instagram
  • Home
  • Projetos Preceptora: Educação Católica
  • Cursos Educa-te
  • Login Educa-te

Salus in Caritate

Cultura Católica


Ponto I 

No silêncio, existe uma Palavra,
Ela ressoa em toda alma,
Vivifica e acalma,
Já escutaste o Santo Silêncio que fala?


“Nada pode existir sem que exista um Ser que exista per si. Se todos os seres necessitam de alguma coisa, logo nenhum pode existir per si. Dessa forma, a nossa própria existência é prova da existência de Deus.” (Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás de Aquino)

“Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. Um dia fala disso a outro dia; uma noite o revela a outra noite. Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas a sua voz ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.” (Salmo 19,1-4)

A voz de Deus ressoa em nossos corações e reverbera em nossas ações. Nele vivemos e nos movemos, todo o Universo canta a sua glória e é manifestação da mesma glória.

Vivemos para nos deixarmos insuflar pelo amor de Deus e transformar pela sua Palavra, sopro suave e fundamental que tudo mantém e vivifica, tudo ordena e sustém.

Eclesiastes 3,11 nos diz que Deus: “… também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade”. Eis a razão que nos faz sentir que fomos feitos para algo maior e melhor.


Ponto II

Quão belo é o Senhor que me criou,
Aquele que adornou toda a terra e o céu,
É também o Pai que me formou.

Deus é espírito. Espírito, pois está completamente isento de matéria; assim, dizemos que Deus é o Ser por essência. Deus existe per si, é a origem de todos os seres, n’Ele se concentram todos os modos do ser, por isso dizemos que Ele é o Ser por essência. Essência é o que é o centro, o eixo.

O Ser é Perfeito, Bom, Infinito, Imutável e Eterno.

Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus. (Sl 90, 2)
É Perfeito, pois nada Lhe falta, e se é Perfeito, também é Bom.

Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para todos os que te invocam. (Sl 86, 5)

Sendo Perfeito, também é Infinito, nada o limita, sendo assim também é Onipresente.

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens;
Nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois Ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;
E de um só sangue fez toda a geração dos homens, para habitar sobre toda a face da terra, determinando os tempos já dantes ordenados, e os limites da sua habitação;
Para que buscassem ao Senhor, se porventura, tateando, o pudessem achar; ainda que não está longe de cada um de nós;
Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos; como também alguns dos vossos poetas disseram: Pois somos também sua geração. (Atos 17, 24-28)

Sendo Perfeito, é Imutável, pois só muda quem almeja algo de perfeito; no entanto, Deus é Perfeito.

Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação. (Tg 1, 17)

Sendo Imutável, é também Eterno, pois Deus não está à mercê da mutabilidade gerada pela sucessão do tempo.

Pois assim diz o Alto e Sublime, que vive para sempre, e cujo nome é santo: “Habito num lugar alto e santo, mas habito também com o contrito e humilde de espírito, para dar novo ânimo ao espírito do humilde e novo alento ao coração do contrito” (Isaías 57,15).

O que faremos então para conhecer a um Ser assim? Podemos conhecê-lO pela razão, pelas obras das mãos humanas, sim, podemos, mas existe um caminho mais perfeito, que é conhecê-lO pelo que Ele mesmo revelou de Si; esse caminho é o caminho da fé. Crer através do véu do conhecimento limitado, sem ver por completo a plenitude da claridade Divina, crer.

É esse manto, constituído pela fé em cada momento, que constituirá a nossa bem-aventurança no Céu.

Ele fez tudo apropriado ao seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim, ele não consegue compreender inteiramente o que Deus fez (Eclesiastes 3,11).


Ponto III

A Presença de Deus é a Luz do mundo,
No Céu, o sol é a Presença de Deus,
Todos são banhados pela Luz do Criador do universo.
Não se comove em pensar em ver os olhos de Alguém tão amoroso e poderoso?
Pois esta é a razão da sua existência: eleva o olhar para o belo e o bom, até que um dia possa ver o Teu Senhor.

A Onipresença de Deus é conforto e segurança. Ele sabe o que se passa no mundo, nos corações e o que acontecerá. Ele é o grau supremo do imaterial, portanto, Inteligência Infinita. Todos e tudo dependem da Ciência Infinita de Deus. Essa Ciência se manifesta na sua Vontade, que é sempre boa, perfeita, agradável, caminho largo para quem o ama; embora seja estreito, segue-se em passos seguros e firmes. O Amado Deus está sempre presente!

“Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor” (Jeremias 23, 24)

Pois que nós, criaturas, somos obras do Amor Divino, tal amor produz o efeito de dar a cada criatura o bem que possui.

A Justiça Divina é uma das nossas maiores alegrias. Ele dá a cada um o que exige a sua natureza, dá o prêmio aos bons e o castigo aos maus. Tal merecimento pode ser vivido nesta vida, mas nunca totalmente, pois em plenitude somente no Céu ou no Inferno, conforme a escolha de cada um. Eis a Justiça Divina que faz nascer o sol aos bons e aos maus, confirmando os primeiros e esperando a conversão dos segundos até a hora derradeira da morte, pois além dela não há mais chances de escolha.

Deus também dá a cada um de nós mais do que exige a nossa natureza, dá aos justos mais do que seus merecimentos e castiga os pecadores menos do que mereciam. Essa é a manifestação da Santa Misericórdia Divina.

O poder do Senhor abarca Céus e Terra. Ao governo de Deus no mundo chamamos Providência; tal ação se estende por todas as coisas criadas, nada escapa à ação divina, não existe nada que não tenha sido previsto e premeditado desde toda a eternidade. Os seres inanimados e os atos livres dos homens se curvam a esse Maestro Celestial, pois que tudo só acontece se o Bom Deus ordena ou permite. A liberdade que Deus deu aos homens não é independência de Deus, pois Deus tudo abarca; n’Ele vivemos e nos movemos.

A Providência Divina fia planos, tece em meio à história as determinações do Coração Divino, e ao que se refere aos justos chama-se Predestinação, pois a cada ação da Graça, os que desejam e buscam ao Bom Deus respondem e, portanto, são os que caminham para gozar o Céu. Aos que, mesmo recebendo as tentativas de resgate divino, continuam a negar a Graça, chamam-se réprobos ou não eleitos, pois que negaram os chamados da eleição. A predestinação, a eleição, está sempre enlaçada ao livre-arbítrio.

Deus ama a todas as suas criaturas, mas os predestinados, os buscadores de Deus, são amados com amor de preferência e Deus os orienta, pois estabeleceram uma relação de fiel comprometimento amoroso.

Eis a Justiça Divina que, com olhar amoroso, busca aqueles que a buscam; eis o Amor Divino que é transbordante aos que estão verdadeiramente abertos. O Santo Amor Divino oferece a graça a todos, mas os homens, munidos de liberdade, podem aceitar ou não. Deus é amigo dos homens, veio até nós para resgatar os laços que nos unem a Ele; cabe a cada um aceitar verdadeiramente essa amizade ou recusá-la, sendo cada um responsável por sua escolha. Mas aceitar o oferecimento Divino de sua Graça nunca é mérito próprio, mas ação da Providência e seus decretos, que concede doses da virtude de fidelidade e retidão.

Tais decretos, a que chamamos predestinação, significam que o Bom Deus assinalou, a cada um, um lugar na glória e, pela graça, o porá em condições de possuí-la.

Eis o Deus das Maravilhas, Ele que tudo dispõe, nada deve a ninguém e concede a Graça como quer.

Devemos caminhar em espírito de humildade, pedindo a Deus que nos inscreva no livro dos eleitos e nos conceda as graças necessárias para alçar voo aos Altos Céus. Peçamos a Deus a graça de sermos bem-sucedidos nessa jornada, a única jornada que importa.
Quanto agrada a Jesus Cristo que nós nos lembremos continuamente de Sua paixão e da morte ignominiosa que por nós sofreu. Muito bem se deduz de haver Ele instituído o Santíssimo Sacramento do altar com o fito de conservar sempre viva em nós a memória do amor que nos patenteou, sacrificando-se na Cruz por nossa salvação.
Já sabemos que na noite anterior à sua morte Ele instituiu este sacramento de amor e depois de ter dado Seu corpo aos discípulos, disse-lhes — e na pessoa deles a nós todos — que ao receberem a santa comunhão se recordassem do quanto Ele por nós padeceu:
“Todas as vezes que comerdes deste pão e beber de deste cálice, anunciareis a morte do Senhor” (1Cor 11,26). Por isso a santa Igreja, na missa, depois da consagração , ordena ao celebrante que diga em nome de Jesus Cristo: “Todas as vezes que fizerdes isto, fazei-o em memória de Mim”. E São Tomás escreve: “Para que permanecesse sempre viva entre nós a memória de tão grande benefício, deixou seu corpo para ser tomado como alimento” (Op. 57). E continua o santo a dizer que por meio de um tal sacramento se conserva a memória do amor imenso que Jesus Cristo nos demonstrou na sua paixão.
2. Se alguém padecesse por seu amigo injúrias e ferimentos e soubesse que o amigo, quando se falava sobre tal acontecimento nem sequer nisso queria pensar e até costumava dizer: falemos de outra coisa — que dor não sentiria vendo o desconhecimento de um tal ingrato? Ao contrário, quanto se consolaria se soubesse que o amigo reconhece dever-lhe uma eterna obrigação e que disso sempre se recorda e se lhe refere sempre com ternura e lágrimas? Por isso é que todos os santos, sabendo a satisfação que causa a Jesus Cristo quem se recorda continuamente de sua paixão, estão quase sempre ocupados em meditar as dores e os desprezos que sofreu o amantíssimo Redentor em toda a Sua vida e particularmente na Sua morte. S. Agostinho escreve que as almas não podem se ocupar com coisa mais salutar que meditar cotidianamente na paixão do Senhor.
Deus revelou a um santo anacoreta que não há exercício mais próprio para inflamar os corações com o amor divino do que o meditar na morte de Jesus Cristo. E a Santa Gertrudes foi revelado, segundo Blósio, que todo aquele que contempla com devoção o crucifixo é tantas vezes olhado amorosamente por Jesus quantas ele o contempla. Ajunta Blósio que o meditar ou ler qualquer coisa sobre a paixão traz-nos maior bem que qualquer outro exercício de piedade. Por isso escreve S. Boaventura: “A paixão amável que diviniza quem a medita” (Stim. div. amor. p. 1. c. 1). E falando das chagas do crucifixo, diz que são chagas que ferem os mais duros corações e inflamam no amor divino as almas mais geladas.

Almas devotas, procuremos ao menos imitar a esposa dos Cânticos, que dizia: “Eu assentei-me à sombra daquele que tanto desejei” (Cânt 2, 3). Oh! Que doce repouso as almas que amam a Deus encontram nos tumultos deste mundo e nas tentações do inferno e mesmo nos temores dos juízos de Deus, contemplando a sós em silêncio o nosso amado Redentor agonizando na cruz, gotejando seu sangue divino de todos os seus membros já feridos e rasgados pelos açoites, pelos espinhos e pelos cravos. Oh! Como a vista de Jesus crucificado afugenta de nossas mentes todos os desejos de honras mundanas, das riquezas da terra e dos prazeres dos sentidos! Daquela cruz emana uma vibração celeste, que docemente nos desprende dos objetos terrenos e acende em nós um santo desejo de sofrer e morrer por amor daquele que quis sofrer tanto e morrer por amor de nós.
Ó Deus, se Jesus Cristo não fosse o que ele é, Filho de Deus e verdadeiro Deus nosso criador e supremo senhor, mas um simples homem, quem não sentiria compaixão vendo um jovem de nobre linhagem, inocente e santo, morrer à força de tormentos sobre um madeiro infame, para pagar, não os seus delitos, mas os de seus mesmos inimigos e assim libertá-los da morte em perspectiva? E como é possível que não ganhe os afetos de todos os corações um Deus que morre num mar de desprezos e de dores por amor de suas criaturas? Como poderão essas criaturas amar outra coisa fora de Deus? Como pensar em outra coisa que em ser gratos para com esse tão amante benfeitor? “Oh! Se conhecesses o mistério da cruz!”, disse Santo André ao tirano que queria induzi-lo a renegar a Jesus Cristo, por ter Jesus se deixado crucificar como malfeitor. Oh! Se entendesses, tirano, o amor que Jesus Cristo te mostrou querendo morrer na cruz para satisfazer por teus pecados e obter-te uma felicidade eterna, certamente não te empenharias em persuadir-me a renegá-lo; pelo contrário, tu mesmo abandonarias tudo o que possuis e esperas nesta terra para comprazeres e contentares um Deus que tanto te amou. Assim já procederam tantos santos e tantos mártires que abandonaram tudo por Jesus Cristo. Que vergonha para nós, quantas tenras virgenzinhas renunciaram a casamentos principescos, riquezas reais e todas as delícias terrenas e voluntariamente sacrificaram sua vida para testemunhar qualquer gratidão pelo amor que lhes demonstrou este Deus crucificado.
Como explicar então que a muitos cristãos a paixão de Cristo faz tão pouca impressão? Isso provém do pouco que consideram nos padecimentos sofridos por Jesus Cristo por nosso amor. Ah, meu Redentor, também eu estive no número desses ingratos. Vós sacrificastes vossa vida sobre uma cruz, para que não me perdesse, e eu tantas vezes quis perder-vos, ó bem infinito, perdendo a vossa graça! Ora, o demônio, com a recordação de meus pecados, pretenderia tornar-me dificílima a salvação, mas a vista de vós crucificado, meu Jesus, me assegura que não me repelireis de vossa face se eu me arrepender de vos haver ofendido e quiser vos amar. Oh! Sim, eu me arrependo e quero amar-vos com todo o meu coração. Detesto aqueles malditos prazeres que me fizeram perder a vossa graça. Amo-vos, ó amabilidade infinita, e quero amar-vos sempre e a recordação de meus pecados servirá para me inflamar ainda mais no vosso amor, que viestes em busca de mim quando eu de vós fugia. Não, não quero mais separar-me de vós, nem deixar mais de vos amar, ó meu Jesus. Maria, refúgio dos pecadores, vós que tanto participastes das dores de vosso Filho na sua morte, suplicai-lhe que me perdoe e me conceda a graça de o amar.
Fonte: A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo – Piedosas e edificantes meditações sobre os sofrimentos de Jesus, por Sto. Afonso Maria de Ligório, traduzidas pelo Pe. José Lopes Ferreira, C.Ss.R. – Volume II – Edição PDF de Fl.Castro, abril 2002.



Sendo Católico: Quando Satanás zomba de uma alma?

"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém" (1 Cor 6, 12)


Tempo de Leitura: 2 minutos

"Uma certa memorização das palavras de Jesus, de passagens bíblicas importantes, dos dez mandamentos, das fórmulas de profissão de fé, dos textos litúrgicos e das orações essenciais e de noções chaves da doutrina..., longe de ser contrária à dignidade dos jovens cristãos, ou de constituir para eles um obstáculo para o diálogo pessoal com o Senhor, é uma verdadeira necessidade... É preciso ser realista. As flores da fé e da piedade cristã, se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória. O essencial é que os textos memorizados sejam ao mesmo tempo interiorizados, compreendidos pouco a pouco na sua profundidade, a fim de se tornarem fonte de vida cristã pessoal e comunitária" (Catechesi Tradendae, ponto 55, de São João Paulo II, 1979)


Catequese Essencial I: aqui


Catequese Essencial II: aqui


Catequese Essencial III: aqui


Catequese Essencial IV: aqui


Catequese Essencial V: aqui



Catequese Essencial VI: aqui



Catequese Essencial VII: aqui



Catequese Essencial VIII: aqui



Catequese Essencial IX: aqui


Catequese Essencial X: aqui

 Catequese Essencial XI: aqui


Quando satanás zomba de uma alma?


Satanás zomba (induz ao erro, engana, ilude...) de uma alma, quando consegue convencê-la de que só o pecado, isto é, a desobediência a uma ordem de Deus ou a Igreja, é um mal.



1- Tríplice aspecto da Vontade de Deus.


1º - Vontade que manda sob a pena de pecado mortal (Ex: não matar!)
2º - Vontade que manda sob a pena de pecado venial (Ex: temperança na alimentação)
3º - Vontade que não manda, mas manifesta um desejo. Opor-se a Vontade de Deus de desejo não é pecado, mas é um mal, porque priva de preciosas graças atuais, com as quais a alma poderia crescer no amor a Deus e ao próximo e merecer, um dia, maior glória no paraíso.



2- A imperfeição


A imperfeição na vida espiritual, é dizer "não" a um desejo de Deus.

Pode ser:
a) Positiva (ou voluntária) - exige duas condições: - que a manifestação do desejo de Deus seja bem clara (inspiração interna; conselho do diretor espiritual; convite do superior...); - que o nosso "não" seja plenamente consciente.

b) Negativa: quando falta uma das duas condições (e, ainda mais, se faltam as duas).
Somente a imperfeição positiva, se aceita habitualmente na nossa vida, torna-se obstáculo à perfeição.



3-  A característica da alma que caminha na estrada árdua e feliz dos desejos de Deus, A única que garante a santidade e a salvação eterna, é a escolha da "porta estreita", da penitência, da cruz, da renúncia; é a descoberta do valor da cruz!


"Penitência, mais penitência, e desprendimento de todas as coisas, e jamais, se quer possuir a Cristo, O busque sem cruz" (São João da Cruz).
"Quem trabalha, pelo Reino de Deus, faz muito; quem reza, faz mais; quem sofre, faz tudo" (Frantisek Tomasek, Arcebispo de Praga).
Retirado do livro: Catecismo Essencial de 1987






Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025). 

sendo-católico-quando-satanás-avança-numa-alma

"Vomitar-te-ei da minha boca" (Ap 3, 16).


Tempo de Leitura: 2 minutos

"Uma certa memorização das palavras de Jesus, de passagens bíblicas importantes, dos dez mandamentos, das fórmulas de profissão de fé, dos textos litúrgicos e das orações essenciais e de noções chaves da doutrina..., longe de ser contrária à dignidade dos jovens cristãos, ou de constituir para eles um obstáculo para o diálogo pessoal com o Senhor, é uma verdadeira necessidade... É preciso ser realista. As flores da fé e da piedade cristã, se assim se pode dizer, não crescem nos espaços ermos de uma catequese sem memória. O essencial é que os textos memorizados sejam ao mesmo tempo interiorizados, compreendidos pouco a pouco na sua profundidade, a fim de se tornarem fonte de vida cristã pessoal e comunitária" (Catechesi Tradendae, ponto 55, de São João Paulo II, 1979)


Catequese Essencial I: aqui


Catequese Essencial II: aqui


Catequese Essencial III: aqui


Catequese Essencial IV: aqui


Catequese Essencial V: aqui



Catequese Essencial VI: aqui



Catequese Essencial VII: aqui



Catequese Essencial VIII: aqui



Catequese Essencial IX: aqui


Catequese Essencial X: aqui




Quando satanás avança numa alma?


Satanás avança num alma quando consegue que ela viva sem preocupação no estado de tibieza, isto é, no torpor espiritual causado pela familiaridade com o pecado venial deliberado, pela diminuição do espírito de oração e de mortificação (Ap 3, 15-20).



1- A Palavra de Deus contra a tibieza (Ap 3, 15-20)


"Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, vomitar-te-ei. Pois dizes: Sou rico, faço bons negócios, de nada necessito – e não sabes que és infeliz, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que compres de mim ouro provado ao fogo, para ficares rico; roupas alvas para te vestires, a fim de que não apareça a vergonha de tua nudez; e um colírio para ungir os olhos, de modo que possas ver claro. Eu repreendo e castigo aqueles que amo. Reanima, pois, o teu zelo e arrepende-te. Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo."



2- Os remédios contra a tibieza


São principalmente quatro:

1º - Recorrer a um prudente Diretor Espiritual! (e seguir seus conselhos com energia e constância).
2º - Voltar à pratica fervorosa dos exercícios de piedade.
3º - Praticar o tripé da penitência: penitência - sacramento da confissão; penitência interior - humildade; penitência exterior - mortificação.
4º - Meditar sobre a malícia  e os efeitos do pecado venial deliberado.



3- A malícia e os efeitos do pecado venial deliberado.



Malícia:

a) é uma ofensa a Deus, desobedecendo, em matéria leve, mas voluntariamente, sua lei (ou da Igreja).
b) é uma diminuição da glória extrínseca de Deus.


O que é a glória intrínseca de Deus? É aquilo que é próprio de Deus, é aquilo que Ele possui em si mesmo. Deus possui a glória intrínseca independente dos anjos ou dos homens, Ele não precisa de nenhuma ação angelical ou humana, pois a glória intrínseca de Deus esta na glória de sua natureza.

O ser humano é o agente divulgador das boas novas, este é o nosso lugar na glória de Deus, proclamadores das verdades insondáveis do Senhor. Deus nos constituiu como embaixadores, pregadores da sua glória intrínseca, mas através da nossa vida devemos glorificá-lo perante os olhos do mundo, fazemos parte, portanto, da glória explícita de Deus.

c) é uma abominável ingratidão.


Efeitos:


a) priva a alma de muitas graças (não há aumento da graça santificante e não se recebe graças atuais, vide catequese I e II)
b) diminui progressivamente o fervor (que se refere a intensidade, mas não unicamente emocional mas principalmente de reta intenção, pura devoção e fidelidade, coração capazes de adorar, a isso o Senhor se refere ao dizer "adoradores em espírito e em verdade").
c) predispõe a alma para o pecado mortal!
d) terrível expiação no Purgatório!


"A ruína da alma vem da multiplicação dos pecados veniais, que causam a diminuição das luzes e inspirações divinas, das graças e consolações interiores, do fervor e coragem para resistir aos ataques do inimigo - donde se segue a cegueira, a fraqueza, as quedas frequentes, o hábito, a insensibilidade; porque , uma vez contraída essa enfermidade, peca-se sem sentimento do próprio pecado"
(P. L. Lallemant, jesuíta)


 Devocional | Calendário de Leitura Bíblica  | Plano de Vida Espiritual | Cursos 

Clube de Leitura Conjunta | Salus in Caritate Podcasts


Newer Posts
Older Posts

Visitas do mês

"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




"Quem ama a disciplina, ama o conhecimento" - Provérbios 12, 1

Abas Úteis

  • Sobre Ana Paula Barros, Portifólio Criativo Salus e Contato Salus
  • Projetos Preceptora: Educação Católica
  • Educa-te: Paideia Cristã
  • Revista Salutaris
  • Salus in Caritate na Amazon
  • Comunidade Salutares: WhatsApp e Telegram Salus in Caritate
"A língua dos sábios cura" - Provérbios 12, 18

Arquivo da década

  • ►  2025 (15)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (4)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (6)
  • ►  2024 (48)
    • ►  dezembro (16)
    • ►  novembro (4)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (6)
    • ►  agosto (2)
    • ►  julho (1)
    • ►  junho (1)
    • ►  maio (3)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (3)
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (4)
  • ►  2023 (64)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (2)
    • ►  outubro (7)
    • ►  setembro (5)
    • ►  agosto (10)
    • ►  julho (7)
    • ►  junho (8)
    • ►  maio (5)
    • ►  abril (3)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (6)
  • ►  2022 (47)
    • ►  dezembro (4)
    • ►  novembro (5)
    • ►  outubro (8)
    • ►  setembro (14)
    • ►  agosto (1)
    • ►  junho (2)
    • ►  abril (2)
    • ►  março (5)
    • ►  fevereiro (4)
    • ►  janeiro (2)
  • ►  2021 (123)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (5)
    • ►  outubro (16)
    • ►  setembro (7)
    • ►  agosto (12)
    • ►  julho (7)
    • ►  junho (7)
    • ►  maio (10)
    • ►  abril (11)
    • ►  março (8)
    • ►  fevereiro (13)
    • ►  janeiro (25)
  • ►  2020 (77)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  novembro (7)
    • ►  outubro (8)
    • ►  setembro (7)
    • ►  agosto (8)
    • ►  julho (9)
    • ►  junho (10)
    • ►  maio (7)
    • ►  abril (6)
    • ►  março (8)
    • ►  janeiro (5)
  • ▼  2019 (80)
    • ►  dezembro (43)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (3)
    • ▼  setembro (4)
      • Gotas de Tomismo I| Nosso Deus (São Tomás de Aquino)
      • Meditações de Santo Afonso Maria de Ligório
      • Sendo Católico: Quando Satanás zomba de uma alma?
      • Sendo Católico: Quando satanás avança numa alma?
    • ►  agosto (3)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (3)
    • ►  maio (5)
    • ►  abril (1)
    • ►  março (10)
    • ►  fevereiro (3)
    • ►  janeiro (2)
  • ►  2018 (21)
    • ►  dezembro (3)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (1)
    • ►  setembro (1)
    • ►  agosto (6)
    • ►  junho (5)
    • ►  maio (1)
    • ►  março (1)
    • ►  fevereiro (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2017 (18)
    • ►  dezembro (4)
    • ►  novembro (1)
    • ►  outubro (3)
    • ►  agosto (3)
    • ►  julho (2)
    • ►  junho (2)
    • ►  maio (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2016 (13)
    • ►  dezembro (2)
    • ►  outubro (3)
    • ►  setembro (2)
    • ►  agosto (1)
    • ►  julho (1)
    • ►  abril (1)
    • ►  fevereiro (2)
    • ►  janeiro (1)
  • ►  2015 (1)
    • ►  dezembro (1)

Temas Tratados

  • A Mulher Católica (77)
  • Arte & Literatura (43)
  • Biblioteca Digital Salus in Caritate (21)
  • Cartas & Crônicas & Reflexões & Poemas (59)
  • Celibato Leigo (6)
  • Cronogramas & Calendários & Planos (10)
  • Cultura & Cinema & Teatro (7)
  • Devoção e Piedade (117)
  • Devoção: Uma Virtude para cada Mês (11)
  • Educação e Filosofia (76)
  • Estudiosidade (23)
  • Livraria Digital Salus (3)
  • Plano de Estudo A Tradição Católica (1)
  • Plano de Leitura Bíblica com os Doutores da Igreja (56)
  • Podcasts (1)
  • Total Consagração a Jesus por Maria (21)

Formulário de contato

Nome

E-mail *

Mensagem *


Popular

  • Recém convertido ao Catolicismo: por onde começar
    Recém convertido ao Catolicismo: por onde começar
  • O que toda mulher católica deve saber sobre o Piedoso uso do Véu na Santa Missa
    O que toda mulher católica deve saber sobre o Piedoso uso do Véu na Santa Missa
  • Como montar o seu Altar Doméstico
    Como montar o seu Altar Doméstico
  • Acervo Digital Salus: Plano de Leitura Bíblica 2025 (Calendário Inteligente Antigo e Novo Testamento) + Comentários dos Doutores da Igreja
    Acervo Digital Salus: Plano de Leitura Bíblica 2025 (Calendário Inteligente Antigo e Novo Testamento) + Comentários dos Doutores da Igreja
  • Sedes Sapientiae: Cronogramas para a Total Consagração à Santíssima Virgem Maria 2025
    Sedes Sapientiae: Cronogramas para a Total Consagração à Santíssima Virgem Maria 2025
  • Resumão: Macabeus (I e II)
    Resumão: Macabeus (I e II)
  • Resumão: Livro de Ageu
    Resumão: Livro de Ageu
  • Ancorados no Senhor
    Ancorados no Senhor
Ana Paula Barros| Salus in Caritate. Tecnologia do Blogger.

Ana Paula Barros SalusinCaritate | Distribuido por Projetos Culturais Católicos Salus in Caritate