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Salus in Caritate

Cultura Católica



papel do homem na ação divina com o exemplo e a abertura a vida




"O homem pode, apesar da sua fraqueza, cooperar com a ação divina, no governo do mundo. Ele faz isso quando procura o bem dos seus semelhantes, se torna assim instrumento de Deus em benefício das almas e dos corpos. 

O homem pode ser instrumento de Deus no que se refere ao bem das almas, de dois modos, pelos seus atos: 

Primeiro se torna causa ocasional da Criação de novas almas;
Segundo porque essas almas infantis se nutrem e crescem em perfeição, com os exemplos e ensinos.

Pode ser instrumento de Deus em benefício dos corpos quando, na lei natural, estabelecida por Deus, podem gerar nova vida humana."

Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás de Aquino.








Quereis cantar louvores a Deus? Sede vós mesmos o canto que ides cantar. Vós sereis o seu maior louvor, se viverdes santamente. Santo Agostinho

Faça uma oração pessoal pedindo a Deus que te faça andar no caminho de um cooperador em ato concreto: pelo exemplo gerando almas e também pelo corpo se abrindo ao dom da vida, de gerar os filhos de Deus e os educar pelo exemplo.



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Os anjos maus, ou demônios, podem combater e tentar os homens; porque o seu todo é malícia e, além disso, porque Deus sabe tirar proveito das tentações em benefício dos eleitos. 

Pois é próprio dos demônios tentar, no sentido em que eles só tentam os homens com o propósito de seduzi-los e perdê-los. 

Não podem, no entanto, com este objetivo fazer milagres, porém, podem realizar "alguma coisa perecida com os milagres", ou seja, algo que seja desconhecido dentro dos conhecimentos disponíveis no momento, mas não o é no conjunto do que pode ser feito pelas criaturas.  

Para os distinguir dos verdadeiros milagres nota-se que são feitos sempre com fim ilícitos ou por meios reprováveis e não podem, por consequência, ser obra de Deus. 

Baseado na Suma Teológica na forma de Catecismo




Senhor, meu Deus, em ti me refugio;
salva-me de todos os que me perseguem e livra-me.
Não permitas que se lancem sobre mim como leões,
despedaçando-me, sem que ninguém possa livrar-me.
Salmo 7 

Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo.

R. Amém.

São Miguel arcanjo, defendei-nos neste combate,
sede o nosso auxílio contra as maldades e
as ciladas do demônio. Instante e humildemente
vos pedimos que Deus sobre ele impere, e
vós, príncipe da milícia celeste, com esse poder
divino precipitai no inferno a satanás e a
todos os espíritos malignos que vagueiam pelo
mundo para a perdição das almas. Amém.

Leitura do Livro do Deuteronômio (Dt 18,9-12)

Quando entrares na terra que o Senhor teu
Deus te dará, não aprendas a imitar as abominações
daquelas nações. Que no teu meio não
se encontre alguém que queime seu filho ou
sua filha, nem que faça presságio, oráculo, adivinhação
ou magia, ou que pratique encantamentos,
que interrogue espíritos ou adivinhos,
ou ainda que invoque os mortos; pois quem
pratica estas coisas é abominável ao Senhor, e
é por causa dessas abominações que o Senhor
teu Deus as desalojará em teu favor.


Palavra do Senhor.
R. Graças a Deus..




Salmo. (Sal 105 (106), 34-40)
Refrão: Pela Vossa infinita misericórdia, salvai-nos Senhor.

Não exterminaram os povos,
como o Senhor lhe tinha mandado,
mas misturaram-se com os pagãos
e imitaram os seus costumes.

Derramaram sangue inocente
o sangue de seus filhos e filhas,
que imolaram aos ídolos de Canaã,
e o país ficou manchado de sangue.

Contaminaram-se com as suas próprias obras,
prostituíram-se com seus crimes.
Por isso a ira do Senhor se inflamou
contra o seu povo.



Leitura do santo Evangelho segundo são Marcos (Mc. 16,15-20).
Naquele tempo, depois de ressuscitar, disse
Jesus aos Onze: «Ide por todo o mundo e anunciai
a boa nova a toda a criatura. Quem acreditar
e for batizado será salvo, mas quem não
acreditar será condenado. E estes serão os sinais
que acompanharão aqueles que acreditarem:
em meu nome expulsarão demônios, falarão
novas línguas, tomarão na mão serpentes e,
se beberem qualquer veneno, não lhes fará
mal, imporão as mãos aos doentes e estes ficarão
curados». O Senhor Jesus, depois de ter falado
com eles, subiu ao céu e sentou-se à direita
de Deus. Então eles partiram e pregaram por
toda a parte, enquanto o Senhor operava juntamente
com eles e confirmava a sua palavra
com os prodígios que a acompanhavam.


Palavra da salvação.
R. Glória a Vós Senhor.



N.: Renuncias a satanás e a todos os seus anjos?
R. Sim, renuncio.


N.: Renuncias a todas as suas incitações ao pecado
e à rebelião contra Deus?
R. Sim, renuncio.

N.: Renuncias a todas as suas seduções: à magia, à
feitiçaria, à bruxaria, à astrologia, à adivinhação,
à invocação dos mortos, ao espiritismo, à
idolatria, aos cultos satânicos, à música satânica,
à superstição e a todas as formas de ocultismo?
R. Sim, renuncio.


N.: Crês em Deus, Pai todo-poderoso, criador do
céu e da terra?
R. Sim, creio.

N.: Crês em Jesus Cristo, seu único Filho, Nosso
Senhor, que nasceu da Virgem Maria, padeceu
e foi sepultado, ressuscitou dos mortos, está
sentado à direita do Pai e virá de novo para
julgar os vivos e o mortos?
R. Sim, creio.


N.: Crês no Espírito Santo, na santa Igreja católica,
na comunhão dos santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne e na vida
eterna?
R. Sim, creio.



N.: Esta é a nossa fé. Esta é a fé da Igreja, que nos
gloriamos de professar, em Jesus Cristo, Nosso Senhor.
R. Amém.

Fiéis aos ensinamentos do Salvador ousamos dizer:
Pai nosso que estais nos céus, santificado seja
o vosso nome, venha a nós o vosso reino, seja
feita a vossa Vontade assim na terra como no céu.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje, perdoai-nos

as nossas dívidas, assim como nós perdoamos

aos nossos devedores, e não nos deixeis cair em tentação,

mas livrai-nos do mal.


Livrai-nos de todo mal e de toda a perturbação
diabólica, Vós que pela morte e ressurreição de
Jesus Cristo, vosso amado Filho, nos libertastes
do poder das trevas e da morte e nos transferistes
para o vosso Reino de luz e santidade,
libertai agora este nosso irmão (Nome...) de todo o
domínio e ligação com satanás e os seus anjos.


Libertai-o de todas as forças do mal, esmagai-as,
destruí-as, para que o (Nome...) possa ficar bom e
viver segundo a vossa santíssima Vontade.

Libertai-o de todos os malefícios, das bruxarias,
da magia negra, das missas negras, dos feitiços,
das maldições, do mau-olhado, dos ritos
satânicos, dos cultos satânicos, das consagrações
a satanás. Destruí qualquer ligação com
satanás e com todas as pessoas ligadas a satanás,
vivas ou defuntas. Libertai-o de toda a infestação
diabólica, de toda a possessão diabólica,
de toda a obsessão diabólica, e de tudo
aquilo que é pecado ou conseqüência do pecado.


Destruí todos estes males no inferno para
que nunca mais atormentem o (Nome...) nem nenhuma
outra criatura no mundo. Deus Pai todo-poderoso,
peço-Vos, em nome de Jesus Cristo
Salvador e pela intercessão da Virgem Imaculada
que ordeneis a todos os espíritos imundos,
a todas as presenças que atormentam o (Nome...), a
deixá-lo imediatamente, a deixá-lo definitivamente
e a ir para o inferno eterno, encadeados
por São Miguel Arcanjo, por São Gabriel, por
São Rafael, pelos nossos Anjos da Guarda, esmagados
debaixo do calcanhar da Santíssima
Virgem Maria nossa Mãe Imaculada.



Vós que criastes o homem à vossa imagem e semelhança
na santidade e na justiça, e depois do pecado
não o abandonastes, antes com sábia providência
cuidastes da sua salvação pelo mistério
da encarnação, paixão, morte e ressurreição do
vosso muito amado Filho, salvai este vosso
servo e libertai-o do mal e da escravidão do
inimigo; afastai dele o espírito de mentira, soberba,
luxúria, avareza, ira, inveja, gula, preguiça
e de toda a espécie de maldade.



Recebei-o no vosso Reino, abri o seu coração para entender
o vosso Evangelho, para que viva sempre
como filho da luz, dê testemunho da verdade
e pratique obras de caridade segundo os
vossos mandamentos. Com o sopro da Vossa
boca expulsai, Senhor, os espíritos malignos:
ordenai que se retirem porque chegou o vosso Reino.



Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho,
que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.
R. Amém.

O Senhor te livre de todo o mal, em nome do
Pai, e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amém.

Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.

(Com aprovação eclesiástica)


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estudo bíblico católico

Introdução

Este é um material de apoio do Projeto de Leitura Bíblica: Lendo a Bíblia, para baixar o calendário de leitura bíblica e os outros textos de apoio dos Doutores da Igreja , online e pdf, sobre cada livro da Bíblia, clique aqui. 

Este projeto é um dos ramos de uma árvore de conteúdos planejados especificamente para o seu enriquecimento. Os projetos que compõem esta árvore são: Projeto de Leitura Bíblica com textos de apoio dos Doutores da Igreja (baixar gratuitamente aqui), Plano de Vida Espiritual (baixar gratuitamente aqui), o Clube Aberto de Leitura Conjunta Salus in Caritate, com resenha e materiais de apoio (para ver a lista de livros, materiais e os cupons de desconto  2020 clique aqui) e o Salus in Caritate Podcast (ouça em sua plataforma preferida aqui). 


Contexto da Carta aos Romanos
A epístola aos romanos foi escrita por Paulo, provavelmente na cidade de Corinto (Grécia) enquanto ele estava hospedado na casa de Gaio e transcrita por um dos Setenta Discípulos, o escriba chamado Tércio de Icônio. Há uma série de razões que convergem para a teoria de que Paulo a escreveu em Corinto, uma vez que ele estava prestes a viajar para Jerusalém ao escrevê-la, o que corresponde com Atos 20, 3, no qual é relatado que Paulo permaneceu durante três meses na Grécia. Isso provavelmente implica Corinto, pois era o local de maior sucesso missionário de Paulo, na Grécia.  
O momento exato em que foi escrita não é mencionado na carta, mas foi obviamente escrita quando a coleta de ofertas para Jerusalém fora organizada e Paulo estava prestes a ir a Jerusalém, ou seja, no final de sua segunda visita a Grécia, durante o inverno que precedeu a sua última visita a essa cidade. A maioria dos estudiosos propõem que a carta foi escrita no final de 55, 56 ou 57 d.C.
Durante os dez anos que antecedem a escrita da carta (aproximadamente entre os anos 47 a 57 d.C.), Paulo viajou ao redor do mar Egeu evangelizando. Igrejas foram edificadas nas províncias romanas da Galácia, Macedônia, Acaia e Ásia. Paulo, considerando a sua tarefa concluída, queria pregar o evangelho na Espanha. Isso lhe permitiu visitar Roma no caminho, uma ambição de longa data. A carta aos Romanos, em parte, prepara a comunidade de Roma e dá motivos para sua visita.



Comentário de Santo Agostinho a Carta aos Romanos

Os vários sentidos da Carta do apóstolo Paulo aos romanos serão expostos a seguir. Em primeiro lugar, deve-se levar em conta que a carta versa sobre as obras da Lei e da graça.

A proposição “porque diante dele ninguém será justificado pelas obras da Lei, pois pela Lei vem só o conhecimento do pecado” e afirmações semelhantes, que alguns consideram terem sido proferidas como insulto à Lei, devem ser lidas com mais cuidado, para evitar que nem a Lei pareça reprovada pelo Apóstolo, nem tenha sido retirado do homem o livre-arbítrio. Por conseguinte, devemos distinguir estes quatro graus a respeito do homem: antes da Lei, sob a Lei, sob a graça, na paz.  Antes da Lei, caminhamos de acordo com a concupiscência da carne; sob a Lei, somos arrastados por ela; sob a graça, nem caminhamos com ela, nem por ela somos arrastados; na paz, não há concupiscência da carne.

Portanto, antes da Lei não lutamos, pois não apenas desejamos ardentemente e pecamos, mas também aprovamos os pecados. Sob a Lei lutamos, mas somos vencidos; com efeito, confessamos serem más as coisas que praticamos e, confessando serem más, por isso não as queremos praticar, mas somos vencidos, porque ainda não existe a graça.

Nesse grau, nos é mostrado como estamos prostrados e, quando queremos levantar e caímos, angustiamo-nos sobremaneira. Daí o que se diz: “a Lei interveio para que avultassem as faltas” (Rm 5,20). Daí também o que agora foi citado: “pois pela Lei vem só o conhecimento do pecado”; e não, de fato, a abolição do pecado, porque somente pela graça o pecado é eliminado.

Portanto, a Lei é boa, pois proíbe o que é preciso evitar e ordena o que se deve ordenar. Mas quando alguém pensa que a pode cumprir pelas próprias forças, não pela graça de seu Libertador, de nada lhe aproveita essa presunção; pelo contrário, prejudica- o tanto que é também arrastado por um mais veemente desejo de pecado e, no pecado, descobre-se também como transgressor. “Onde não há Lei, não há transgressão” (Rm 4,15). Assim, portanto, prostrado, quando alguém percebe que não tem capacidade de se levantar por si mesmo, implore o auxílio do Libertador.

Vem então a graça a perdoar os pecados passados e a ajudar o que se empenha e a outorgar a caridade da justiça e a abolir o medo. Quando isso acontece, ainda que alguns desejos da carne, enquanto estamos nesta vida, lutem contra nosso espírito para levá-lo ao pecado, o espírito, contudo, deixa de pecar, não consentindo nesses desejos, porque está firme na graça e caridade de Deus. Pois não pecamos pelo mau desejo em si, mas pelo nosso consentimento. Vem a propósito o que diz o Apóstolo: “portanto, que o pecado não impere em vosso corpo mortal para obedecerdes às suas paixões” (Rm 6,12).

Nesse trecho, Paulo mostra que, quando não atendemos aos desejos, embora existam,  não permitimos que o pecado impere em nós. Mas porque nascem da mortalidade da carne, a qual herdamos do primeiro pecado do primeiro homem, o que explica nosso nascimento carnal, esses desejos não terão fim a não ser que, na ressurreição do corpo, mereçamos aquela transformação que nos é prometida, onde haverá a paz perfeita ao sermos estabelecidos no quarto grau. É precisamente isso o que diz o Apóstolo: “O corpo está morto pelo pecado, mas o Espírito é vida pela justiça. E se o Espírito daquele que ressuscitou Jesus dentre os mortos habita em vós, aquele que ressuscitou Jesus Cristo dentre os mortos dará vida também a vossos corpos mortais por seu Espírito que habita em vós” (Rm 8,10-11).

Portanto, o livre-arbítrio existiu perfeitamente no primeiro homem, mas em nós, antes da graça, não há o livre-arbítrio de modo que não pequemos, mas somente de modo a não querermos pecar. Mas a graça faz com que não somente queiramos agir retamente, mas também com que o consigamos, não, porém, por nossas próprias forças, mas com o auxílio do Libertador, que nos concederá a paz perfeita na ressurreição; paz perfeita que é consequente à boa vontade. Pois, “glória a Deus nas alturas, e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc 2,14).

“Então eliminamos a Lei pela fé? De forma alguma! Pelo contrário, a consolidamos”, isto é, a reforçamos. Mas como haveria de se reforçar a Lei, senão pela justiça? Mas a justiça que se alcança pela fé; porque o que não pudera ser cumprido pela Lei, foi cumprido pela fé.

No que ele diz: “entretanto, não acontece com o dom o mesmo que com a falta”, o dom sobrepuja a falta de dois modos: ou porque a graça é muito mais abundante, pois, certamente, por ela se vive eternamente, enquanto a morte imperou no tempo pela morte de Adão; ou porque, pela condenação de um só delito, a morte aconteceu por meio de Adão, por nosso Senhor Jesus Cristo, porém, a graça foi dada para a vida eterna, com o perdão de muitos pecados. Mas explica assim outra diferença, ao dizer: “também não aconteceu com o dom como aconteceu com o pecado de um só que pecou, porque o julgamento de um resultou em condenação, ao passo que a graça, a partir de numerosas faltas, resultou em justificação”. Portanto, o que foi dito: “de um só”, subentende-se a falta, pois vem em seguida: “ao passo que a graça, a partir de numerosas faltas”. Assim, esta é a diferença: em Adão foi condenado um só pecado, mas pelo Senhor foram perdoados muitos.

Portanto, o que diz em seguida estabelece estas duas diferenças, a ponto de assim explicar: “Se, com efeito, pela falta de um só a morte imperou através desse único homem, muito mais os que recebem a abundância da graça e do dom da justiça reinarão na vida, por meio de um só, Jesus Cristo”. Portanto, o que ele disse: “muito mais reinarão”, refere-se à vida eterna; mas o que disse: “recebem a abundância da graça”, diz respeito ao perdão de muitos pecados. Explicadas essas diferenças, ele volta à forma de onde começara, cuja ordem interrompeu, ao dizer: “Por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte” (Rm 5,12). Volta a isso quando diz: “Por conseguinte, assim como pela falta de um só resultou a condenação de todos os homens, do mesmo modo, da justificação de um só resultou para todos os homens a justificação que traz a vida. De modo que, como pela desobediência de um só, muitos se tornaram pecadores, assim pela obediência de um só, muitos se tornaram justos” (Rm 5,18-19).

Esta é a condição do futuro Adão, da qual começara a falar antes (cf. Rm 5,12) e diferira a ordem, intercalando algumas diferenças nela; a ela voltando agora, concluiu dizendo: “por conseguinte, assim como pela falta de um só, resultou a condenação de todos os homens” etc.

A expressão “o pecado não vos dominará, porque não estais sob a Lei, mas sob a graça” diz respeito, certamente, àquele terceiro grau  em que o homem já serve com a mente à Lei de Deus, embora na carne sirva à Lei do pecado (cf. Rm 7,25).

Com efeito, não obedece ao desejo do pecado, embora as paixões ainda o solicitem e provoquem o consentimento (tentação), até que também ao corpo seja comunicada a vida, e a morte seja absorvida na vitória (cf. 1Cor 15,54). Portanto, pelo fato de não consentirmos nos desejos maus, estamos na graça e o pecado não reina em nosso corpo mortal. E quando diz, na passagem: “nós que morremos para o pecado, como haveríamos de viver ainda nele”, descreve aquele que está estabelecido sob a graça. Mas o dominado pelo pecado, embora queira resistir ao pecado, está ainda sob a Lei, e não sob a graça.

Isso acontece quando, ainda permanecendo em nós alguns desejos e impulsos para pecar, contudo não lhes obedecemos nem neles consentimos, servindo com a mente à Lei de Deus, pois morremos para o pecado. Mas o pecado também morrerá quando se der a restauração do corpo na ressurreição, da qual ele fala depois, dizendo: “dará vida também a vossos corpos, através do seu Espírito que permanece em vós” (Rm 8,11).

Ao dizer “sabemos que a Lei é espiritual, mas eu sou carnal”, Paulo demonstra sobejamente que tão somente os espirituais, assim convertidos pela graça, são capazes de cumprir a Lei. Pois aquele que se tornou semelhante à Lei cumpre com facilidade o que ela ordena, e não ficará sob ela, mas com ela.

Ao dizer: “Com efeito, não faço o bem que quero, mas pratico o mal que não quero. Ora, se faço o que não quero, concordo com a Lei, que é boa”, a Lei é satisfatoriamente defendida de toda acusação. Mas é preciso ter cuidado para que ninguém pense que, por essas palavras, nos é tirado o livre-arbítrio da vontade, pois não é assim. Com efeito, agora se descreve o homem sob a Lei, de antes da graça, quando é vencido pelos pecados, enquanto se empenha com suas forças para viver justamente sem a ajuda da graça libertadora de Deus. Mas no livre-arbítrio ele tem com que acreditar no Libertador e receber a graça, para que, naquele que a dá, ajudando-o e libertando-o, então não peque. E, assim, deixa de estar sob a Lei, mas com a Lei ou na Lei, observando-a com a caridade de Deus, o que não pudera com o temor.

Ao dizer: “Percebo outra Lei em meus membros, que peleja contra a Lei da minha mente e que me acorrenta à Lei do pecado que existe em meus membros”, denomina Lei do pecado aquela pela qual está preso todo aquele que está enredado em costumes carnais. Ele afirma que ela peleja contra a Lei de sua mente e o acorrenta à Lei do pecado, donde entende-se que é descrito o homem que não está ainda sob a graça. Com efeito, se os costumes carnais somente o combatessem e não o prendessem, não haveria condenação. Pois há condenação no fato de obedecermos e servirmos aos maus desejos carnais. Mas se existem e não cessam tais desejos, nós, porém, não lhes obedecemos, não somos aprisionados e já estamos sob a graça, da qual falará aquele que tiver exclamado e implorado o auxílio do Libertador, a fim de que a caridade possa, pela graça, o que o temor pela Lei não pudera. Assim, ele disse: “Infeliz de mim! Quem me libertará deste corpo de morte?”, e acrescenta: “a graça de Deus, por Jesus Cristo Senhor nosso”. Em seguida, começa a descrever o homem estabelecido sob a graça, que é o terceiro grau daqueles quatro que distinguimos anteriormente.

Na afirmação: “portanto, não existe mais condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus”, demonstra sobejamente que não há condenação, ainda que existam os desejos carnais, mas não se lhes obedecem para pecar. Isso acontece àqueles que foram estabelecidos sob a Lei, mas não se encontram ainda sob a graça. Pois os estabelecidos sob a Lei não somente têm a concupiscência que investe, mas também são considerados prisioneiros ao lhe obedecerem. O que não acontece aos que servem a Deus com a mente.

Pelo que diz: “com efeito, não recebestes um espírito de escravidão, para cair no temor, mas recebestes um espírito de filhos adotivos, pelo qual clamamos: ‘Abba! Pai!’”, com toda a evidência diferenciou os tempos dos dois Testamentos: o antigo diz respeito ao temor, mas o novo à caridade. Contudo, pergunta-se: o que é espírito de servidão? Pois o espírito de filhos adotivos é certamente o Espírito Santo. O espírito de servidão no temor, portanto, é aquele que tem o poder da morte, porque por toda a vida foram réus da servidão no mesmo temor aqueles que agiam sob a Lei, não sob a graça. Nem causa admiração o fato de o terem recebido mediante a divina Providência aqueles que perseguiam os bens temporais, não porque a Lei e o preceito procedem dele. De fato, “a Lei é santa e, santo, justo e bom é o preceito” (Rm 7,12); mas é certamente esse espírito de servidão, não bom, que recebem aqueles que não são capazes de cumprir os preceitos da Lei dada, enquanto estão a serviço dos desejos carnais, ainda não assuntos à adoção filial pela graça do Libertador. Com efeito, o espírito de servidão não tem ninguém em seu poder, a não ser aquele que lhe foi entregue por ordem da divina Providência, a justiça de Deus dando a cada um o que é seu. Esse poder o Apóstolo recebera quando se refere a alguns: “os quais entreguei a Satanás, a fim de que aprendam a não blasfemar” (1Tm 1,20); e, novamente, referindo-se a um outro: “já julguei” (1Cor 5,3) – diz –, “entreguemos tal homem a Satanás, para a perda de sua carne, a fim de que o espírito seja salvo” (1Cor 5,5).

Portanto, aqueles que ainda não estão sob a graça, mas estabelecidos sob a Lei, são vencidos pelos pecados para obedecer aos desejos carnais e aumentam a culpabilidade de seus delitos pela transgressão, receberam o espírito de servidão, ou seja, o espírito daquele que tem o poder de morte. Pois, se interpretarmos o espírito de servidão como o próprio espírito do homem, começaremos também a interpretar o espírito de adoção como o espírito mudado para melhor. Mas, como concebemos o espírito de adoção como o Espírito Santo, que o apóstolo claramente mostra, quando diz: “o próprio Espírito dá testemunho ao nosso espírito”, resta que interpretemos o espírito de servidão como aquele a quem servem os pecadores, para que, assim como o Espírito Santo liberta do temor da morte, assim o espírito de servidão, que tem o poder de morte, os mantenha como réus da mesma morte pelo temor, a fim de que cada um se volte para o auxílio do Libertador, mesmo contra a vontade do próprio diabo, que sempre deseja mantê-lo sob seu poder.

O que ele diz: “Pois a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus. De fato, a criação não foi submetida voluntariamente à vaidade” e tudo o que segue, até as palavras: “E nós mesmos gememos interiormente, suspirando pela redenção do nosso corpo”, devemos entender de tal modo que não pensemos que exista o sentido da dor e do pranto nas árvores, nos arbustos, nas pedras e nas demais criaturas semelhantes, pois esse é o erro dos maniqueus, nem julguemos que os santos anjos estejam sujeitos à vaidade, nem creiamos a respeito deles que serão libertos da servidão da morte, já que, certamente, não haverão de perecer. Mas pensemos que a criação está no próprio homem, e isso sem qualquer juízo temerário. Com efeito, não pode existir criatura alguma que não seja ou espiritual, como a que se destaca nos anjos, ou animal, como a que se manifesta na vida dos animais, ou corporal, a qual pode ser vista ou tocada; mas toda ela se encontra também no homem, porque o homem se compõe de espírito, alma e corpo. Portanto, “a criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus” refere-se ao homem que sofre e está sujeito à corrupção e que espera a manifestação, sobre a qual afirma o Apóstolo: “porque morrestes e vossa vida está escondida com Cristo em Deus: quando Cristo, que é vossa vida, se manifestar, então vós também com ele sereis manifestados na glória” (Cl 3,3-4). Também João diz: “Caríssimos, desde já somos filhos de Deus, mas o que nós seremos ainda não se manifestou. Sabemos que por ocasião dessa manifestação seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é” (1Jo 3,2). Portanto, a criatura espera essa revelação dos filhos de Deus, a qual no homem está submetida à vaidade, enquanto estiver entregue às coisas temporais, que passam como a sombra. Daí o que é dito no salmo: “O homem é como um sopro, seus dias como a sombra que passa” (Sl 144,4). Sobre a mesma vaidade também Salomão fala, quando diz: “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade. Que proveito tira o homem de todo o trabalho com que se afadiga debaixo do sol?” (Ecl 1,2-3). Da mesma forma Davi o diz: “Até quando amareis o nada, e buscareis a ilusão?” (Sl 4,3). Não diz, porém, que a criatura está submetida à vaidade voluntariamente, porque essa sujeição é penal. De fato, o homem pecou voluntariamente, mas não voluntariamente foi condenado; contudo, a condenação foi infligida à nossa natureza, não sem esperança de reparação. Por isso, diz: “Por vontade daquele que a submeteu, na esperança de a criatura também ser liberta da escravidão da corrupção, para entrar na liberdade da glória dos filhos de Deus”, ou seja, mesmo aquela que é somente criatura, ainda não agregada pela fé ao número dos filhos de Deus. Contudo, naqueles que haveriam de acreditar, o Apóstolo via o que diz: “Na esperança de a criatura também ser liberta da escravidão da corrupção”, para não servir à corrupção à qual servem todos os pecadores. Com efeito, ao pecador foi dito: “Terás de morrer” (Gn 2,17). Mas, “para entrar na glória dos filhos de Deus”, ou seja, para que também a criatura alcance pela fé a liberdade da glória dos filhos de Deus. Mas enquanto ainda não possuía a fé, era somente chamada criatura. E a ela se refere o que vem em seguida: “pois sabemos que a criação inteira geme e sofre até o presente”. De fato, ainda haveriam de acreditar os que mesmo pelo espírito estavam submetidos a erros que faziam sofrer. Mas para que ninguém pensasse que isso se refere tão somente ao sofrimento dos mesmos, acrescentou também sobre aqueles que já tinham acreditado. Pois, embora com o espírito, ou seja, com a mente servissem à Lei de Deus, mas porque pela carne se serve à Lei do pecado, enquanto padecemos incomodidades e os apelos de nossa mortalidade, acrescentou, dizendo: “e não somente a criação. Mas também nós que temos as primícias do Espírito, gememos interiormente”. Portanto, não sofre e geme, diz ele, aquela que é denominada apenas criatura nos homens que ainda não acreditaram e, por isso, não foram inscritos no número dos filhos de Deus, mas também nós que acreditamos e temos as primícias do Espírito, pelo fato de termos aderido a Deus com o espírito pela fé e, por isso, não mais somos chamados criaturas, mas filhos de Deus, “mas também nós gememos e sofremos esperando pela adoção, pela redenção do nosso corpo”. Com efeito, essa adoção, que já se realizou naqueles que acreditaram, realizou-se no espírito, não no corpo. Pois o corpo não foi ainda restaurado para adquirir aquela transformação celeste, do mesmo modo como o espírito já se transformou pela reconciliação da fé, convertido dos erros para Deus. Portanto, mesmo naqueles que acreditaram, espera-se ainda aquela manifestação que acontecerá na ressurreição do corpo, que diz respeito àquele quarto grau, no qual a paz e o descanso eterno serão completamente perfeitos, nada havendo de corrupção a nos servir de obstáculo ou de sofrimento a nos incomodar.

No que ele afirma: “Assim também o Espírito socorre a nossa fraqueza. Pois não sabemos o que pedir”, é claro que o diz do Espírito Santo, o que é evidente nas palavras que seguem: “É segundo Deus que ele intercede pelos santos”. Portanto, nós não sabemos o que pedir por dois motivos: porque o que esperamos para o futuro, para o qual tendemos, ainda não aparece; e porque nesta vida, muitas coisas que são desvantajosas podem parecer-nos favoráveis e, muitas coisas que são favoráveis podem parecer-nos desvantajosas. Com efeito, mesmo a tribulação, quando sobrevém ao servo de Deus, para provação ou correção, às vezes parece inútil aos pouco entendidos; mas se se atende ao que foi dito: “Concede-nos socorro na opressão, pois a salvação humana é inútil” (Sl 59,13), chega-se a entender que Deus nos ajuda muitas vezes pela tribulação, e inutilmente se deseja a saúde, que às vezes é inconveniente, como quando prejudica a alma, pelo prazer e apego à vida. Daí o se ter dito: “Encontrei angústia e aflição. Então invoquei o nome do Senhor” (Sl 116,3-4). Quando diz encontrei, significa angústia e aflição úteis, pois justamente não nos congratulamos por ter encontrado senão o que buscávamos. Por isso, não sabemos o que pedir. Com efeito, Deus sabe tanto o que nos convém nesta vida quanto o que nos dará depois dela. Mas “o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inefáveis”. Ele diz que o Espírito geme, porque nos faz gemer com caridade, despertando o anseio pela vida futura, do mesmo modo como está escrito: “Porque é o Senhor vosso Deus que vos experimenta, para saber se de fato o amais” (Dt 13,4), ou seja, para fazer-vos saber.

A expressão “não depende, portanto, daquele que quer, nem daquele que corre, mas de Deus que faz misericórdia” não exclui o livre-arbítrio da vontade, mas diz não ser suficiente o nosso querer, a não ser que Deus ajude, tornando-nos misericordiosos para bem agir, pelo dom do Espírito Santo; a isso se refere o que disse acima: “farei misericórdia a quem eu fizer misericórdia e terei piedade de quem eu tiver piedade”. Com efeito, não podemos nem mesmo querer se não somos chamados e, quando quisermos, depois do chamado, não bastará nossa vontade e nosso empenho, a não ser que Deus conceda forças aos que correm e nos conduza aonde chama. Fica claro, portanto, que não depende de quem quer, nem daquele que corre, mas de Deus que faz misericórdia para agirmos bem, embora aí esteja também nossa vontade que, sozinha, nada pode. Daí o mencionar-se o testemunho do castigo do Faraó, quando se diz falando dele: “foi precisamente por isso que te conservei de pé, para fazer-te ver meu poder e para que o meu nome seja proclamado por toda a terra”. Com efeito, como lemos no Êxodo, “endureceu-se o coração do Faraó” (Ex 9,12; 10,1), para que não se convencesse perante sinais tão evidentes. O fato de o Faraó não obedecer na ocasião às ordens de Deus já provinha do castigo. Mas ninguém pode dizer que esse endurecimento do coração aconteceu ao Faraó imerecidamente, mas foi um castigo apropriado à sua incredulidade, pelo juízo de Deus que assim lhe retribuía. Por isso, não lhe é imputado o fato de não ter obedecido então, visto que não podia obedecer estando seu coração endurecido, mas o de se tornar merecedor de ter o coração endurecido, devido à infidelidade. Pois, assim como, naqueles que Deus elege, não são as obras mas sim a fé que dá início aos méritos, para que ajam bem, por dom de Deus: também naqueles que ele condena, a infidelidade e a impiedade são início do mérito do castigo, pelo qual agem mal, conforme diz acima o Apóstolo: “e como não julgaram ser bom ter o conhecimento de Deus, Deus os entregou à sua mente incapaz de julgar, para fazerem o que não convém” (Rm 1,28). Por isso, assim conclui o Apóstolo: “faz misericórdia a quem quer e endurece a quem ele quer”. De quem se compadece, fá-lo agir bem, e a quem endurece, abandona-o para que aja mal. Mas essa misericórdia é concedida também em virtude do mérito precedente da fé e esse endurecimento, em virtude da impiedade precedente, para que por dom de Deus façamos coisas boas e por castigo coisas más. Contudo, não se exclui do homem o livre-arbítrio da vontade, seja para crer em Deus, com a consequente misericórdia, seja para a impiedade, com o consequente castigo.

No que ele diz: “Todo homem se submeta às autoridades, pois não há autoridade que não venha de Deus”, justamente admoesta a que ninguém se ensoberbeça pelo fato de ter sido chamado e feito cristão pelo seu Senhor para a liberdade, e julgue que, na caminhada desta vida, não há de observar sua ordem e de se submeter aos poderes superiores, a quem foi confiado o governo das coisas temporais para serem administradas neste mundo. Com efeito, como somos compostos de alma e de corpo, e enquanto estamos nesta vida temporal, façamos uso também das coisas temporais para manter esta vida. É mister, portanto, por um lado que, no tocante a esta vida, nos submetamos às autoridades, ou seja, aos homens constituídos em dignidade de administrarem as coisas humanas. Por outro lado, no tocante a nós que cremos em Deus e somos chamados a seu reino, não é lícito que nos submetamos a homem algum que pretenda aniquilar em nós o que Deus se dignou dar-nos em ordem à vida eterna. Por isso, se alguém, por ser cristão, pensa que não deve pagar impostos ou tributos, ou que não é preciso tributar a devida honra às autoridades às quais foi confiada essa função, encontra-se num grande erro. Da mesma forma, se alguém pensa que se há de submeter a ponto de julgar que tem poder também sobre sua fé aquele que, investido de alguma autoridade, está à frente da administração das coisas temporais, cai num erro maior. A norma a seguir é a prescrita pelo Senhor, ou seja, que demos a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus (cf. Mt 22,31). Com efeito, ainda que sejamos chamados ao reino onde não existe poder algum deste mundo, enquanto, porém, permanecermos nesta caminhada e não chegarmos àquele momento em que se dará a supressão de todos os principados e potestades, toleremos nossa condição em favor desta mesma ordem das coisas humanas, nada fazendo com fingimento e, por isso, obedecendo não tanto aos homens, mas a Deus que nos dá esses preceitos.

O que ele afirmou: “Quem és tu que julgas o servo alheio?”, ele o diz com a finalidade de deixarmos para Deus o juízo sobre coisas que se podem levar a efeito com boa ou má intenção, e não ousemos julgar sobre o coração de outro, o qual não vemos. Mas nas coisas que de tal modo são percebidas como evidentes, que não podem ser praticadas com boa e pura intenção, não reprova que emitamos nosso juízo. Assim, o que diz sobre os alimentos, pelo fato de se ignorar com que intenção se faz, não quer que sejamos juízes, mas que o seja Deus; mas sobre aquele nefando estupro que certo homem cometera contra a esposa de seu pai, ordenou que devia ser julgado (cf. 1Cor 5,1). Com efeito, ele não podia dizer que o cometera com boa intenção tão hediondo delito. Portanto, todas as ações que de tal modo são evidentes, que não se possa dizer: “Fez com boa intenção”, devem ser julgadas por nós; mas todos os atos praticados de tal modo que seja incerta a intenção com que foram feitos, não devem ser julgados, mas deixados ao juízo de Deus, conforme está escrito: “As coisas escondidas pertencem a Deus; as coisas reveladas, porém, a vós e a vossos filhos” (Dt 29,29).






A influencia dos anjos na vida dos homens, o que os anjos da guarda fazem segundo são tomás de aquino




Os anjos podem influenciar os homens pois são de natureza puramente espiritual e, portanto, superior à humana. Pois, em tudo o que é devidamente ordenado, o superior influi no inferior. Eles podem iluminar a nossa inteligência, dando-lhe vigor e pondo ao nosso alcance a verdade puríssima que eles contemplam. No entanto, não podem intervir diretamente na nossa vontade, pois a ação de decidir, de escolher, é um movimento interior que só Deus pode alterar. 

Deus pode atuar diretamente e mudar o movimento da vontade humana, assim o fez com o coração do Faraó. Ele pode, sim, mudar os corações, no entanto, como nos deu liberdade, mesmo tendo poder de mudar nossos corações, Ele escolhe respeitar a nossa vontade, descarregando, mesmo assim, uma chuva de oportunidades de redenção, mesmo ao pecador mais empedernecido, pois assim age sempre em sua Misericórdia, para que a alma se converta. Ele nos deu liberdade por amor e a respeita por amor. Assim os anjos não podem intervir em nossa vontade, já que Deus, mesmo podendo, muitas vezes não o faz. Mas lembre-se não existe nenhum lugar interior e profundo em que Deus não possa agir.

Os anjos podem também excitar a imaginação e as demais faculdades sensitivas, pois estão ligadas ao mundo corpóreo e assim submetidas à ação dos anjos. Eles também podem impressionar os sentidos externos.

Os anjos podem, por consequência disso, dificultar ou impedir a ação dos demônios, porque a justiça submeteu os demônios, como castigo de seus pecados, ao domínio dos anjos. 

Assim Deus se serve dos anjos para promover o bem e para executar os seus desígnios junto dos mortais. 

Mas nem todos os anjos são enviados para este fim. Os anjos da primeira hierarquia nunca são enviados, pois é seu privilégio permanecer constantemente junto ao Trono de Deus. Esses anjos são chamados de Anjos Assistentes. 

Portanto, os enviados aos homens são os anjos da segunda e terceira hierarquia, porém note-se que o coro das Dominações presidem a ordenação dos decretos divinos, e as outras ordens - Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos - são os executores. 

Alguns Anjos são destinados para a guarda dos homens, porque a Divina Providência decretou que o homem, ignorante no pensar, inconstante e frágil no querer, tivesse como guia protetor, na sua peregrinação até ao Céu, um daqueles espíritos ditosos, confirmados para sempre no bem. 

Deus destina um anjo para cada ser humano, porque Deus ama mais uma alma do que todas as espécies de criaturas materiais. Mas apesar disto, Deus determinou que cada espécie tivesse um anjo custódio encarregado de seu governo. Estes - anjos custódios de cada ser humano e de cada espécie - são os Anjos da Guarda, que pertencem ao último coro (ordem) da Terceira Hierarquia Angélica. 

De fato - e que maravilhoso! - todos os seres humanos possuem, cada um, um anjo custódio, enquanto vivem neste mundo, em atenção aos obstáculos e perigos do caminho que têm de percorrer até chegar ao fim. 

Pode se perguntar se Nosso Senhor Jesus Cristo teve um anjo da guarda. Considerando que era a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, não convinha, mas teve anjos com a nobre e feliz missão de O servir. 

Os anjos da guarda começam seu ministério assim que o ser humano nasce e a executam sem interrupção até que exale o último suspiro. 

Eles vêem as tribulações e os males que seus protegidos passam mas não se afligem, pois depois de fazerem o que está em suas mãos para evitá-lo se recolhem e adoram neles - seus protegidos- o mistério insondável dos Juízos de Deus. Pois, ainda pode a alma, apesar dos esforços de seu Anjo Guardião, escolher livremente o que é mal, ou ainda, não existir um meio ao alcance do anjo para impedir o sofrimento ou a tribulação, pois que esses também são caminhos de conversão, purificação e santificação. 

Portanto, sempre nos acode os Anjos da Guarda quando o invocamos, mas sua ação sempre estará de acordo com os decretos divinos e fará todas as coisas em harmonia com a glória de Deus. 

Baseado na Suma Teológica de São Tomás de Aquino em forma de Catecismo




"A vontade de Deus é esta: a vossa santificação".
1 Tessalonicenses 4, 3



Consagração ao Santo Anjo


Conhecendo, por uma doce experiência, quanto é eficaz o culto dos Santos Anjos e poderosa sua proteção, eu (dizer seu nome) venho, religiosamente e solícito, para me consagrar aos seus santos serviços.
Na presença de Deus, prometo solenemente honrá-los com culto especial e imitar suas virtudes, principalmente sua pureza, caridade e obediência perfeita.
Apraza a todos os espíritos celestes, e ainda mais a Maria Santíssima, sua Augusta Rainha, abençoar essa minha resolução, que lhes ofereço do fundo do coração; e alcançar da bondade de Deus a graça de perseverar nela enquanto eu viver, para assim merecer o favor de me associar à sua glória, durante toda a eternidade. Amém.


Oração ao Santo Anjo da Guarda

Santo Anjo do Senhor, tu que me foste dado por Deus como companheiro de toda minha vida, salva-me para a eternidade e cumpre tua obrigação para comigo, a qual te foi imposta pelo Deus de amor.
Sacode-me na tibieza e livra-me de minha fraqueza! Preserva-me de qualquer caminho e pensamento errado. Abre-me os olhos para Deus e para a cruz. Fecha, no entanto, meus ouvidos às inspirações do inimigo maligno.
Vela sobre mim quando durmo e fortifica-me durante o dia, para o cumprimento do dever e para cada sacrifício.
Deixa-me ser um dia tua alegria e tua recompensa no céu. Amém.




Ao Anjo da Guarda do Brasil (Principado)

Deus Eterno e Onipotente, que destinastes a cada nação o seu Anjo da Guarda, concedei que, pela intercessão e patrocínio do Anjo do Brasil, sejamos livres de todas as adversidades. Por Jesus Cristo nosso Senhor. Amém.
(Antiga Oração Coleta da Missa em honra ao anjo da Guarda do Brasil)


Ó Deus, cuja providência não conhece limites, 
Vós nos concedestes um anjo que vela sobre a nossa nação;
nós Vos suplicamos que, com o auxílio deste divino guardião,
conservemos a fé, a esperança e a caridade,
vivendo na paz e na concórdia nesta terra de Santa Cruz.
Por nosso Senhor Jesus Cristo Vosso Filho na unidade do Espírito Santo.
Amém.


Santo Anjo do Brasil, vós fostes encarregado pelo Pai Eterno de guardar esta Terra de Santa Cruz e ajudá-la a crescer e desenvolver-se conforme Seus desígnios benevolentes.

Nós cremos no vosso poder junto de Deus e confiamos na vossa prontidão em socorrer-nos. Sede, pois, nosso guia para que cumpramos convosco a nossa missão no mundo.

Ajudai a Igreja no Brasil a anunciar Cristo com franqueza e alegria e penetrar toda a sociedade com o fermento do Evangelho. Afastai, com a força da Santa Cruz, todos os poderes inimigos que ameaçam o povo brasileiro.

Unimos as nossas preces às vossas. Apresentai-as diante do Trono de Deus, para que, unidas ao sacrifício de Jesus, oferecido diariamente em nossos altares, alcancem aquelas graças que mais precisamos nesta hora de combate espiritual.

E guardai-nos, sempre debaixo do manto protetor de Nossa Senhora Aparecida, nossa Mãe e Rainha, para que permaneçamos fiéis no caminho de Jesus, o único que nos conduz da terra ao Céu. Lá na assembleia de todos os povos, unidos como uma só família de Deus, louvaremos e agradeceremos convosco ao Pai Eterno, com seu Filho e Espírito de Amor, por toda a eternidade. Amém.

(Com Aprovação eclesiástica. Aparecida, 28 de maio de 2012. Dom Raymundo Damasceno de Assis.)


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DEVOCIONAIS ANTERIORES


"Deus se serve dos anjos no governo do mundo material, pois o mundo angélico é superior ao mundo corpóreo. E em todo governo bem ordenado os inferiores são regidos pelos superiores. 

Seu ministério no governo do mundo é velar pela exato cumprimento do Plano Providencial e dos Decretos Divinos concernentes às coisas materiais. 

Os anjos que exercem a administração das coisas materiais pertencem à ordem das Virtudes. Assim sua função no mundo corpóreo é velar pela perfeita manifestação da vontade de Deus, em tudo o que se passa nos diversos seres que constituem o mundo material. 

Dessa forma podemos dizer que Deus executa todas alterações e mudanças no mundo material, inclusive os milagres, através dos anjos que pertencem à Ordem das Virtudes. No entanto, os anjos não tem virtude ou poder para efetuar milagres, só Deus pode fazê-los, os anjos atuam ou na intercessão ou como instrumentos."

Baseado na Suma Teológica de São Tomás de Aquino em Forma de Catecismo




ORAÇÃO TRISÁGIO ANGÉLICO
À SANTÍSSIMA TRINDADE
Oração indulgênciada pelo Papa Clemente XIV.


Triságio do grego, tris-agion significa (três vezes Santo), é o nome que se dá à aclamação de louvor «Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal», testemunhado pela primeira vez no Concílio de Calcedônia (451). O triságio encontra suas raízes no Antigo Testamento, no livro de Isaías, capítulo 6, versículo 3: "Santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos, a terra inteira está repleta de sua glória."
 

REZA-SE:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém!

Oferecimento

Para ganhar as indulgências, os que rezarem o Triságio.

Rogamos-te, Senhor, pelo estado da Santa Igreja e Prelados dela; pela exaltação da fé católica, extirpação das heresias, paz e concórdia entre os príncipes cristãos, conversão de todos os infiéis, hereges e pecadores; pelos agonizantes e caminhantes, pelas benditas almas do purgatório e mais piedosos fins de nossa Santa Madre Igreja. Amém.

V. Bendita seja a santa e indivídua Trindade, agora e sempre por todos os séculos dos séculos.
R. Amém.
V. Abri, Senhor, meus lábios.
R. E a minha boca anunciará vossos louvores.
V. Meu Deus, em meu favor benigno atende.
R. Senhor, apressai-vos a socorrer-me.
V. Glória seja ao Eterno Pai.
Glória seja ao Eterno Filho.
Glória ao Espírito Santo.
R. Amém. Aleluia.

(no tempo da Quaresma se diz conforme abaixo):

R. Louvor seja a ti, Senhor, Rei da eterna glória.


Ato de Contrição

Amorosísimo Deus, trino e uno, Pai, Filho e Espírito Santo, em quem creio, em quem espero, a quem amo com todo o meu coração, corpo, alma, sentidos e potências; por serdes Vós meu Pai, meu Senhor e meu Deus, infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas; pesa-me, Trindade Santíssima, pesa-me, Trindade misericordiosíssima, pesa-me, Trindade amabilíssima, de vos ter ofendido só por serdes Vós quem sois; proponho, e vos dou palavra, de nunca mais vos ofender e de morrer antes do que pecar; espero de vossa suma bondade e misericórdia infinita, que me perdoareis todos os meus pecados, e me dareis graças para perseverar num verdadeiro amor e cordialíssima devoção a vossa sempre amabilíssima Trindade. Amém.

 
HINO:

Já se afasta o sol radioso,
Ó luz perene, ó Trindade,
Infunde em nós ardoroso
O fogo da caridade.

Na alvorada te louvamos
E na hora vespertina;
Concede-nos que o façamos
Também na glória divina.

Ao Pai, ao Filho e a Ti,
Espírito consolador,
Sem cessar como até aqui
Se dê eterno louvor. Amém.

 
ORAÇÃO AO PAI.
Ó Pai Eterno, fora o prazer de vos possuir, eu não vejo mais do que tristeza e tormento, embora digam outra coisa os amadores da vaidade. Que me importa que diga o sensual que sua felicidade está em gozar de seus prazeres? Que me importa que diga também o ambicioso que seu maior contentamento é gozar de sua glória vã? Eu pela minha parte nunca cessarei de repetir com vossos Profetas e Apóstolos, que a minha suma felicidade, meu tesouro e minha glória é unir-me a meu Deus, e manter-me inviolavelmente unido a Ele.

Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria, e nove vezes:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus dos exércitos, cheios estão os céus e a terra de vossa glória.

(responde-se, se possível em coro):
Glória ao Pai, glória ao Filho, glória ao Espírito Santo.
 

ORAÇÃO AO FILHO.
Ó Verdade eterna, fora da qual eu não vejo outra coisa senão enganos e mentiras. Oh! E como tudo me aborrece à vista de vossos suaves atrativos! Oh! Como me parecem mentirosos e asquerosos os discursos dos homens, em comparação das palavras da vida, com as quais Vós falais ao coração daqueles que vos escutam. Ah! Quando será a hora em que Vós me tratareis sem enigma e me falareis claramente no no seio de vossa glória? Oh! Que trato! Que beleza! Que luz!

Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e nove vezes:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus, etc.

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO.
Ó Amor, ó Dom do Altíssimo, centro das doçuras e da felicidade do mesmo Deus; que atrativo para uma alma ver-se no abismo de vossa bondade e toda cheia de vossas inefáveis consolações! Ah! Prazeres enganadores! Como haveis de poder comparar-vos com a menor das doçuras que um Deus, quando quer, sabe derramar sobre uma alma fiel? Oh! Se uma só partícula delas é tão deliciosa, quanto mais será quando Vós as derramardes como uma torrente sem medida e sem reserva? Quando será isto, meu Deus, quando será?

Recita-se um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e nove vezes:
Santo, Santo, Santo, Senhor Deus, etc.



Antífona

A ti, Deus Pai, a ti, Filho Unigênito, a ti, Espírito Santo, Paráclito, santa e indivídua Trindade, de todo coração te confessamos, louvamos e bendizemos. A ti seja dada a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

V. Bendigamos ao Pai, e ao Filho e ao Espírito Santo.
R. Louvemo-lo e exaltemo-lo em todos os séculos.

Oração

Senhor Deus uno e trino, dai-me continuamente vossa graça, vossa caridade e a vossa comunicação para que no tempo e na eternidade vos amemos e glorifiquemos. Deus Pai, Deus Filho, Deus Espírito Santo numa deidade por todos os séculos dos séculos. Amém.




DEPRECAÇÃO DEVOTA À SANTÍSSIMA TRINDADE:

Deprecação quer dizer: Súplica.

V : Pai Eterno, Onipotente Deus! R: Que toda criatura vos ame e glorifique.
V : Verbo Divino, Imenso Deus! ...
V : Espírito Santo, Infinito Deus! ...
V : Santíssima Trindade e um só Deus Verdadeiro!...
V : Rei dos Céus, Imortal e Invisível!...
V : Criador, conservador e governador de todo o criado!...
V : Vida nossa, em Quem, por Quem, de Quem e por Quem vivemos!...
V : Vida Divina e uma em três pessoas!...
V : Céu divino de excelcitude majestosa!...
V : Céu Supremo do céu, oculto aos homens!...
V : Sol Divino e incriado!...
V : Círculo perfeitíssimo de capacidade infinita!...
V : Alimento Divino dos anjos!...
V : Belo íris, arco de clemência!...
V : Astro primeiro e Trino, que iluminais o mundo!...


V : De todo o mal de alma e Corpo! R: Livrai-nos, Trino Senhor!
V : De todo pecado e ocasião de culpa! ...
V : De Vossa ira e indignação! ...
V : Da morte repentina e improvisa! ...
V : Das insídias e assaltos do demônio! ...
V : Do espírito de desonestidade e das suas sugestões! ...
V : Da concupiscência da carne! ...
V : De toda ira, ódio e má vontade! ...
V : Das pragas da peste, fome, guerra e terremoto! ...
V : Dos inimigos do fé católica! ...
V : De nossos inimigos e suas maquinações! ...
V : Da morte eterna! ...
V : Por Vossa Unidade em Trindade e Trindade em Unidade! ...
V : Pela igualdade essencial de vossas pessoas! ...
V : Pela sublimidade do mistério de vossa Trindade! ...
V : Pelo inefável nome da Vossa Trindade! ...
V : Pelo portentoso de Vosso nome, Uno e Trino! ...
V : Pelo muito que vos agradam as almas que são devotas de Vossa Santíssima Trindade! ...
V : Pelo grande amor com que livrais dos males aos povos onde há algum devoto de Vossa Trindade Amável! ...
V : Pela virtude divina, que nos devotos de vossa Trindade santíssima, reconhecem os demônios contra si mesmos! ...


V : Nós pecadores! R: Rogamo-Vos, ouvi-nos!
V : Que saibamos resistir ao demônio com as armas da devoção à Vossa Trindade! ...
V : Que embelezeis cada dia mais, com as cores da Vossa graça, Vossa imagem que está em nossas almas! ...
V : Que todos os fiéis se esmerem em ser muito devotos de Vossa Santíssima Trindade ! ...
V : Que todos alcancemos as muitas felicidades que estão vinculadas para os devotos dessa  Vossa Trindade adorável! ...
V : Que ao confessarmos os mistérios de Vossa Trindade, se desfaçam os erros dos infiéis! ...
V : Que todas as almas do purgatório gozem muito refrigério em virtude do Mistério de Vossa Trindade! ...
V : Que Vos digneis ouvir-nos pela Vossa piedade! ...
V : Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, livrai-nos, Senhor, de todo mal! ... [2]


Obséquios ou oferecimentos à Santíssima Trindade
 
1. Ó beatíssima Trindade, eu vos prometo que com todo esforço e empenho hei de procurar salvar minha alma, visto como Vós a criastes à vossa imagem e semelhança e para o céu. E também por amor Vosso procurarei salvar as almas de meu próximo.
2. Para salvar minha alma e dar-vos glória e louvor, sei que hei de guardar a divina lei; eu empenho minha palavra de a guardar como a menina de meus olhos e procurar, outrossim, que os outros a guardem.
3. Aqui na terra hei de exercitar-me em louvar-Vos e espero fazê-lo depois com maior perfeição no céu; e por isso com freqüência rezarei o triságio e o verso: “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo”. E procurarei, além disso, que os outros Vos louvem. Amém.

 

[1] O Papa Clemente XIV concedeu 100 dias de indulgência para cada dia que se reze: 100 dias a mais se feita três vezes no dia ou nos domingos, na festa da Santíssima Trindade e durante a sua oitava, e Indulgência Plenária a quem o rezar todos os dias durante um mês, confessando e comungando no dia do mês que se escolher.
[2] Invocação semelhante Nosso Senhor ensinou à Santa Faustina: “Santo Deus, Santo Forte, Santo Imortal, tende piedade de mim e de todos os pecadores, etc” , jaculatória que a Santa rezava entre uma dezena e outra do terço.

 

Fonte:"Caminho Reto e Seguro para Chegar ao Céu" - Santo Antonio Maria Claret - Editora Ave Maria, São Paulo - págs. 155/166)





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Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

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