instagram
  • Home
  • Projetos Preceptora: Educação Católica
  • Cursos Educa-te
  • Login Educa-te

Salus in Caritate

Cultura Católica

modestia

"Ó mulher mundana,
que perdeste o pudor e
te apresentas ao público
sem te envergonhar,
por que ages assim?"
(D. Giuseppe Tomaselli).

Escuta e Reflete!

Breves Pensamentos Morais


1º Ponto: Antes não existias. Dentro de 100 anos onde estarás... Ou no Paraíso ou no Inferno! Qual é o fim da tua vida?... Dar ao Criador a prova de amor, com a observância de sua Lei. A vida não é prazer; é luta contra as paixões, contra Satanás e as máximas perversas do Mundo.

Para vencê-los precisamos da ajuda de Deus, que se obtêm com a Oração e com os Sacramentos. O fruto da vida cristã é a paz do coração, a resignação na dor, e depois, o Paraíso.

2º Ponto: No toca disco ficam impressas as ondas sonoras... cantos delicados ou grosseiros... palavras santas ou inconvenientes... Assim, no livro da tua vida permanecem escritos: os bons pensamentos ou os maus, as conversas morais ou imorais, as obras boas ou as más. Depende de ti escrever somente o bem.

3º Ponto: O rio corre; a cada momento se avizinha do mar. A tua vida foge: cada dia que passa é um de menos que te fica sobre a terra; todo o dia é um passo em direção do cemitério. Não queres pensar nisto? És tola! Imita as virgens prudentes!
4º Ponto: Sabe que a alma vale mais que o corpo. Por que tanta solicitude com o mísero corpo e tanto desleixo com a alma? Aprende a ser mais sábia!

Ouve, ó Filha, o que Eu tenho para te dizer:

Ó mulher, lança um olhar para Mim, flagelado até o sangue e coroado de espinhos! Contempla as minhas contusões e chagas!... Depois escuta e reflete!

Na vida terrena Eu me mostrei um manso cordeiro. Subi ao Calvário sem abrir à boa.

Tratei com doçura a Samaritana e a converti. Toquei o coração da pecadora de Magdala e fiz dela uma predileta Minha.

Ao longo das estradas da Palestina saiam da Minha boca palavras de luz, de paz e de amor. Os Meus ensinamentos eram doces como o favo de mel.

Um dia, porém, lançando um olhar Divino sobre todos os séculos, à vista do mal que inundava o mundo, pronunciei palavras de fogo: "Ai do mundo por causa dos escândalos!..."

Ai de quem escandaliza um destes pequeninos que crêem em Mim! Melhor seria que se pendurasse ao pescoço de quem dá escândalo uma mó de moinho e fosse precipitado no mar!

Quem pronuncia este "ai" é um Deus; sou Eu, Jesus, o Redentor, que tanto sofri para salvar as almas; sou Eu, o Juiz Supremo da Humanidade, Eu, que deverei pronunciar a sentença eterna para todas as almas: ou o Paraíso ou o Inferno!

Reflete, ó mulher, que segues a moda livre, reflete sobre o escândalo que dais a quem te olhar e sobre a tremenda responsabilidade de que te carregas!...

Podes iludir-te a ti mesma dizendo: Que mal há em seguir esta moda?... De resto, as outras mulheres fazem exatamente o mesmo!... − Esta ilusão vale para ti; mas a realidade é bem diferente!

Não podes enganar-me, que sou Bom, mas também sou Justo! Eu, o Legislador Divino, disse: Se alguém olhar para uma mulher com malícia, já pecou com ela no seu coração! − Todos os olhares lançados sobre ti com malícia, quer em casa, quer fora, são pecados que se cometem.

Tais pecados são imputáveis a quem te olhar, mas antes de tudo a ti que és a causa voluntária deles.

Um dia, quando a morte te arrancar do mundo e compareceres diante de Mim para ser julgada, verás as culpas que os homens cometeram ao ver-te com vestido indecente e tu mesma ficarás horrorizada!... Que escusa Me apresentarás?... Ai de ti, ó mulher, pelos teus escândalos!

Ó mulher mundana, que perdeste o pudor e te apresentas ao público sem te envergonhar, por que ages assim?


Tu não crês que existe um Deus, que há uma outra vida após esta terrena e que há uma alma a salvar! 
Crês ser semelhante a qualquer animalzinho, o qual, quando estiver morto tudo acabou para ele! Enganas-te!...

És uma criatura de ordem superior. Há um Deus acima de ti, ao qual nada escapa, um Deus que é justo punidor da culpa.

Escuta!

Quando talvez um dia estiveres presa ao leito, sem esperança de levantar-te... ou amassada entre duas máquinas, ensanguentada e próxima de morrer, ou quando o alarme de um germe maligno te disser que os espaços para ti terão acabado..., ou quando lutares com a morte, enquanto o teu corpo for atormentado na sala de operação... ou quando talvez tenhas um veneno perto ou uma arma para satisfazer ao desespero... lembra-te nesse instante que Deus está te pagando!...

Deus não paga o sábado, mas paga sempre!

Disse ao paralítico de Betsaida, depois de tê-lo curado: Não peques mais, para que não te aconteça algo de pior... Aquele homem tinha ficado paralisado durante 38 anos por motivo dos seus pecados.

É verdade que às vezes Eu toco com dor o corpo dos meus prediletos, para se santificarem e salvarem as almas; mas frequentemente Eu toco o corpo dos que pecam para puni-los, na esperança de fazê-los compreender!

Eu possuía uma vinha numa fértil colina. Eu a rodeei de cercas, tirei dela as pedras e a enchi de videiras escolhidas. Edifiquei no meio uma torre, construí um lagar e esperei que produzisse uvas; mas não deu outra coisa senão labruscas (uma casta de uva preta).

Que coisa deveria ter feito pela Minha vinha e não fiz?... Agora darei a conhecer o que pretendo fazer à Minha vinha: arrancarei a sebe e esta será devastada... Deixá-la-ei no abandono!

A vinha da qual Eu falo és tu, ó mulher, que tens o nome de cristã, mas na realidade não és!

Eu te fiz nascer num país iluminado pela Fé e numa família cristã; foste instruída nas Verdades Divinas; muitas vezes te liberei dos perigos da alma e do corpo; te enriqueci de muitas graças espirituais.

Enquanto estavas na infância, prometias muito e Eu aguardava os bons frutos de ti, ó Minha vinha amada. Mas na juventude tu te deixavas arrebatar pela corrente mundana e também tu segues hoje a moda, se não totalmente escandalosa, certamente muito livre.

Houve tempo em que detestavas nas outras mulheres aquela moda de vestir, que apesar disso fizeste tua... Tu te tornastes imunda! Inutilmente os Meus sacerdotes levantam a voz e expõem os sagrados avisos no Templo.

Ó mulher, que te crês religiosa e trajas vestidos pouco decentes, reflete sobre o teu caso!

Ora, seja por hábito ou por conveniência social, às vezes te resolves a comungar. Sabendo que o sacerdote não te daria a Sagrada Partícula ao ver-te com os braços nus e muito decotada, no momento da Comunhão te cobriste o melhor que podias e assim recebeste-me no Santíssimo Sacramento.

Eu, que invisto contra o escândalo, entro no teu corpo. Quanta amargura experimento quando vens para receber-me!... Penso na tua moda!

Saída da igreja, eis que te vestes imodestamente de novo, e ages por motivo de vaidade para não parecer menos inconvenientemente vestida que as outras mulheres... mas apesar disso estás debaixo das vistas dos homens, os quais frequentemente não são simples em olhar e em pensar!

Na igreja o teu corpo que comunga se torna um Tabernáculo, e fora da igreja, ao longo das ruas, nos pontos de encontro, na praia e em casa, o teu corpo se torna instrumento de Satanás, incentivo do mal.


Que coisa poderia Eu fazer mais à Minha filha e não o fiz?... Não Me resta senão abandoná-
la!

Lembra-te, ó mulher, que um dia Me darás conta dos pecados que os outros cometeram devido à ocasião que deste! Recorda-te também que não é a moda pouco decente que confere beleza à mulher, mas a modéstia no vestir e a seriedade da vida!

Pais e Mães de família, escutai!


Eu tinha posto um olhar amoroso sobre um homem, um certo Eli. Abençoei-o até quando se manteve fiel.

Tinha ele dois filhos, Ofni e Finéias; amava-os muito e, para não contristá-los, não os corrigia quando cometiam culpas, mesmo graves.

Em vão esperei que o pai abrisse os olhos. Depois de algum tempo enviei-lhes o jovem Profeta Samuel para dizer-lhes: Eis o que acontecerá aos teus dois filhos, Ofni e Finéias: morrerão ambos no mesmo dia! − E assim foi.

Sou Eu, Jesus, o Criador da Família! Eu abençoo o convívio do homem com a mulher!

Sou Eu que alegro a Família com o sorriso dos inocentes! Toda a criança é um dom da Minha liberalidade, um tesouro que confio aos genitores, tesouro que constitui para eles uma responsabilidade muito grande.
Pais e mães, deveis ter cuidado antes de tudo da alma e depois do corpo dos filhos, educando-os segundo a Minha Lei. Deveis guiá-los especialmente na adolescência e na juventude com o exemplo e a palavra, com a vigilância e a prece, com o amor e às vezes com a vara.

Ai daquele que dá escândalo aos filhos! E ai de vós genitores, se permitis aos filhos dar escândalo em presença da sociedade! A responsabilidade maior da moda indecente pesa sobre vós, ó pais, ou porque dás o triste exemplo dela, ou porque a permitis sem remorso, ou porque sois demasiado débeis na educação dos vossos filhinhos.

Pais e mães de Família são estes os pecados dos quais vos pedirão estritas contas! Não são tanto as pequenas impaciências familiares os pecados a serem apresentados ao Meu ministro para serdes absolvidos deles! É a má conduta das vossas filhas que deve pesar fortemente sobre a vossa consciência... se não tiverdes feito o possível para impedir-lhe a moda má!

Pais, refleti sobre esta verdade: é responsável pelo pecado aquele quem o faz e quem devia impedi-lo e culpavelmente não o impede.

Permitindo a moda livre e provocante, vós não amais as vossas filhas, antes quereis o seu mal, porque a colocais na estrada da condenação eterna.

A liberdade de vestir leva à leviandade, tira o pudor natural, salvaguarda da pureza, põe a filha no fogo das más ocasiões e facilmente a dispõe aos maus caminhos, os quais farão chorar a filha e vós.

A filha ajudada pela mania da moda atual, torna-se incontentável, ira-se se é repreendida, não obedece e procura encrenca em casa. Tal moça alega sempre novos pretextos, corre de prazer em prazer e talvez depois... uma página de jornal acabará a sua história: "uma jovem se envenena...", 
"Enganada ela se joga do 5º andar...""Disparou sobre o noivo e depois se matou".

São centenas de modos que diariamente acontecem e que não obstante não vos fazem abrir os olhos, ó pais!

Virá o dia do ajuste de contas no Meu Tribunal e então compreendereis o mal operado na vossa grave missão de genitores.

Quereis ficar com a consciência tranquila, conservar a família em paz e depois o prêmio eterno? Recordai-vos destas normas e das seguintes: 

Tendes filhas? Vigiai sobre a sua pessoa e não lhes mostreis o rosto muito sorridente.

Vigiai atentamente sobre a filha imodesta, se não quiserdes que esta, encontrada a oportunidade,
se perca.

Se amais as vossas filhas castigai-as frequentemente, para ter consolação com isso no futuro.

Não deixeis que a filha proceda a seu modo na juventude nem fecheis os olhos diante dos seus caprichos. Quem tem ouvidos para ouvir que ouça o que o Espírito Santo sugere!

Pecado por Cooperação


Peca quem opera o mal e quem coopera com ele de qualquer modo.

E vós alfaiates, que confeccionais roupas pouco modestas, estais imunes da culpa?... Também vós não cooperais no mal?... Somente Eu, porque sou Deus, posso medir o grau da vossa responsabilidade. Recordai-vos que o vosso trabalho não pode atrair a Minha bênção.

A Imodéstia nas Praias


Todo o mundo está colocado debaixo do Maligno. A obra diabólica penetra em todo lugar. 

Mas um dos lugares preferidos por Satanás é a praia no período de verão. Aqui a imoralidade inunda, porque o mal aparece legalizado.

A veste indecente na praia é a ruína moral de muitas almas. Mas o que mais Me fere é ver na praia, com vestes livres, as mulheres que normalmente costumam acercar-se da Mesa Eucarística.
Elas crêem na sua cegueira, que a veste indecente seja lícita, pelo fato de que muitas pessoas a usam.

O mal é sempre mal. A conduta pouco correta de muitas mulheres não justifica a má conduta própria.

Satanás alegra-se em ver na praia as suas servas e já conta com vê-las consigo no Inferno.

Eu, ao invés, Me aflijo ao ver aquelas almas, pelas quais derramei o Meu Sangue, tornadas em instrumentos do Demônio por motivo do nudismo descarado.

Minha Divina Justiça fez cair do Céu fogo e enxofre e destruiu as cidades imorais de Sodoma e Gomorra. Eu deveria fazer chover sobre as praias fogo e enxofre para incinerar os que, imodestamente vestidos, passam as horas e os dias em mole ociosidade!

Quem pedi conta até de uma única palavra ociosa, que conta exigirá das mulheres imodestas no dia do juízo?... Minha tremenda Justiça as tratará como tiverem merecido as suas obras perversas.

A Riqueza e a Imoralidade


A riqueza iníqua, o dinheiro ganho ilicitamente, arrasta para toda a baixeza. Mulheres sem consciência se esquecem da sua dignidade, e pelo avultado lucro se prestam a se apresentarem através da tela da televisão ou do cinema de modo incorreto. São milhões e dezenas de milhões de olhos imodestos que se colocam sobre tais mulheres.

Eu, que sou o Criador, dei uma Lei Moral. Quem na terra está autorizado a anulá-la? Ninguém!...

Apesar disto esta Lei é zombada, pisada. E Eu, Justiça eterna, ficarei indiferente a isto?

No Divino Tribunal Me darão contas os diretores, os artistas e os que assistem às cenas despudoradas. A responsabilidade pesa, além disso, sobre a consciência dos pais, que permitem aos filhos assistirem às indecências da televisão.

Almas que viveis no lodo moral e disseminais ruínas e mortes, olhai-me crucificado, refleti em vosso caso e meditai no Inferno, onde eternamente cumprem e cumprirão grandes penas multidões de almas as quais um dia também viveram sobre a terra como vós, na libertinagem!...

Enquanto Eu caminhava para o Calvário, uma piedosa mulher teve compaixão de Mim e veio enxugar-me o rosto, sujo de sangue. Agradou-me muito aquele gesto piedoso. Enquanto agonizava na Cruz, Eu era confortado pela Minha Dolorosa Mãe e pelas santas mulheres.

Enquanto a Humanidade é peregrina sobre a terra, continuo a cumprir o ofício de Redentor. Procuro conforto e reparação. Volto-me a vós, almas fiéis! Escuta! A Minha Alma está triste até a morte!
Hoje, ao ver os escândalos da moda, renovo o Meu lamento: Estou triste... tão triste!
Confortai-me vós, ó caras almas! Vesti sempre com modéstia. Não permitais na vossa família a moda indecente. Repreendei a juventude feminina com caridade e fortaleza, para o bem. Ao ver pelo caminho ou em qualquer outro lugar, mulheres mal vestidas, rezai por elas, recitando uma Ave Maria, a fim de que a Minha Mãe interceda por elas. Acrescentai esta invocação: Piedade, Jesus, destas servas de Satanás!

No verão comungai, acrescentando às outras intenções também esta: reparar os escândalos da moda.
Mandai celebrar alguma Santa Missa em reparação dos pecados do nudismo.

Oferecei no verão algum sacrifício, por exemplo, limitando-vos no beber ou renunciando a algum refresco. Qualquer mortificação repara a Divina Justiça e atrai a sua Misericórdia.

Bem-aventurado quem escuta a Minha palavra e a põe em prática!


(D. Giuseppe Tomaselli, "Moda Femminile − A Moda Feminina", Messina, 1966; Traduzido do italiano pelo Prof. João Carlos Cabral Mendonça).


Poema Cavalaria Ana Paula Barros





Tudo continua na mesma calmaria
Corações numa contínua romaria
Ações envoltas em teimosia
Lá vai a nobre cavalaria da covardia



Passa o tempo, essa muralha de monotonia
Os pássaros em calma sinfonia
À porta d’alma a agonia
Que corta o coração em afonia


Que porca babilônia essa em cacofonia?
Que vida tão cheia de irônica calmaria
Lá vai a cavalaria da falsa harmonia
Mas que importa, não lhes basta a calmaria?

Ana Paula Barros









Aspirações à vida eterna

Vivo sem em mim viver
E tão alta vida espero,
Que morro de não morrer.

Vivo já fora de mim
Desde que morro de amor;
Porque vivo no Senhor,
Que me escolheu para Si.
Quando o coração lhe dei,
com terno amor lhe gravei:
Que morro de não morrer.

Esta divina prisão,
do amor em que eu vivo,
fez a Deus ser meu cativo,
e livre meu coração;
e causa em mim tal paixão
ser eu de Deus a prisão,
Que morro de não morrer.

Ai que longa é esta vida!
Que duros estes desterros!
Este cárcere, estes ferros
onde a alma está metida!
Só de esperar a saída
me causa dor tão sentida,
Que morro de não morrer..

Ai! Como a existência é amarga
Sem o gozo do Senhor!
Se é doce o divino amor,
Não o é a espera tão larga:
Tire-me Deus esta carga
Tão pesada de sofrer,
Que morro de não morrer.

Só vivo pela confiança
De que um dia hei de morrer;
morrendo, o eterno viver
Tem por seguro a esperança.
Ó morte que a vida alcança,
Não tardes em me atender,
Que morro de não morrer.

Olha que o amor é bem forte!
Vida, não sejas molesta;
Vê, para ganhar-te resta
Só perder-te: - feliz sorte!
Venha já tão doce morte;
Venha sem mais se deter,
Que morro de não morrer.

Lá no céu, definitiva,
É que a vida é verdadeira;
Durante esta, passageira,
Não a goza a alma cativa.
Morte, não sejas esquiva;
Mata-me para eu viver,
Que morro de não morrer.

Vida, que posso eu dar
a meu Deus que vive em mim,
se não é perder-me enfim,
para melhor o gozar?
Morrendo, o quero alcançar,
pois nele está meu socorro,
Que morro de não morrer.

Se ausente de meu Deus ando,
Que vida há de ser a minha
Senão morte, mais mesquinha,
Que mais me vai torturando?
Tenho pena de mim, quando
Me vejo em tanto sofrer,
Que morro de não morrer.

Já de alívio não carece
O peixe em saindo da água,
Pois tem fim toda outra mágoa
Quando a morte se padece.
Pior que morrer parece
Meu lastimoso viver,
Que morro de não morrer.

Se me começo a aliviar
Ao ver-te no Sacramento,
Vem-me logo o sentimento
De não poder gozar.
Tudo aumenta o meu penar,
Por tão pouco assim te ver,
Que morro de não morrer.

Quando me alegro, Senhor,
Pela esperança em ver-te,
Penso que posso perder-te,
E se dobra a minha dor:
E vivo em tanto pavor,
Sem na espera esmorecer,
Que morro de não morrer.

Oh! Tira-me desta morte,
E dá-me, Deus meu, a vida;
Não me tenhas impedida
Por este laço tão forte.
Morro por ver-te, de sorte
Que sem ti não sei viver,
Que morro de não morrer.

Choro a minha morte já;
E lamento a minha vida,
Enquanto presa e detida
Por meus pecados está.
Ó meu Deus, quando será
Que eu possa mesmo dizer
Que morro de não morrer?

Dilectus meus mihi

Entreguei-me toda e assim
Os corações se hão trocado
Meu Amado é para mim,
E eu sou para o meu Amado.

Me atingiu com sua seta,
Nos meigos braços do Amor
Minh'alma aninhou-se quieta.
E a vida em outra, seleta,
Totalmente se há trocado:
Meu amado é para mim,
E eu sou para meu Amado.

Era aquela seta eleita
Ervada em sulcos de amor,
E minha alma ficou feita
Uma com o seu Criador.
Já não quero eu outro amor,
Que a Deus me tenho entregado:
Meu Amado é para mim,
E eu sou para meu Amado.

Colóquio Amoroso

Deus meu, se o amor que me tendes
É como o amor que vos tenho,
Dizei, por que me detenho?
Ou vós, por que vos detendes?
- Alma, que queres de mim?
- Deus meu, não mais do que ver-vos.
- E tu temes? Como assim?
- O que mais temo é perder-vos.

Uma alma em Deus escondida,
Que mais tem que desejar?
Senão sempre amar e amar,
E, no amor toda incendida,
tornar-vos de novo a amar?
Oh! Dai-me, Deus meu, carinho!
Oh! Dai-me amor abrasado,
E eu farei um doce ninho
Onde for do seu agrado.



Ante a Formosura de Deus

Formosura que excedeis
A todas as formosuras, Sem ferir, que dor, fazeis!
E sem dor desfazeis
O amor das criaturas!

Ó Laço que assim juntais
Dois seres tão diferentes,
Se, atado, em gozos trocais
As dores, as mais pungentes

Ao que não tem que ser, juntais
Com quem é Ser por essência;
Sem acabar, acabais;
Sem ter que amar, amais;
E nos ergueis da indigência.










Acessar o Portal Educa-te aqui



"She Was Pretty" (2015)


Como o nome sugere, a série aborda o tema da "beleza" no sentido de imagem e aparência, especificamente a feminina.


A protagonista é uma "fracassada" que consegue um estágio em uma revista de moda. Além desse fator, ela tem uma aparência considerada desagradável, especialmente para os padrões coreanos. Para contextualizar, a Coreia é um dos países com a maior demanda por cirurgias plásticas, sendo um dos mercados mais renomados da medicina estética. Uma plástica é um dos presentes de maioridade mais frequentes na Coreia.


Assim, é comum que as séries coreanas apresentem reflexões sobre a beleza, os padrões idealizados naquela cultura e seus resultados. No entanto, "She Was Pretty" (2015) aprofunda-se na questão. A beleza estabelecida como um padrão baseia-se na aquisição, por meios financeiros, de alguns traços físicos que conferem ao portador a beleza socialmente aceita. Neste ponto, embora não de forma tão exigente, o Brasil apresenta comportamentos similares em relação à beleza física. A beleza é entendida como uma série de aquisições feitas de forma recorrente, determinando que uma pessoa é bela por adquiri-los. Ou seja, é uma visão materialista da beleza, uma beleza comprável.






Para aprofundamento: Livro A Mulher Católica: Graça & Beleza (Ana Paula Barros)





Esta aquisição torna-se uma forma de comunicação e se desenrola em uma lista de exigências que devem ser seguidas: sempre "passar um batonzinho", nunca "faltar um brinquinho", "que linda essa foto que você está mostrando as pernas", "acho tão bom que você está se cuidando fazendo as unhas". Estas "regras sociais", que parecem insignificantes, mostram uma série de normas (regras não verbais) que passam a possuir o status de beleza e geram uma longa dependência do olhar de aprovação do outro, que determinará se o aspirante a ser belo socialmente está de acordo com os requisitos.


As duas culturas possuem a visão da beleza pela exposição: se a pessoa não mostrar que fez tal coisa - se não é visível - não será belo. Embora a Coreia tenha um padrão de construção dessa imagem mais natural e acessível do que o brasileiro, que é uma sucessão de camadas visíveis para esconder uma determinada insatisfação, ambas compartilham a ideia de que não basta ter uma pele bem tratada ou um cabelo limpo e tratado. Nada do território do saudável basta.


E este é o ponto de várias produções asiáticas sobre a aparência que bem servem para o Brasil, que tem um aspecto de exposição bem mais estabelecido e sedimentado.


A série também aborda o sucesso profissional, a dedicação ao trabalho, os sonhos esquecidos e os relacionamentos que nos ajudam a descobrir quem realmente somos.




O aspecto do sucesso profissional não é insignificante; muitos mercados estão focados na imagem, especialmente o digital. No entanto, ao contrário dos americanos, europeus e alguns latinos, que recentemente têm optado pelo traço do "estranho", a Coreia (e também a China) ainda preserva exigências de imagem e aparência muito específicas e rigorosas quanto ao "normal perfeito". A aparência impecável, que impressiona alguns, pode esconder uma grande máquina de mercado que enriquece à custa das ansiedades dos consumidores.

Outro tema importante da série é a vergonha de si mesmo e suas consequências. "She Was Pretty" mostra que a beleza não está nos adornos que a protagonista coloca em si para parecer bela. Adotando uma abordagem quase socrática sobre a beleza, a série evidencia que a beleza não se resume à aquisição de apetrechos. Essa percepção é importante, pois nos distancia da ideia perigosa de que basta ter uma série de aquisições para ser bonita ou feminina, como se tais atributos fossem mercadorias adquiridas em transações comerciais, refletindo uma visão marxista sobre a aquisição da feminilidade e da masculinidade.




Para aprofundamento: A atual percepção de feminilidade flerta com o marxismo




As pressões sociais sobre a aparência feminina oscilam entre os estereótipos dos comerciais de margarina dos anos 50 e a aparência alienígena. No entanto, cabe observar a perspectiva cristã sobre a aparência e a imagem:






1 Pedro 3, 3-4: "Não sejam, pois, as suas atenções voltadas para o exterior, como frisado de cabelos, adereços de ouro ou roupas caras; mas sim para o interior do coração, unido ao incorruptível traje de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus."


Provérbios 31, 25-26: "A força e a dignidade são os seus vestidos, e quanto ao dia de amanhã, não tem preocupações. Fala com sabedoria, e a instrução da bondade está na sua língua."


1 Timóteo 2, 9-10: "Da mesma forma, que as mulheres, em traje decente, se ataviem com modéstia e bom senso, não com cabeleira frisada, ou com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a Deus) com boas obras."


Cânticos 4, 7: "És toda formosa, querida minha, e em ti não há defeito."






Além disso, é interessante notar a presença do cristianismo na cultura coreana. De forma sutil, a série mostra como as percepções do cristianismo e da cultura ocidental se integraram ao cotidiano na Coreia, sendo visíveis em hospitais, escolas e orfanatos. Em uma cena com a protagonista e sua melhor amiga, essas influências são claramente evidentes.

O cristianismo, na percepção das produções coreanas, está atrelado à capacidade de suportar sofrimento, à remissão e ao perdão. Os símbolos cristãos surgem em determinados momentos das cenas, sempre que esses temas são abordados.

Também é possível encontrar produções mais recentes com padres e freiras como protagonistas, como a série "Um Padre Ousado", onde a justiça ativa, tão diferente do comportamento budista e taoísta em relação às ações sociais (baseadas na impassibilidade e na não-ação), está vinculada às ações cristãs. Nessa série, são retratadas pessoas que lutam por justiça e não aceitam o poder das máfias e das injustiças, uma visão que, para um ocidental consciente, é bem bondosa.






A complementariedade entre a missão feminina e masculina encontra diversos ruídos nas mais diversas produções culturais. Fruto da nossa limitação em conceber essa interação de forma saudável, frequentemente vemos estabelecidos, sem nenhum critério, uma série de padrões, tanto progressistas quanto conservadores, para essa interação.




É interessante observar que, dentre as produções culturais mais equilibradas sobre o assunto, destacam-se as produções chinesas. A produção chinesa, com altos investimentos e artistas de múltiplos talentos, tem mostrado uma abordagem hábil e reflexiva sobre pautas políticas como o feminismo.

A China é uma cultura milenar que se esforça por preservar sua história, mesmo num regime que, em essência, tende a descredibilizar o passado. O país parece trilhar um caminho próprio, fruto da união inusitada entre comunistas e empresários. Durante a revolução chinesa, os empresários apoiaram o avanço militar, o que resultou em um governo comunista militar empresarial.



Dessa interação inicial surgiu uma abordagem de governo de esquerda militar e de riqueza produtiva. E uma das maiores fontes para ver o retrato da China por ela mesma é o grande apoio que os produtores culturais da internet recebem para propagar a cultura chinesa. Cada canal de YouTube está ligado a uma empresa de mídia, uma vez que não existe YouTube na China, é preciso publicar os vídeos fora. Essa leitura da China é realmente agradável, de fartura e muita riqueza alimentar, o que mostra uma abordagem sinalizatória sobre o sucesso da China, que todos podemos ver nos produtos que compramos, pois são todos chineses. Essa potência silenciosa é também uma potência cultural silenciosa.


Na série "Los Intérpretes", a produção é voltada para a educação chinesa sobre o fato de que todo chinês é um embaixador da China nos países em que estão. Essa abordagem mostra a preocupação da China e a ação conjunta dos chineses em fazer da China uma grande nação. É o sonho coletivo chinês, desde a época dos imperadores chineses (assim como o sonho da unificação da China).


Há quem me pergunte o motivo de me atentar às produções chinesas. Além do fato de ser a atual superpotência do mundo, existe a questão da evangelização. Logo, nós estaremos cercados mais pela cultura chinesa do que pelas outras. É importante saber o que eles valorizam.


O sonho coletivo chinês, de uma nação bela, inteligente e forte, é plasmado na sociedade pelas produções, que querem educar mostrando que o país será forte, belo e inteligente se todos, homens e mulheres, assim forem. Veja, portanto, que o objetivo chinês é o crescimento de influência de sua pátria. Para isso, as pautas ideológicas não são favoráveis, já que muitas vezes colocam um em detrimento do outro. Por isso, as produções tendem a mostrar uma ação conjunta em prol de todos e da pátria.





A visão está correta e poderia ser muito melhor aproveitada se colocássemos uma visão cristã sobre isso, não só pelo bem da pátria terrena, mas pela vida na pátria celeste. Esta abordagem é inexistente nas produções chinesas (claro, por conta da mentalidade base do comunismo); no entanto, a complementariedade sempre existe, até mesmo no "olimpo chinês" com seus deuses e criaturas míticas. Mas este olimpo é uma cópia mais caótica do olimpo grego e romano. Com frequência, existem confusões sobre o bem e o mal, numa clara tentativa de incutir que uma vida terrena calma e tranquila é tudo o que poderíamos querer.


Portanto, embora a produção cultural chinesa tenha muitos pontos positivos, carece desse ponto fundamental. No entanto, a maioria das produções ocidentais também nada têm a enriquecer nesse ponto.


Os pontos positivos que podem fazer com que o avanço das produções asiáticas repercutam de forma a favorecer a boa doutrina cristã, através de um alimento cultural menos pernicioso moralmente, são:




Primeiro: são séries marcadas por grande pudor. Por razões culturais, raramente se encontram comportamentos luxuriosos e cenas de nudez explícita nas séries, nem mesmo comportamentos depravados. Para que se tenha uma ideia, até mesmo um beijo e pegar na mão são extremamente raros e só acontecem depois de muitos episódios. Isso é de extremo valor para nós, brasileiros, que temos dificuldade em viver o pudor devido à necessidade, quase crônica, de tocar nas pessoas. Especialmente aqueles que desejam viver um namoro santo encontrarão nessas séries uma forma de absorver comportamentos mais comedidos e poderão reafirmar a certeza de que amor e tocar na pessoa são coisas distintas. Observar como eles são comedidos nos ajuda a viver a temperança, o pudor e a modéstia em nossas atitudes.


Segundo: os personagens realmente condensam em si a missão masculina no homem e a feminina na mulher. Fica extremamente clara a distinção e a importância de cada missão e da individualidade de cada pessoa.


Terceiro: em muitas séries é possível notar a evolução da cultura asiática através do contato com a cultura ocidental (judaico-cristã). Portanto, nos ajuda a notar como os valores cristãos incutidos nas leis e na moral auxiliaram diversos povos a melhorarem (principalmente em relação ao valor da mulher e ao casamento), mesmo indiretamente, como é o caso da Ásia. Eles não são um povo evangelizado; no entanto, em sua maioria, absorveram muitas coisas culturalmente católicas, afinal, o catolicismo é também uma cultura. Além disso, em séries contemporâneas é possível notar como o cristianismo tem feito parte da vida do povo comum. Presentes em hospitais, escolas e orfanatos, além das igrejas, é fácil notar cruzes pelas cenas, assim como as diversas reações ao cristianismo. Temos desde aqueles que acabam recebendo o benefício das obras de caridade até personagens que representam não pessoas em si, mas a cultura milenar desses países e sua tentativa de permanecer. Aliás, boa parte das séries possui a intenção de ressaltar os valores da cultura oriental, não fazendo menção direta a nenhuma religião, o que permite que possamos trabalhar o filtro para absorver as qualidades e nos atentar ao que chamo de brecha de evangelização (todas as civilizações possuem pequenas brechas que possibilitam a conversão ao cristianismo, e é assim que a Igreja vem evangelizando desde São Paulo com os gregos) e observar os pontos de erro para treinar como refutá-los (ao menos essa é a forma que concebo).


Quanto à complementariedade, objeto deste artigo. Podemos observá-la em todas as séries. Na série "General and I" ficam realmente desenhados os aspectos da complementariedade.


E, como o próprio nome indica, trata-se da história de um general e uma moça órfã e só no mundo, mas muito, muito inteligente. A série se desenrola em mais de 60 episódios. O tema da série é a nação. Uma característica muito interessante, como já apontado, é que o romance amoroso é um elemento, não o motivo da história; o tema da série é o patriotismo de ambos os personagens, e exemplos de fidelidade, caridade, abnegação, honestidade, honra e coragem. O que torna os personagens muito interessantes. É claro que, para que estas virtudes se tornem mais evidentes, existem também seus antagônicos, os vícios, presentes na trama.


Além disso, observamos uma representação profunda do casamento, um ponto que merece atenção especial. Aborda os motivos para o casamento e o significado de se unir a outra pessoa, destacando a fidelidade aos votos matrimoniais. Em todas as culturas, o casamento é um compromisso assumido pelos próprios noivos; no catolicismo, não é diferente. O casamento é o único sacramento realizado pelos noivos, onde ambos fazem votos expressos diante de Deus e prometem cumpri-los até a morte. Esse aspecto, que enfatiza o cumprimento dos votos, é tratado com clareza.



Aprofundamento sobre complementariedade: Livro A Mulher Católica: Graça & Beleza (Ana Paula Barros).



Com uma abordagem tão interessante é fácil conceber uma complementariedade social em prol do crescimento nacional. Característica também vista em "Você é a minha glória", "O começo de uma nova vida", "Floresce na Adversidade" e "O Tigre e a Rosa".


Talvez o que mais evidencie a forma chinesa de lidar com as pautas tão debatidas no ocidente seja a produção "O Tigre e a Rosa", sobre uma roteirista feminista que cria um mundo regido pelo "matriarcado" e não pelo "patriarcado". A história mostra de forma divertida o erro de somente inverter os supostos polos de força social.


Também é possível constatar nas séries modernas a resistência ao casamento e alguns pontos sobre a legalização da interrupção da gestação, que mostram como esses atos de pecado foram abraçados. Embora seja possível ver coisas bem piores em séries ocidentais, vale observar como o tema é retratado pela arte do cinema oriental.



Aprofundamento sobre educacional: Educa-te: Paideia Cristã 

Sobre Educação Estética: Revista Digital Salutaris: Educação Estética, Arte & Patrimônio 




Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia, Graça & Beleza.
















Fatos históricos são comumente usados como ricas inspirações para produções culturais das mais variadas naturezas. Somos por elas atualizados dos acontecimentos históricos através de um prisma, e isso se torna, de certa forma, uma verdade.


Ver é possuir. Logo, ao assistir a uma série, possuímos, de certa forma, uma forma de conhecimento ou novo conhecimento sobre aquele fato. Não é de todo ruim, no entanto, pode ser perigoso se atrelar a uma visão produzida intencionalmente. O protagonista de O Velho e Negro mostra como uma pessoa comum pode se tornar absolutamente intragável e sem caráter por simplesmente tomar o prisma de um livro sobre Napoleão como uma verdade, assim como o pensamento, ou suposto pensamento, do auto-coroado rei imperador francês. A visão do protagonista era restrita quanto ao personagem histórico adorado.


A série chinesa The Princess Weiyoung se baseia na história da dinastia Wei. Trata-se de uma princesa de um estado subjugado ao estado de Wei.


Vale lembrar que a China era dividida em reinos e tribos, e estes lutavam entre si. Cada estado possuía um rei, e de tempos em tempos surgia um imperador que desejava unificar os estados e desenvolvia batalhas para conquistar os estados vizinhos, para assim acabar com as guerras. Muitos imperadores tentaram isso. Esse era o sonho coletivo chinês. Pois até a última revolução da China, que causou a queda da última dinastia, as grandes cidades ficaram sob o comando de generais que, claro, lutavam entre si. O exército revolucionário acabou se beneficiando dessa situação, conseguindo o apoio dos empresários que queriam manter seus negócios sem a guerra. Esse contexto nos mostra o motivo que levou a China a um regime comunista tão duradouro; em sua cultura, um sistema centralizador não é muito diferente do que desejavam os imperadores que queriam unificar os estados. Muitas produções são feitas numa releitura deste período de transição, que passa a imagem de que o povo chinês foi quem fez a escolha. Uma delas é a produção "Fall in Love".


A série The Princess Weiyoung então se desenrola em capítulos de 40 minutos, sobre a ocultação dessa princesa até a sua influência na família imperial de Wei. O tema é família e, em segundo plano, o poder a serviço do povo. De uma forma geral, as séries sempre tratam muito do tema família e do poder, principalmente em manter o poder ou reconquistá-lo.


As virtudes presentes são: fidelidade, sacrifício do amor, lealdade, confiança, coragem e perdão. É claro que para que estas virtudes se tornem mais evidentes existem também seus antagônicos, os vícios, presentes na trama. É um trabalho realista; a atriz escolhida para protagonista está criando uma carreira como intérprete de imperatrizes, o que torna interessante acompanhar suas atuações. Essa imperatriz fictícia parece muito com a imagem da mulher inteligente e bela que as produções tendem a evidenciar. A inteligência é sua maior capacidade de governo.


Essa releitura do período do império, mesmo com fatos que apontam a existência de imperatrizes assim, mostra a preocupação em evidenciar os talentos da nação como um todo. Não existe um desprestígio do período passado, mas uma comprovação de que o país sempre foi grande em seus governantes, mesmo os maus governantes.


É uma estratégia de releitura histórica interessante que certamente será matéria de observação no futuro.




Sobre Educação Estética: Revista Digital Salutaris: Educação Estética, Arte & Patrimônio 




Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia, Graça & Beleza.










Controle Cerebral e Emocional| Livros Católicos


"Dedicamos esta edição primeiramente aos que já sofrem psiquicamente, aos nervosos ou cansados por excesso de trabalho, de preocupações ou de sofrimento. Aos que sentem diminuído seu controle de pensamentos e emoções e não conseguem nem descansar, nem dormir sossegadamente, nem sabem dominar suas antipatias, desalentos, temores ou tristezas. 

Em segundo lugar, aos sãos, que desejam ter maior eficiência em seus estudos ou empresas, maior energia e constância em seus propósitos, maior domínio de seus sentimentos ou instintos, maior alegria, satisfação e felicidade interna.

Em terceiro lugar, aos educadores e aos diretores espirituais que se deparam com casos dificeis para fazer adiantar no estudo ou na virtude, seja pela divagação mental, debilidade psíquica, indecisão ou preguiça volitiva, seja por paixões desenfreadas, fobias ou temores irracionais ou sentimento de inferioridade.

Queremos oferecer um manual prático de higiene mental e de alegria interna, não um tratamento de psicologia ou psicoterapia."

Essa é a proposta do livro Controle Cerebral e Emocional, escrito pelo padre Narciso Irala e editado pela Editora Castela Editorial. 

O padre Narciso Irala trabalhou como missionário na China, por 22 anos, quando voltou ao Brasil passou a notar a completa incapacidade de auto domínio e superação que assolam as almas, então iniciou um trabalho de orientação sobre esse tema.

Com uma escrita clara e abordagem prática, padre Irala nos mostra como a falta de uma capacidade de gerenciamento de pensamentos e emoções podem influenciar negativamente nos processos de maturidade e crescimento em todas as áreas da vida.

Ele aborda questões de formação humana, formação do caráter e a capacidade de canalizar a faculdade da vontade num determinado objetivo.

Essa proposta (fortalecer o caráter) o leva a diversas matérias como: ira, tristeza, medo, pesadelos, sexualidade, trabalho, estudo e descanso, sentido da vida.

Todas essas matérias são tratadas do ponto de vista da formação humana sem deixar os aspectos espirituais católicos, ou seja, considera os altos ideais do cristianismo, as virtudes e o auxílio dos sacramentos, mas nos oferece formas de exercitar a faculdade da vontade e o dom do livre arbítrio.

Um leitura realmente necessária.

Review completo, aproveita e conheça o canal no youtube:







Masaccio, Crocifissione, 1426. Tempera su tavola, 83 x 63 cm. Cimàsa del Polìttico di Pisa. Napoli, Museo di Capodimonte.


A arte utiliza uma linguagem não verbal eficaz, muitas vezes imediatamente comunicativa, cujos códigos se desenvolveram ao longo do tempo. Os personagens que animam pinturas e esculturas são obviamente silenciosos, mas ainda se dirigem ao observador "falando" através da linguagem corporal. Palavras não ditas são efetivamente substituídas por gestos, poses e expressões.


Cimabue, Crocifisso di San Domenico, 1270 ca. Particolare di Maria dolente. Tempera su tavola. Arezzo, Chiesa di San Domenico.




A casuística dos gestos é muito ampla: há gestos que ainda hoje são imediatamente compreensíveis e comunicativos, e outros que o eram para o público a quem as obras outrora se dirigiam, mas que para nós, contemporâneos, podem parecer misteriosos, curiosos ou até engraçados. No entanto, reconhecer seu verdadeiro significado é essencial para uma compreensão correta e completa de uma obra. 

Na arte, duas categorias principais de gestos podem ser identificadas: os descritivos, que têm caráter predominantemente ilustrativo e indicam uma ação ou declaram o papel social de um personagem; e os expressivos, que revelam sentimentos, emoções e humores. Estes últimos, codificados por uma longa tradição iconográfica, envolvem principalmente braços, mãos e pernas.

Por exemplo, o gesto dos braços estendidos, para cima ou para trás, equivale a um grito de partir o coração, a mais alta expressão de dor e desespero. Nas crucificações, nos enlutados e nos depoimentos há uma explosão incontrolável de angústia, bastante típica das figuras femininas e, em particular, de Maria Madalena, e contrasta com a dor muda, mas dilacerante, de Nossa Senhora.

Pelo contrário, o gesto do braço direito dobrado e apoiado no corpo, com a palma da mão voltada para fora, simboliza a submissão à vontade superior de Deus e indica a aceitação de uma realidade dolorosa. Já os braços cruzados simbolizam um estado de inatividade, típico de quem presencia a manifestação de uma ação sem participar ativamente dela. Quando os anjos que cercam Nossa Senhora estão nessa postura, o gesto denota um estado de espírito de adoração e contemplação.

O gesto mais comum na história da arte, no entanto, é levar a mão ao rosto, típico dos enlutados, expressão de uma dor profunda, mas controlada, com dignidade. Não é um gesto de desespero, não é sintomático de uma paixão forte, mas transitória; pelo contrário, indica sofrimento duradouro, que não pode ser aliviado com o tempo. É típico de Nossa Senhora e João Evangelista que testemunham impotentes a crucificação de Cristo.



Baseado no artigo: L’importanza dei gesti nell'arte por Giuseppe Nifosì Pubblicato in L’età gotica.



Para aprofundamento: Revista Digital Salutaris: Educação Estética, Arte & Patrimônio 
Para aprofundamento: Educa-te: Paideia Cristã 






Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia, Graça & Beleza.


"Quem deitar fora as espécies consagradas ou as subtrair ou retiver para fim sacrílego incorre em excomunhão "latae sententia" e reservada à Sé Apostólica" (CIC 1367).


Muitos católicos desconhecem a imensidão de sacrilégios cometidos contra o Santíssimo Corpo do Senhor, sacrilégios que se multiplicam imensamente e nos levam a nos posicionarmos em defesa do Santíssimo Corpo do Senhor.

Todos sabemos que existem duas formas de comunhão, atualmente, no que se refere ao rito romano: na boca e na mão. A orientação da Igreja sempre foi que os fiéis comungassem na boca, mas em alguns países a conferencia episcopal permitiu a comunhão na mão como na Itália, Espanha e Brasil, assim como permitiu ministros da Eucaristia. 

Desde então os fiéis, nesses países, podem escolher a forma de comungar.

"Não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé" (Redemptionis Sacramentum, 91).


No entanto, vemos, como já dito, uma multiplicação absurda de ofensas e sacrilégios a Santíssima Eucaristia. Os sacrilégios a Jesus Eucarístico podem ser feitos quando um padre celebra a Missa com a intenção sacrílega, a profanação de um sacrário ou uma falsa comunhão, ou seja, o individuo finge comungar e leva o Corpo de Cristo para profaná-Lo.

Qualquer alma cristã, devidamente amante de Jesus Eucarístico sente uma dor imensa diante de qualquer uma dessas possibilidades. Nada pode ofender mais o Coração de Jesus que a profanação do Seu Santíssimo Corpo deixado como alimento para os membros da Igreja.

Você deve estar a se perguntar como seria possível alguém roubar e profanar o Corpo do Senhor, não é mesmo?


É uma realidade, o Corpo Santíssimo do Senhor, diante do qual todo o joelho deve se dobrar no Céu, na Terra e nos Infernos é usado em ritos satânicos, em rituais de magia negra e também é levada "para casa" como uma espécie de amuleto, ou como uma fonte de "energias', ou como um "purificador de energias da casa", além das comunhões em que o fiel esta longe da graça ou ainda os que comungam sem crer, enfim profanações diversas e sem fim, espinhos no Coração do Amado Jesus que já esta muito ofendido.

Diante de roubos mediante falsas comunhões cabe aos fiéis, aos ministros e aos padres orientar o maior número de pessoas e passar a orientação da Igreja:

“Se houver perigo de profanação, NÃO se distribua aos fiéis a Comunhão na mão”. (Redemptionis Sacramentum 92).


Ou seja, diante de tantas profanações explicitas, hóstias consagradas vendidas pela internet, pessoas colocando partículas consagradas em saquinhos como lembrancinhas zen ou em cultos protestantes e diversas profanações em missas satânicas em que se pisoteia o Corpo Santíssimo do Senhor ou ainda outras profanações horrendas, como passar a hóstia consagra no corpo nu de uma mulher, não podemos deixar de fazer o que devemos fazer e o que devemos fazer é incentivar a comunhão na boca.

Independente do que eu e você pensamos, se gostamos ou não, se o padre gosta ou não, se é mais demorado ou não, isso não importa! O que importa é zelar pelo Santíssimo Corpo do Senhor, é defende-Lo, honrá-Lo, amá-Lo e isso faz da comunhão na boca uma ação de emergência e de zelo, devemos dificultar a ação desses diversos profanadores e facilitar a identificação dos mesmo pelos ministros da eucaristia, padres e fiéis - sim, fiéis.

Que ninguém se abstenha de deter alguém que sai da fila da comunhão com Jesus na mão sem comungar ou que coloca o Corpo do Senhor no bolso, na bolsa ou o fecha na mão como uma bolacha trakinas.

Nenhum católico pode se calar ou ficar a olhar sem fazer nada diante de tanta cara de pau satânica.

Que sejamos consumidos de zelo Eucarístico!

Paz e Bem!
Ana Paula Barros
"Enchi-me de zelo pela minha Mãe Imaculada e Ela me livrou de todas as tribulações"

Inscreva-se no canal aqui







Estes apotegmas - ditos - são do Padre do Deserto Pai Antônio, O Grande. 


Muito temos a aprender com esses homens que enebriados pelos amor a Deus e pelo desejo de tornar real o motivo da nossa existência, ou seja, conhecer, amar e servir a Deus; foram para o deserto e lá se encontraram consigo mesmos e sua limitações, travaram inúmeras batalhas, principalmente com os maus pensamentos e comportamentos e por fim se tornaram grandes mestres. É realmente uma pena, que muitas tenham se esquecido da grande fonte de ensinamentos que os padres nos oferecem, ensinamentos fundamentados na experiência, em vivências reais de homens santos. 

É importante lembrar que os Padres viveram por volta de 300 depois de Cristo, o mais conhecido é Santo Antão, mas haviam muitos outros, padres e madres do deserto. Esse ponto faz com que a doutrina dos padres, quanto a espiritualidade, seja mais apurada e mística. Também devemos nos atentar para o fato de que esses homens e mulheres tinham uma dimensão muito elevada da sua decisão em viver no deserto, pois acreditavam que estavam se apresentando em nome dos homens para combater os inimigos dos homens e de Deus, eles fugiam do mundo e iam batalhar internamente e muitos externamentos com a concupiscência da carne e o demônio. É importante esse apontamento pois, muitos acham que eles eram fugitivos do mundo, num sentido pejorativo, mas não é o caso, eles eram homens muito corajosos, assim como o são os enclausurados de hoje - que também estão em um deserto - pois se entregam em nome dos homens para fazer oposição ao demônio e sua ação maligna no mundo. 

Assim os ditos dos Padres podem nos ajudar muito em nossa vida espiritual, pois os Padres sempre partiam da prática, do cotiano para guiar seus discípulo até Deus:

Se o ferro é negligenciado e não recebe a manutenção devida, à força de permanecer sempre abandonado sem servir a nada, acaba comido pela ferrugem e já não tem mais nem utilidade nem beleza. O mesmo acontece com a alma. Se ela permanece inerte, se não se dedica a viver na virtude e a se voltar para Deus, se ela se priva da proteção divina por causa de suas más ações, em sua negligência ela se destrói sob o efeito do mal que ataca a matéria do corpo como o ferro se destrói sob o efeito da ferrugem, e não possui mais nem beleza, nem utilidade em vista da salvação.
Deus é bom, impassível, imutável. Mas se nós consideramos razoável e verdadeiro que Deus não muda, podemos nos perguntar como Ele se alegra com os bons e se zanga com os maus, como se irrita com os pecadores e é benevolente quando homenageado. A resposta é que Deus não se alegra nem se irrita, pois alegrar-se e entristecer-se são paixões. Da mesma forma, não há como homenageá-lO com presentes, pois então Ele seria dominado pelo prazer. Ora, é impossível, a partir das coisas humanas, ver no Divino o bem e o mal. Deus é Bom, e Ele não nos faz senão o bem, jamais o mal, pois em tudo isto Ele permanece sempre igual. Também nós, se, por nossa semelhança, perseveramos no bem, também nós nos unimos a Deus. Mas se, por dissenso, nos entregamos ao mal, nós nos separamos de Deus. Vivendo na virtude, ligamo-nos a Deus; mas levados ao mal, fazemos dEle nosso inimigo, cuja irritação não é gratuita, uma vez que os pecados impedem a Deus de brilhar em nós e nos atiram aos demônios que nos castigam. Se, pelas orações e pelo bem que fazemos, obtemos a absolvição de nossas faltas, não é por termos honrado a Deus ou tê-lO feito mudar, mas porque, curando nosso próprio mal com nossas ações e nosso retorno ao divino, desfrutamos novamente de sua bondade. Isto equivale a dizer então que Deus se afasta dos desonestos, e que o sol se esconde diante dos que são privados de visão.


 

Padres do Deserto

A alma verdadeiramente dotada de razão, quando vê a felicidade dos bandidos e a prosperidade dos indignos, não se perturba imaginando aquilo que eles desfrutam nesta vida, como aqueles que, dentre os homens, são desprovidos de razão. Pois ela conhece claramente a instabilidade da fortuna, a incerteza da vida presente, a brevidade da existência e a integridade do Juízo. Esta alma crê que Deus não a esquecerá e lhe dará o alimento de que ela necessita.

A alma dotada de razão, que mantém firmemente sua boa resolução, conduz como um cavalo o ardor e o desejo, suas paixões privadas de razão. Se ela as domina, pressiona, se assenhora delas, ela é coroada e julgada digna da vida no céu. Ela recebe de Deus que a criou a recompensa por sua vitória e suas provações.

O bem não é visível, assim como as coisas do Céu. Mas o mal é visível, como as coisas da terra. O bem é aquilo que não se pode comparar. Assim, o homem que possui inteligência escolhe o melhor. 

O corpo unido à alma passa das trevas do seio materno à luz do dia. Mas a alma unida ao corpo permanece ligada às trevas do corpo. Assim, convém ter aversão e endireitar o corpo, na medida em que ele se mostra adversário e inimigo da alma. A abundância e o prazer das comidas despertam no homem as paixões do mal. Mas a temperança reabsorve as paixões e salva a alma.

Pelo corpo, o homem é mortal. Mas pelo intelecto e pela palavra, ele é imortal. Mesmo se você se cala, você pensa. E se você pensa você fala. Pois é no silêncio que a inteligência engendra a palavra. E a palavra de reconhecimento dirigida a Deus é a salvação do homem.

A alma está no corpo. A inteligência está na alma. E a razão está na inteligência. Quando é concebido e glorificado por ela, Deus imortaliza a alma atribuindo-lhe a incorruptibilidade e as delícias eternas, Ele que por sua simples bondade fez existir todas as criaturas.

Nosso Deus deu a imortalidade às coisas do Céu e fez mutáveis as coisas da terra. Ele colocou a vida e o movimento no universo. A tudo Ele criou para o homem. Assim, não se deixe cativar pelas imagens deste mundo que lhe chegam pelo demônio, quando ele introduz em sua alma maus pensamentos. Mas procure imediatamente os bens celestiais, e diga a si mesmo: “Se eu quiser, eu tenho em mim o poder de rechaçar também este ataque da paixão. Mas se eu não o fizer, é porque quero satisfazer meu desejo.” Continue assim com este combate, que pode salvar sua alma.

O mal anda de mãos dadas com a natureza, como a ferrugem com o ferro, ou as excreções com o corpo. Mas não foi o ferreiro quem fez a ferrugem, nem os pais que fizeram a excreção. Da mesma forma, Deus não criou o mal. Ao contrário, Ele deu ao homem o conhecimento e o discernimento, para que ele pudesse fugir do mal, sabendo que este é nocivo e condenável. Assim, quando você ver alguém feliz por ser rico e poderoso, cuidado para não invejá-lo. É o demônio que cria esta ilusão. Mas tenha imediatamente a morte diante dos olhos, e você não cobiçará jamais nem o mal, nem as coisas deste mundo.

Aquele que faz da piedade a companhia de sua vida não permite ao mal entrar em sua alma. E se o mal não penetra nela, a alma permanece ao abrigo do perigo e da infelicidade. Nem as enganações do demônio, nem os golpes da sorte prevalecerão nestes homens. Pois Deus os livra do mal. Eles vivem sob sua guarda, longe de toda infelicidade, semelhantes a Ele. Se os elogiarem, eles rirão de quem os elogia; se os ofenderem, não responderão aos insultos. Pois eles não se comovem com o que é dito ou não dito a respeito deles.

O mal é uma afecção da matéria. Deus não está em causa. Ele deu aos homens o conhecimento, o saber, o discernimento do bem e do mal, e a liberdade. É a negligência e a irresponsabilidade dos homens que engendram as paixões do mal. Portanto, Deus não é sua causa. Os demônios caíram na maldade depois de uma escolha deliberada. O mesmo acontece com a maior parte dos homens.

Conceba as coisas de Deus. Seja piedoso, sem inveja, bom, casto, doce, contente tanto quanto possível, afável, alheio às disputas. Possua estas virtudes e as que lhes assemelham. Pois esta é a fortuna inviolável da alma: agradar a Deus pelo exercício dessas virtudes, não julgar ninguém, não dizer de ninguém: “Fulano é mau, ele pecou”. É melhor nos ocuparmos de nossos próprios males e examinarmos se nossa própria conduta agrada a Deus. Porque afinal, que sentido faz nos preocuparmos se o outro é mau?

A alma se compadece do corpo, mas o corpo não se compadece da alma. Assim, quando o corpo está moribundo, a alma sofre com ele. E quando o corpo está vigoroso e se sente bem, a alma experimenta a mesma alegria. Mas quando a alma se põe a refletir, o corpo não acompanha esta reflexão. Ele permanece abandonado a si mesmo. Pois a reflexão é um estado da alma, assim como a ignorância, o orgulho, a perfídia, a cupidez, o ódio, a inveja, a cólera, o desdém, a vanglória, a estima, a discórdia, o sentido do bem. Tudo isto é suscitado pela alma.
Pai Antônio o Grande

Dentre aqueles que se encontram num albergue, alguns recebem um leito, outros não o obtêm e deitam-se no chão, onde roncam tanto quanto os que dormem em sua cama. Após passarem a noite e deixarem pela manhã os leitos, eles partem juntos, cada qual levando apenas o que possui. O mesmo acontece com todos os que chegam a este mundo. Tanto os que viveram pobremente quanto aqueles que passaram a vida entre a glória e a riqueza, todos saem da vida como do albergue. Eles não levam consigo nada daquilo que fazia as delícias e a riqueza do mundo. Eles não levam senão suas próprias obras, boas ou más: aquilo que fizeram durante a vida.

O homem dotado de razão é combatido pelos sentidos de sua natureza racional, por meio das paixões da alma. Ora, existem cinco sentidos no corpo: a vista, o olfato, a audição, o paladar e o tato. A infeliz alma é capturada pelos cinco sentidos quando ela se submete às quatro paixões que lhes correspondem. Estas quatro paixões são a vanglória, a loucura insensata, a cólera e a lassidão. Portanto, a partir do momento em que, com prudência e reflexão, o homem levou a bom termo o combate e dominou as paixões, ele não é mais combatido. Sua alma está em paz, e ele recebe a coroa de Deus por sua vitória.

Não convém que a alma que é dotada de razão e que combate, se deixe ficar facilmente apreensiva e medrosa diante das provas que lhe acontecem, se ela não quiser ser ridicularizada por sua preguiça. Pois a alma perturbada pela imaginação das coisas do mundo esquece o que ela deve a si mesma. São as virtudes da alma que nos abrem o caminho aos bens eternos. A causa dos castigos está no mal que os homens fazem a si mesmos.

Os sábios devem lembrar-se continuamente: se suportamos nesta vida as pequenas penas passageiras, nós os homens usufruiremos após a morte de um imenso prazer e de delícias eternas. Desde logo, aquele que combate as paixões e que quer ser coroado por Deus, se ele cair, não deve se desencorajar, nem permanecer em sua queda desesperando de si. Mas é preciso que ele se levante, retome o combate, e busque novamente a coroa. Até o último suspiro é preciso lembrar-se desta queda que lhe sucedeu. Pois os golpes que o corpo recebe são a armadura das virtudes e asseguram a salvação da alma.

Aqueles que participam dos Jogos Olímpicos não recebem a coroa por vencerem um, dois ou três adversários, mas após terem vencido a todos os que enfrentaram. O mesmo acontece com o homem que quer ser coroado por Deus. Sua alma deve dedicar-se à sabedoria, não somente nas coisas do corpo, mas em tudo o que se refere a perdas e ganhos, invejas, alimentos, a vanglória, as injúrias, a morte e as afecções análogas.

Saiba que as dores físicas são naturais do corpo, uma vez que este é corruptível e material. Diante de tais sofrimentos, a alma instruída deve armar-se de perseverança e paciência, e não reprovar a Deus por haver criado o corpo.

Os homens não devem adquirir nada de mais. Se por acaso eles têm muito, será bom para eles saber que tudo nesta vida é, por natureza, corruptível, tudo desaparece facilmente, se degrada e se destrói. Assim, eles não devem se inquietar com o que quer que aconteça.

Se você quiser, você será escravo das paixões. Se você quiser, e você é livre, você não será sujeito às paixões. Pois Deus o criou livre. E aquele que sobrepuja as paixões da carne recebe a coroa da incorruptibilidade. Pois se não houvesse paixões não haveria virtudes, nem as coroas dadas por Deus aos homens que delas são dignos.

Se nos esforçamos para cuidar das paixões do corpo para evitar a zombaria daqueles com quem encontramos, com mais razão devemos nos esforçar para curar as paixões da alma, uma vez que seremos julgados na presença de Deus, para que não sejamos submetidos à desonra e ao ridículo. Pois nós somos livres. Assim, mesmo quando sentimos em nós o desejo de más ações, não querer fazê-las é possível, está ao nosso alcance levar uma vida que agrade a Deus. Jamais alguém poderá nos forçar a fazer algo de mal, se não quisermos. Combatendo assim, seremos de fato homens dignos de Deus, e viveremos como anjos no céu.

 A gratidão e a conduta virtuosa são os frutos do homem que mais agradam a Deus. Ora, os frutos da terra não amadurecem em uma hora: é preciso tempo, a chuva, cuidados. Da mesma forma, os frutos do homem não brilham senão pela ascese, o estudo, o tempo, a perseverança, a obstinação e a paciência. Mas mesmo que, ao ver em você estes frutos, alguns o considerem um homem piedoso, desconfie sempre de si mesmo enquanto você viver em um corpo, e considere que nada daquilo que vem de você agrada a Deus. Saiba que, de fato, não é fácil um homem permanecer até o fim puro de toda falta.

Quando você fecha a porta de sua casa e fica só, saiba que um anjo designado por Deus a cada homem estará com você. É este anjo que os gregos chamam de daimon interior. Ele não dorme jamais. É impossível enganá-lo. Ele está sempre com você, ele vê tudo e a escuridão não o atrapalha. Com ele, Deus está em toda parte. Pois não existe lugar nem matéria aonde Deus não esteja, uma vez que ele é maior do que tudo e tem todos os seres em sua mão.

O que é conforme a natureza não é pecado. O pecado é a escolha do mal. Comer não é pecado. Pecado é comer sem dar graças, sem decência nem temperança. Pois convém guardar em vida o corpo fora de toda imaginação perversa. O olhar, se é puro, tampouco é pecado. O pecado está em olhar com inveja, com orgulho ou com indiscrição. É não escutar pacificamente, mas com hostilidade. É não guardar a língua para a ação de graças e a prece, mas deixá-la dizer não importa o quê. É não usar as mãos para socorrer os outros, mas servir-se delas para matar e roubar. Desta forma, cada um dos nossos membros peca por si só, fazendo mal em lugar do bem, contra a vontade de Deus.

As condições nas quais nos encontramos malgrado nós mesmos e sem que o desejemos são uma prisão e um castigo. Assim, ame aquilo que você possui atualmente. Pois se você o assumir de má vontade, você estará punindo a si mesmo por sua própria conta. Na verdade, não existe senão um caminho: o desprezo pelas coisas do mundo.

Quem não se satisfaz com o que possui presentemente para viver, mas quer sempre mais, sujeita-se às paixões que perturbam a alma e lhe impõem pensamentos e imaginações. Pois possuir mais é um mal em si. Assim como uma túnica grande demais atrapalha quem disputa uma corrida, também o desejo de aumentar as riquezas impede a alma de combater e ser salva.
Santos Padres do Deserto

Aqueles que conhecem a Deus enchem-se de todas as bem-aventuranças da bondade. Aspirando às coisas do céu, eles desdenham as coisas desta vida. Tais homens não agradam à maioria, nem tentam agradá-la. Assim, muitos dentre os que não compreendem nada, não apenas os detestam, como zombam deles. Em sua pobreza, eles aceitam suportar tudo isso, sabendo que o que parece um mal à maioria, aos seus olhos é o bem. Pois aquele cujo intelecto se abre às coisas celestes, crê em Deus e compreende que todas as coisas são criações de sua vontade, enquanto que aquele cujo intelecto não se abre, jamais acreditará que este mundo é obra de Deus e que ele foi feito para a salvação do homem.

Deus, com sua palavra, destinou as espécies animais a diferentes usos sucessivos. Algumas devem ser comidas, outras devem servir. E ele criou o homem para contemplar suas vidas e suas obras e para reconhecê-las e interpretá-las. Que os homens se apliquem, assim, a não morrer sem antes contemplar e entender Deus e suas obras, como os animais desprovidos de razão. O homem deve saber que Deus tudo pode, e que nada se opõe Àquele que pode tudo. A partir do nada ele fez, e fez tudo o que quis com sua simples palavra, para a salvação dos homens.

Quando você tiver que se haver com alguém que disputa e combate a verdade e a evidência, corte imediatamente a disputa e afaste-se deste homem cuja inteligência está petrificada. Da mesma forma, com efeito, com que uma água ruim estraga os melhores vinhos, também as conversas sem sentido corrompem aqueles que consagram a vida e o pensamento à virtude.

Não convém aos menos dotados dos homens, os que se desesperam de si mesmos, tratar com negligência e desdém a conduta virtuosa amada por Deus,  sob pretexto de ser-lhes inacessível e fora de alcance. Ao contrário, eles devem colocar nisso todas as suas forças e cuidar de si, pois mesmo que não possam atingir os cumes da virtude e da salvação, entretanto, por seu esforço e seu desejo, ou eles se tornam melhores, ou ao menos não se tornam piores, o que para a alma não é pouco benefício.

Os que consideram como uma infelicidade a perda de dinheiro, de filhos, de servidores ou de qualquer outro bem, saibam que devemos antes de tudo contentarmo-nos com o que Deus dá, e devolver-lhe com entusiasmo e gratidão, quando preciso, sem sermos afetados por esta privação, ou antes por esta restituição, pois aqueles que se servem daquilo que não lhes pertence não cessam de devolver.

Os homens bons e amados por Deus não denunciam o mal de outrem senão na sua presença, e cara a cara. Eles jamais reprovam os ausentes. E eles não aceitam escutar os que assim acusam os outros.

Os que se perderam por causa das esperanças desta vida e não sabem senão em palavras levar a vida mais bela, são um pouco como pacientes que buscam os remédios e os instrumentos da medicina, mas que não sabem servir-se deles nem se inquietam com isto. É por isso que, quando estamos em falta, não devemos jamais acusar nossos pais ou qualquer outra pessoa, mas apenas a nós mesmos. Pois se a alma se abandona à negligência, torna-se para ela impossível vencer.

A marca da alma dotada de razão e virtuosa está no olhar, no caminhar, na voz, no riso, nas ocupações e nas conversas. Pois tudo se transforma e se readapta para se tornar mais nobre. O intelecto amado por Deus guarda suas portas, vigilante e sóbrio, interditando a entrada à infâmia dos maus pensamentos.

É preciso que os homens se conduzam em verdade como convém a seu comportamento e sua conduta. Uma vez operado este redirecionamento, torna-se fácil conhecer as coisas de Deus. Com efeito, aquele que venera a Deus com todo seu coração e com toda sua fé, recebe da providência divina a possibilidade de dominar a cólera e a cobiça. Ora, a cobiça e a cólera são a fonte de todos os males.

Devemos chamar “criador de homens” àquele que é capaz de domar as naturezas incultas a ponto de fazê-las amar a instrução e a cultura. Da mesma maneira, aqueles que transformam os desviados inspirando-lhes uma conduta virtuosa que agrada a Deus, também devem ser chamados “criadores de homens”, pois eles remodelam os homens. Pois a doçura e a temperança são para as almas humanas uma felicidade e uma boa esperança.

Aqueles que desejam levar uma vida virtuosa, piedosa e louvável, não devem ser julgados por seu comportamento, que pode ser simulado, nem por sua conduta, que pode ser enganadora. Mas como os artistas, os pintores e os escultores, é por suas obras que eles revelam sua conduta virtuosa e amada por Deus, e que eles rejeitam como armadilhas todos os prazeres maus.

Não se deve dizer que é impossível ao homem alcançar uma vida virtuosa, mas sim que isto não é fácil. Esta vida não está ao alcance de qualquer um. Mas partilham a vida virtuosa aqueles, dentre os homens, que se consagram à piedade e cujo intelecto é amado por Deus. Pois o intelecto comum está voltado para o mundo, ele é mutante, ele nutre tanto bons como maus pensamentos, ele se altera por natureza e se dirige para a matéria. Mas o intelecto amado por Deus sabe preservar-se do mal que a negligência suscita no homem.

É examinando a si mesmo que o homem dotado de razão experimenta o que lhe convém e lhe é útil, o que é apropriado à alma e lhe é vantajoso, e o que lhe é estranho. E é assim que ele evita o mal que é nocivo à alma, por ser-lhe estranho e separá-la da imortalidade.

Se você pensa que ter dinheiro e mostrar opulência não passam de aparência ilusória e passageira, se você sabe que a vida virtuosa que agrada a Deus o resgata das riquezas, e se você refletir seriamente nisto e guardar na lembrança, você não mais gemerá, nem se lamentará, você não acusará ninguém, mas em tudo dará graças a Deus, vendo aqueles que são piores do que você apoiarem-se sobre a eloqüência e o dinheiro. Pois este é para a alma um mal tão grave como a cobiça, a ambição e a ignorância.

A temperança, a resignação, a castidade, a perseverança, a paciência e similares, são as correspondentes potências virtuosas consideráveis que recebemos de Deus para resistir às dificuldades do momento, fazer-lhes frente e nos socorrer. Se exercermos e mantivermos estas potências, perceberemos que daí em diante nada mais de difícil, doloroso e intolerável nos acontece, com o pensamento de que tudo é humano e pode ser dominado pelas virtudes que estão em nós. Os que não têm a inteligência da alma não pensam assim, pois eles não compreendem que tudo acontece para o bem e como se deve, para nosso benefício, a fim de que brilhem as virtudes, e que sejamos coroados por Deus.

O homem dotado de razão na verdade não tem senão uma coisa no coração: obedecer e agradar ao Deus do universo, e conformar sua alma com a única preocupação de Lhe ser agradável, dando-Lhe graças pela realidade e a força de sua providência por meio da qual Ele dirige todas as coisas, seja o que for que lhe aconteça durante a vida. De fato, seria fora de propósito agradecer pela saúde do corpo aos médicos que nos prescrevem remédios amargos e desagradáveis, enquanto recusamos a Deus a gratidão por coisas que nos parecem penosas, como se não soubéssemos que tudo o que acontece é como deve ser, e para nosso bem, pelos cuidados da providência. Pois o conhecimento de Deus e a fé nele são a salvação e a perfeição da alma.

Quando a idéia de um prazer se apoderar da sua imaginação, vigie para não se deixar invadir por ela. Apresse-se a se lembrar da morte e observe o quanto será melhor para você saber que superou mais esta perdição do prazer.

O homem conhece a Deus e é conhecido por Deus na medida em que se esforça para jamais separar-se dele. E o homem não se separa de Deus quando é bom e domina todo prazer, não por falta de recursos, mas por vontade e temperança.

O homem é o único ser capaz de receber a Deus. Ele é o único, dentre os seres vivos, com quem Deus conversa, à noite por meio dos sonhos, de dia através da inteligência. Assim, continuamente, Ele anuncia e apresenta previamente aos homens que são dignos disto os bens que os esperam.

É a providência divina que dirige o mundo. Nenhum lugar está privado dela. A providência é a razão absoluta que modelou a matéria para dela fazer o mundo. Ela é o criador e o artesão de tudo o que existe. Pois é impossível que a matéria tenha sido organizada sem o poder decisivo da razão, que é a imagem, a inteligência, a sabedoria e a providência de Deus.

A coroa da incorruptibilidade, a virtude, a salvação do homem, consiste em suportar as adversidades com coragem e gratidão. Dominar a cólera, a língua, o ventre e os prazeres, é também um grande auxílio para a alma.


Filocalia Tomo I Volume 1
ANTÔNIO
O GRANDE
330 dc


Se inscreva em nosso canal no Youtube!





Paz e Bem!
Abraços!
Newer Posts
Older Posts

Visitas do mês

"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




"Quem ama a disciplina, ama o conhecimento" - Provérbios 12, 1

Abas Úteis

  • Sobre Ana Paula Barros, Portifólio Criativo Salus e Contato Salus
  • Projetos Preceptora: Educação Católica
  • Educa-te: Paideia Cristã
  • Revista Salutaris
  • Salus in Caritate na Amazon
  • Comunidade Salutares: WhatsApp e Telegram Salus in Caritate
"A língua dos sábios cura" - Provérbios 12, 18

Arquivo da década

  • ►  2025 (15)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (4)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (6)
  • ►  2024 (48)
    • ►  dezembro (16)
    • ►  novembro (4)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (2)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (3)
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (4)
  • ►  2023 (64)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (2)
    • ►  outubro (7)
    • ►  setembro (5)
    • ►  agosto (10)
    • ►  julho (7)
    • ►  junho (8)
    • ►  maio (5)
    • ►  abril (3)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (6)
  • ►  2022 (47)
    • ►  dezembro (4)
    • ►  novembro (5)
    • ►  outubro (8)
    • ►  setembro (14)
    • ►  agosto (1)
    • ►  junho (2)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (2)
  • ►  2021 (123)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (5)
    • ►  outubro (16)
    • ►  setembro (7)
    • ►  agosto (12)
    • ►  julho (7)
    • ►  junho (7)
    • ►  maio (10)
    • ►  abril (11)
    • ►  março (8)
    • ►  fevereiro (13)
    • ►  janeiro (25)
  • ►  2020 (77)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (8)
    • ►  setembro (7)
    • ►  agosto (8)
    • ►  julho (9)
    • ►  junho (10)
    • ►  maio (7)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (8)
    • ►  janeiro (5)
  • ►  2019 (80)
    • ►  dezembro (43)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (4)
    • ►  agosto (3)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (3)
    • ►  maio (5)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (10)
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (2)
  • ▼  2018 (21)
    • ▼  dezembro (3)
      • Moda Feminina por Dom Tomaselli
      • Cavalaria
      • Poemas de Santa Teresa D'avila
    • ►  novembro (1)
      • A beleza feminina e as pressões sociais [Crítica d...
    • ►  outubro (1)
      • A complementariedade do feminino e masculino na ar...
    • ►  setembro (1)
      • O cinema como ferramenta política para recontar a ...
    • ►  agosto (6)
      • Controle Cerebral e Emocional| Livros Católicos
      • Modéstia: o caminho que eu tenho trilhado
      • A história da moda e a virtude da modéstia contra ...
      • Vocação ao celibato
      • Como começar a estudar a Doutrina da Igreja Católica?
      • A importância dos gestos na arte
    • ►  junho (5)
      • COMUNHÃO NA BOCA: CONTRA OS SACRILÉGIOS E PROFANAÇ...
      • 50 CONSELHOS DE UM MONGE DO DESERTO PARA SUA VIDA
    • ►  maio (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2017 (18)
    • ►  dezembro (4)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (3)
    • ►  agosto (3)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (2)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2016 (13)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2015 (1)
    • ►  dezembro (1)

Temas Tratados

  • A Mulher Católica (77)
  • Arte & Literatura (43)
  • Biblioteca Digital Salus in Caritate (21)
  • Cartas & Crônicas & Reflexões & Poemas (59)
  • Celibato Leigo (6)
  • Cronogramas & Calendários & Planos (10)
  • Cultura & Cinema & Teatro (7)
  • Devoção e Piedade (117)
  • Devoção: Uma Virtude para cada Mês (11)
  • Educação e Filosofia (76)
  • Estudiosidade (23)
  • Livraria Digital Salus (3)
  • Plano de Estudo A Tradição Católica (1)
  • Plano de Leitura Bíblica com os Doutores da Igreja (56)
  • Podcasts (1)
  • Total Consagração a Jesus por Maria (21)

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *


Popular

  • Recém convertido ao Catolicismo: por onde começar
    Recém convertido ao Catolicismo: por onde começar
  • O que toda mulher católica deve saber sobre o Piedoso uso do Véu na Santa Missa
    O que toda mulher católica deve saber sobre o Piedoso uso do Véu na Santa Missa
  • Como montar o seu Altar Doméstico
    Como montar o seu Altar Doméstico
  • Acervo Digital Salus: Plano de Leitura Bíblica 2025 (Calendário Inteligente Antigo e Novo Testamento) + Comentários dos Doutores da Igreja
    Acervo Digital Salus: Plano de Leitura Bíblica 2025 (Calendário Inteligente Antigo e Novo Testamento) + Comentários dos Doutores da Igreja
  • Sedes Sapientiae: Cronogramas para a Total Consagração à Santíssima Virgem Maria 2025
    Sedes Sapientiae: Cronogramas para a Total Consagração à Santíssima Virgem Maria 2025
  • Resumão: Macabeus (I e II)
    Resumão: Macabeus (I e II)
  • Resumão: Livro de Ageu
    Resumão: Livro de Ageu
  • Ancorados no Senhor
    Ancorados no Senhor
Ana Paula Barros| Salus in Caritate. Tecnologia do Blogger.

Ana Paula Barros SalusinCaritate | Distribuido por Projetos Culturais Católicos Salus in Caritate