-se com suas criaturas, bem depressa o sentiremos, se empregarmos com diligência os meios humanos e atrairmos, pela humildade e confiança, sua ajuda divina. Verifiquei isto entre as crianças recém-convertidas de minha escola na China: quando, de olhos cerrados e mãos postas, se esforçavam para pensar no que rezavam, muitas delas sentiam tais consolações, que já nada mais desejavam que conservar esta felicidade por toda a vida e, para tal conseguirem, decidiram-se a abraçar a vida sacerdotal.

A dificuldade compreensível de se conversar com Deus, espírito invisível, tem fácil solução depois que Ele quis fazer-se homem. Agora podemos representá-lo como menino ou adulto, a rezar ou a trabalhar; podemos contemplá-lo quando se alimenta ou quando sofre.

Neste particular, mais do que no estudo, há graus de abstração das coisas sensíveis e concentração em Deus; conforme a profundidade da atenção, serão nossa aproximação com Deus, a participação de seus dons e o gozo espiritual. Por outras palavras, a uma concentração maior corresponde maior santidade, porque Deus, que não se deixa vencer pela generosidade dos homens, ordinariamente, recompensa desta maneira nosso esforço.

Esta concentração pode prolongar-se indefinidamente quando Deus faz jorrar sua luz; assim sucedeu com São Francisco de Assis, o qual, começando sua oração ao anoitecer, pela manhã se queixava do sol, porque viera tão rapidamente privá-lo das delícias da contemplação.

Contudo, façamos uma interrupção quando sentirmos ameaça de fadiga ou desgaste que poderia sobrevir, não da oração em si mesma, mas da inquietação de nossa mente, ou da tensão, principalmente nos olhos, ou finalmente de uma postura incômoda prolongada.







RESUMO PRÁTICO

AUXÍLIOS PARA A CONCENTRAÇÃO

  • Apreciá-la como raiz do talento e da grandeza
  • Afastar obstáculos: ruídos, pessoas
  • Suscitar interesse e entusiasmo
  • Querer a concentração, sem duvidar de sua possibilidade
  • Facilitá-la sublinhando ou resumindo
  • Começar com decisão e em local recolhido
  • Procurar a profundidade
  • Aproveitar o calor
  • Interromper aos primeiros sintomas de fadiga
  • Melhorar a função neuro-muscular, respiratória e sanguínea
  • Meio principal: vencer a divagação e obsessão, como se explicará nos capítulos seguintes.


Texto do Reverendo Narciso Irala






Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: "Modéstia", "Graça & Beleza".


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"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




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