Resumão: Livro de Daniel

by - outubro 05, 2021

Visão geral do Livro de Daniel



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Livro de Daniel




Foi um jovem, talvez um príncipe judeu, levado como prisioneiro de guerra pelas tropas do Império Babilônico, em meio à Rebelião para Independência de Judá. Ele serviu ao rei Nabucodonosor II e seus sucessores com lealdade e competência até o momento em que a Babilônia foi conquistada por Ciro, o Grande, e através da sabedoria oriunda de seu Deus, ele interpretou os sonhos e visões de reis, tornando-se uma figura proeminente na corte da Babilônia.


Nabucodonosor, o Grande, foi o segundo e o maior rei do Império Neobabilônico, governando desde a morte de seu pai Nabopolassar em 605 a.C. até sua própria morte em 562 a.C. Nabucodonosor continua famoso por suas campanhas militares no Levante, por seus projetos de construção em sua capital, Babilônia, e pelo importante papel que desempenhou na história judaica. Governando por 43 anos, Nabucodonosor foi o rei da dinastia caldeia que teve reinado mais duradouro. Na época de sua morte, Nabucodonosor era o governante mais poderoso do mundo conhecido.


Ciro, o Grande, foi rei e fundador do Império Aquemênida, que reinou entre 559 e 530 a.C., ano em que morreu em batalha com os Masságetas. Pertencente à dinastia dos Aquemênidas, foi sucedido pelo filho, Cambises II.

Ciro, o Grande foi um estadista e conquistador que expandiu seu império, conquistando enormes porções de território no Antigo Oriente Próximo, no Sudoeste Asiático e na Ásia Central. Ele anexou os impérios de Medos, Lídia e da Neobabilônia aos seus domínios. Ciro acabou criando o maior império que o mundo já tinha visto até aquele ponto, indo do Mar Mediterrâneo e do Helesponto até o Rio Indo. Ciro o Grande respeitava os costumes e religiões dos povos conquistados, com seu império se tornando um modelo de administração e centralização governamental, que levou a um período de prosperidade. Ele também é reconhecido por suas conquistas em direitos humanos, política e estratégia militar, bem como por sua influência nas civilizações oriental e ocidental.


Após a conquista de Babilônia, Ciro é citado num cilindro (o Cilindro de Ciro) dizendo:

“ Eu sou Ciro, rei do mundo, grande rei, rei legítimo, rei de Babilônia, rei da Suméria e de Acade, rei das quatro extremidades [da terra], filho de Cambises, grande rei, rei de Anzã, neto de Ciro I, . . . descendente de Teíspes . . . de uma família [que] sempre [exerceu] a realeza". 


Daniel não é considerado um profeta no Judaísmo, mas os rabinos o consideravam o membro mais ilustre da diáspora babilônica, insuperável em piedade e boas ações, firme em sua adesão à Lei apesar de estar cercado por inimigos que procuravam sua ruína. Daniel é considerado um profeta no Cristianismo. 



As únicas informações sobre Daniel encontram-se no livro bíblico que leva seu nome, que pode ser complementado com os dados fornecidos por Flávio Josefo (um dos maiores historiadores dos judeus, autor do livro História dos Hebreus), cujas fontes são desconhecidas. Nenhuma menção é feita, entretanto, do local de nascimento ou da família de Daniel. Não se sabe se ele pertencia à família real judaica ou de uma família nobre do Reino de Judá. Josefo afirma que Daniel era parente do rei Sedecias; essa afirmação é apoiada pela tradição rabínica. Nada se sabe sobre os primeiros anos de sua vida, exceto que ele foi levado para a Babilônia na adolescência.


Sedecias (ou Zedequias ou Matanias) foi o 20° e último rei de Judá. Foi deposto e levado para o exílio em Babilônia. Era o terceiro filho de Josias e sua mãe era Hamutal. Quando foi constituído em rei vassalo, o rei babilônio Nabucodonosor II mudou-lhe o nome de Matanias para Zedequias. Segundo a Bíblia, durante os 11 anos do seu reinado, Sedecias "fazia o que era mau aos olhos do Senhor".


Relembrando a história dos Reis de Judá: o rei Josias (pai de Sedecias) foi mortalmente ferido na tentativa de rechaçar em Megido as forças egípcias sob o Faraó Neco II , e o povo constituiu rei a Jeoacaz, irmão germano de Sedecias, em detrimento do filho mais velho de Josias, Jeoiaquim (Joaquim). O governo de Jeoacaz durou apenas três meses, porque o Faraó Neco não o aceitou como rei, substituindo-o por Eliaquim (a quem ele deu o novo nome de Jeoiaquim, já citado), meio-irmão de Jeoacaz e Sedecias. 


Após o fim do reinado de Jeoiaquim em 598 a.C. ou 597 a.C. por sendo preso ou morto pelos babilônios, passou a reinar o jovem filho dele, chamado Joaquim (ou Jeconias). Os exércitos babilônicos sob o Rei Nabucodonosor estavam sitiando Jerusalém. Depois de reinar por três meses e dez dias, Joaquim rendeu-se ao rei de Babilônia (617 a.C.) (2Rs 23,29-24,12; 2Cr 35,20-36,10). Nabucodonosor levou parte do tesouro do templo de Jerusalém e milhares de refens para o exílio babilônico, e colocou Sedecias no trono em Jerusalém e o fez jurar em nome de Javé. Este juramento obrigava Sedecias a ser leal como rei vassalo. Sedecias tinha 21 anos. Depois de ter governado nove anos quebrou o juramento e, contrário à palavra de Jeová por meio do profeta Jeremias, rebelou-se contra Nabucodonosor, encorajado pelo novo faraó egípcio Apriés, que organizava uma expedição militar contra a Babilônia (2Rs 24,20; 2Cr 36,13; Je 52,3; Ez 17,15). Isto fez com que os exércitos babilônicos sob Nabucodonosor voltassem para Jerusalém.


O sítio começou no início de 588 a.C. e demorou um ano e meio ou mais, interrompido porém temporariamente quando o faraó Apriés apareceu com o exército egípcio. Porém, Apriés não conseguiu manter-se em Judá e se retirou. O sítio de Jerusalém foi restabelecido. O profeta Jeremias repetiu, que a vontade de Deus fosse a rendição aos babilônicos, mas os nobres se revoltaram contra ele e preferiam as palavras de outros profetas mais favoráveis. Sedecias parece nisso indeciso e fraco, de um lado não aceita a profecia de Jeremias e o maltrata, ao outro lado salva a vida dele e o protege. - Je 38, 1-28.

"No décimo primeiro ano de Sedecias, no quarto mês, no nono dia do mês", abriu-se uma brecha em Jerusalém. Sedecias, suas família e seus seguidores passaram a fugir de noite. Alcançados nas planícies desérticas de Jericó, Sedecias foi levado a Nabucodonosor em Ribla. Depois de presenciar a morte dos filhos, Sedecias foi cegado, preso com grilhões de cobre e levado a Babilônia, onde morreu na casa de custódia. Junto com ele foram novamente levados milhares de outras pessoas para o exílio babilônico, deixando para trás um país destruido e bastante despovoado. Isso foi no ano 587 a.C. ou 586 a.C. - 2Rs 25,2-7; Je 39,2-7; 44,30; 52,6-11; compare isso com Je 24,8-10; Ez 12,11-16; 21,25-27.


Daniel estaria entre essas pessoas da família e nobres que foram deportados. 


Nabucodonosor conquistou a cidade e tomou os objetos de valor que havia no Templo de Jerusalém para que fossem conduzidos ao templo do seu deus, na sala do tesouro. Então Nabucodonosor, segundo o relato bíblico, chamou Aspenaz, o chefe dos seus eunucos, e ordenou que escolhesse entre os jovens prisioneiros israelitas das famílias que haviam liderado a rebelião judaica, ou seja, da família real e dos nobres.

Todos eles deviam ter boa aparência e não ter defeito físico; deviam ser cultos e instruídos. E precisariam aprender a língua e estudar os escritos dos babilônios, a fim de prepará-los para o serviço governamental. Entre os que foram escolhidos estavam Daniel, Hananias, Misael e Azarias. Eles moraram no palácio real, hoje identificado com o sítio arqueológico de Kasr, na margem ocidental do Eufrates. 

Após um treinamento de três anos, Daniel e seu companheiros foram apresentados a Nabucodonosor que, segundo o relato: “os achou dez vezes melhores do que todos os mágicos e astrólogos em seu reino.”


Segundo os Documentos da Liga de Estudos Bíblicos de 1950: 

Daniel era da tribo de Judá e segundo cap. 1, 3 de uma família nobre, até mesmo real. Em 605, no quarto ano do rei Joaquim, foi deportado em conjunto com milhares de judeus para a Babilônia. Teria ele então 14 anos e foi escolhido com seus três companheiros como pajens do rei Nabudoconodosor... Fiel as leis de sua religião, ele observou as prescrições sobre os alimentos e Deus lhe recompensou com robusteza de saúde e rara penetração de espírito. Ao fim de três anos ele consegui decifrar o sonho do rei. Por mais duas vezes Daniel decifrou sonhos... Na Caldeia os sonhos eram tidos em grande estima e assim Deus permitiu que, interpretando-os devidamente, o profeta conseguisse a posição social que lhe valeu o ensejo de poder beneficiar largamente os judeus. 

Da mesma forma que Ezequiel, exerceu seu ministério durante o período de exílio. 

Depois da conquista da Babilônia pelos Medos e Persas, ele tornou-se sob Dario, o Medo, um dos três Ministros. Também Ciro o tinha em grande estima. É curioso que, tendo sobrevivido até o edito de libertação deste monarca, concedendo aos judeus a permissão de voltar à Palestina (538), ele não se aproveitou da liberdade e se deixou ficar na terra do exílio, provavelmente em consequência de sua idade já avançada. 

O fim de sua vida é nos inteiramente desconhecido. Várias cidades como Susa e mesmo a Babilônia pretendiam a honra de possuir o seu túmulo. 









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