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Cultura Católica



A hospitalidade é uma habilidade louvável, até mesmo em meios não religiosos. No entanto, está extremamente esquecida. E estranhamente isto atingiu os meios religiosos. 

Acredito que todos tenham uma lembrança que remete a um café, um chá e um bolo. Alguém da família ou algum conhecido que tinha a tarefa majestosa de manter as visitas acompanhadas e, principalmente, sem fome ou sede. 

Bem, parece que estas pessoas não existem mais. E que falta fazem, principalmente aos que gostariam de uma recepção que tivesse a graça que o olhar atento oferece.

Pensando nisso há meses, resolvi compartilhar com vocês alguns cuidados que considero importante para a formação humana e católica, tanto no contexto das vivências pessoais, como de apostolado. Deixo claro que os melhores aprendizados que recebi sobre esta virtude foi convivendo com irmãs de clausura, portanto, sugiro que faça o mesmo. Observe-as. 


Cuidar dos outros


É importante que exista alguém responsável por se preocupar com a comida, a bebida e o descanso do hóspede. Se for um apostolado, é importante, que exista uma pessoa (ou algumas) responsável somente por isso. 

A recepção deve ser feita na chegada do hóspede/visitante, mas caso não seja possível é preciso facilitar o trajeto do mesmo até o local desejado, esta facilitação pode ser feita com, ao menos, um Uber já chamado ou algo similar. É importante se atentar ao horário e prezar pela segurança do hóspede, portanto não se esqueça de tomar medidas para que ele faça um trajeto seguro e facilitado se os horários pedirem. Uma vez, estava no Carmelo e as irmãs estavam preocupadas com o meu retorno, pois já estava escurecendo, queriam saber se eu tinha com quem voltar e se era seguro. Uma preocupação antiga e tão honesta que se torna tocante.

Quando o hóspede chega é preciso que já esteja pronto, na mesa, algo compatível com a refeição mais próxima a ser tomada ou um "lanche". Assim que ele chegar, após as conversas e apresentações de costume; com uma sugestão de banho ou descanso, é preciso perguntar simplesmente e sem delongas: "aceita?" ou o claro "você conseguiu comer?". Este aspecto é muito importante e em hipótese alguma deve ser pulado (mesmo que se desconfie que a pessoa já comeu) principalmente, se a viagem foi longa ou em horários mais sensíveis como os horários de refeições. É importante também colocar um olhar atento na duração da viagem, se foi muito longa ou o clima estiver exigente, é importante, na medida do possível, preparar uma alimentação com proteína, sucos, isotônico, frutas, pois a pessoa, normalmente, se alimentou mal e se hidratou pouco. 

Pergunte de antemão se ele possuí alguma alergia ou intolerância alimentar. 




O último ponto é o descanso. Mesmo que o hóspede chegue na hora de alguma prática de piedade, é importante que o anfitrião sirva primeira e depois reze, por isso não é cortes deixar o hóspede ao léu e ir rezar. Ele precisa comer, beber e descansar, se ele quiser trocar alguma dessas coisas e rezar com o grupo, deve ser escolha dele, mas o dever de quem recebe é deixar pronto, zelosamente preparado: comida, bebida e descanso.


Em casos de trabalhos para apostolado o mesmo é válido, obviamente. 


No que se refere ao descanso é importante preparar: utensílios de higiene, toalha, sabonete, escova de dentes, assim como pasta de dente, chinelo (se o hóspede for mulher acrescente absorvente, gilete, shampoo e condicionador). Mesmo que o hóspede não use. Também é importante reservar o cuidado de perguntar se o hóspede trouxe tudo que precisa, isso o protege da situação de ter que pedir algo. O anfitrião se antecipa, perguntando. Se o hóspede ficar mais de três dias, se atente às roupas, se ofereça para lavar as mesmas. A pergunta deve ser feita também com antecipação.

Quanto ao preparo do local de descanso é preciso que esteja: limpo e com roupas de cama preparadas. Caso esteja frio (ou mesmo se não estiver) é importante que tenha três opções de coberta: uma coberta fina, uma grossa e o lençol, para que o hóspede escolha o que deseja. Se estiver calor é importante que se prepare ao menos um ventilador. Por fim, é sempre importante ressaltar que é preciso ter água disponível no quarto, sempre.

O hóspede não deve ser deixado sozinho. Isso inclui ficar no celular ou não ser capaz de travar uma conversa dentro dos interesses do hóspede. No entanto, após as refeições, no fim da tarde ou quando notar que o hóspede está cansado deixe um tempo para que ele fique sozinho. 

Caso não seja possível acompanhar o hóspede todo o tempo, por ser uma estadia mais longa, é preciso deixar as coisas ao alcance dele, principalmente no que se refere a alimentação. Se for uma estadia de mais de uma semana e o hóspede não pode ser acompanhado todo o tempo, seria adequado levá-lo ao supermercado para que escolha coisas que gosta, assim ele se sentirá acolhido. Caso ele esteja sempre acompanhado isso não se faz necessário, desde que o anfitrião já se organize quanto a alimentação e horários do dia.

De modo geral, mesmo em recepções de apostolado, é importante se atentar se o hóspede gosta de conhecer lugares, se assim for, já prepare os passeios para o dia, conforme a proximidade dos locais (sem esquecer a alimentação, busque manter os horários normais de alimentação). Não deixe para fazer isso na hora, isso passa uma sensação de que o hóspede está atrapalhando uma rotina. 

Nunca se esqueça de checar os horários de chegada e retorno do hóspede com os horários da Santa Missa, caso seja um Domingo. Verifique se você e o hóspede conseguirão participar da Santa Missa com tranquilidade. Caso o hóspede frequente a Santa Missa diária, prepare zelosamente e com antecedência os horários das Missas seguras disponíveis e a sugestão de transporte para que ele possa manter sua prática durante a estadia. 


A hospitalidade é a arte de dedicar tempo, colocar um olhar atento sobre as pessoas. 


Não será perfeito...

Tenha certeza que sempre surgirá aquela sensação de que podia fazer mais, mesmo seguindo todas estas coisas. Haverá alguns momentos que você conseguirá fazer só algumas delas. Poderá receber o hóspede num período em que você ou a casa ou dois não estão no estado "de casa e anfitrião ideais". Mas faça o máximo que conseguir dos pontos abordados, o melhor que puder e com o tempo poderá crescer nesta virtude que nos torna pessoas gentis e cordiais, seguidores de uma etiqueta celeste de amabilidade e serviço atento.















É verão. As festividades passaram, as estações, no entanto, não mudam. É sempre verão. Os dias se desenrolam vagarosos, como devem ser, se o celular está desligado, assim como qualquer dispositivo de áudio visual. 

É estranho como tudo muda quando entramos no ritmo frenético da hiper informação e da hiper comunicação, que não preenchem, mas tornam o espaço interior e mental estranhamente vazio. Murchamos como uma planta que recebe água ou sol demais.

"Suas folhas nunca murcham, tudo que ele faz é bem sucedido" (Salmo 1, 3).

A terra precisa de descanso entre uma plantação e outra. Já, no Antigo Testamento o Senhor decretou um ano sabático a cada sete anos. E dentre as quatro estações, duas são vibrantes e duas de recolhimento. Os ciclos ordenados são necessários para o crescimento. 

"Suas folhas nunca murcham"

Que grande desafio se manter seguro num tempo tão frenético e acelerado, feito para murchar as folhas de qualquer alma. Olhamos em volta e podemos ver, com clareza, pessoas com suas folhas murchas, simplesmente pelo cansaço que a vida na tão esperada pós modernidade nos presenteou.

"Suas folhas nunca murcham, tudo o que ele faz é bem sucedido"

Sucesso. Provavelmente, o sucesso que o salmista aponta não se trata do sucesso que hoje temos em mente. O sucesso de hoje desfigura a alma, faz a todos igualmente murchos. O sucesso está no que fazemos hoje. 

"Tudo o que ele faz é bem sucedido." 

E o que fazemos, todos os dias? Bem, coisas simples, pacatas, repetitivas, mas que podem ser incrivelmente bem sucedidas. Feitas com esmero, na calma e tranquilidade da passagem do tempo que anda normalmente como um acompanhante de cartola que é antigo e novo.

E, então, nossas folhas nunca murcham. 








Os tempos estão instáveis. O mundo está instável, incoerente, acelerado. Uma saudade estranha dos tempos do "tempo vagaroso" se mistura com uma ânsia que rejeita constantemente a assombrosa calmaria. 

"Como árvore plantada junto às correntes de águas, que a seu tempo dá fruto" (Salmo 1, 3).

E neste mundo mutável o justo é como uma árvore plantada à beira das águas que correm. Ele abraça a calmaria como quem possuí uma receita celestial. 

Uma árvore é estável, nunca sai do lugar, as estações passam por ela, os anos, até mesmo décadas e ela está lá, recebendo as estações, mudando, crescendo, dando os seus frutos, enraizada. Enraizando, mais e mais, gerando um tronco maior e mais forte, folhas maiores e mais altas. 

Ser como uma árvore parece realmente reconfortante. Mas a nossa natureza é imperfeita justamente por ser mutável, Deus é perfeito por ser imutável. Somente aquele que é imperfeito muda. Muda para buscar a perfeição. Parece, que ser como uma árvore plantada junto às águas que passam, sempre e sem parar nunca, seja o nosso grande remédio em prol da imutabilidade. 


"Toda dádiva boa e todo dom perfeito vêm de cima: descem do Pai das luzes, no qual não há mudança, nem mesmo aparência de instabilidade." (São Tiago 1, 17)


Imutabilidade, estabilidade. Nunca antes estas palavras causaram tanta aversão. E nunca antes perseguimos tanto estas duas coisas. No entanto, a imutabilidade e a estabilidade vindas do Senhor são diferentes do comodismo e da vida de conveniência. É importante notarmos, pela vida dos santos, que somos mais perfeitos quanto mais consciência da nossa imperfeição e impermanência temos, podemos fazer um bem maior às pessoas quanto mais notarmos que o mundo é impermanente e imperfeito; isso é possível quando nos refugiamos, pela oração mental, na imutabilidade e na permanência do Senhor. 


"Que a seu tempo, dá fruto." 

A oração mental, nada mais é que aquietar-se e imitar Aquele que é o "motor imóvel que move todas as coisas", é por isso que tantos benefícios são colhidos pela oração mental, porque nós imitamos o Imóvel que move a tudo e todos com Seu Amor. 

Imitando-O podemos confiar em Quem nos plantou em Si mesmo para dar fruto. 

"Como árvore plantada junto às correntes de águas, que a seu tempo dá fruto" (Salmo 1, 3).


Escrito feito de 28 de dezembro 2023 até 12 de janeiro de 2024



Organização Editorial e Curadoria de Arte: Ana Paula Barros.
Revisão: Jarbas
Viabilização: Mecenas
Páginas: 25

Produção Cultural Católica independente.




A literatura areja a nossa mente e remodela tanto o cérebro quanto nosso espaço interior. Ler é um dos pilares da educação clássica católica. Com cuidado e dedicação, é possível traçar linhas entre as obras seculares e sagradas. No entanto, para isso, é essencial conhecer bons autores, libertar-se de ideias pré-concebidas e enxergar na leitura uma forma eficaz de obter um conhecimento fragmentado, mas rico.

Apresento a nova versão do Literato Católico 2025. O planejamento deste ano visa a observação de um autor católico por mês. O material atual conta com trechos sobre a literatura e a estética, como uma amostra sobre a temática trabalhada em outras frentes de publicação.





Acesse aqui: Literato Católico 2025 



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Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




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