Hoje é dia 31 de outubro, um dia após as eleições de 2022 para Presidente da República. O eleito no pleito foi o Lulalá. Ontem, ao ser constatada a vitória matemática, alguns fogos foram escutados em meio a um silêncio sepulcral. E hoje é, convenientemente, dia das bruxas.
Choveu pela manhã, e eu acabei de escrever um texto. São 8h12. Não tomei café ainda. Estou pensando.
As pessoas falaram muito sobre Cuba e Venezuela nesses últimos anos. Ontem, acabei encontrando, ao acaso, um canal de uma cubana que está em Cuba, vlogando a vida real cubana. Ela é muito fofa, é engenheira e ganha 78 dólares por mês. Bem, achei importante a existência dela na internet e oportuno encontrá-la. Pena que ela nunca recebeu o benefício do dinheiro que saiu daqui.
Existe o medo de nos transformarmos em Cuba ou Venezuela. É sempre possível. Mas o Brasil tem uma tendência a imitar os Of Course ou o Xinguilingui. A aproximação do Brasil com o Xinguilingui sempre foi valorizada nos governos petecas, e parece que irão se unir até que se tornem um mar vermelho — e nós tenhamos que pedir a Deus para abri-lo.
A ação Xinguilingui é: moderna, rica, tecnológica e adepta de uma ditadura digital para a “proteção” de todos. Desde aplicativos que pontuam sua “qualidade de cidadão”, analisando se você passa na faixa, o que compra durante a semana etc.; até localizadores no celular (vem de fábrica). Tudo culmina no sistema interno e independente de internet que “filtra” informações externas. Todos vivem numa redoma tecnológica moderna.
Se eu fosse apostar, apostaria nessa réplica abrasileirada: alienação, desinformação e o mundo da Luluzinha ampliado (e agora esse termo que uso há anos tomou um significado a mais). Ninguém sabe o que acontece, as informações não chegam, propagandas do governo lindas e sorridentes na TV. Novela, propaganda, novela, propaganda e plim plim. Pronto.
Somado a isso, os youtubers de esquerda que viajam para o exterior três vezes ao ano e passam o réveillon fora do país dirão que o dólar baixou, que podem comprar, que está tudo maravilhoso. Também existe a valorização da ancestralidade, das regiões do país etc., o que atrai muita gente — principalmente as que viajam três vezes ao ano para fora do país.
Mas ainda existe a cogitação do meu pai — que é progressista, veja bem — ele acha que a Luluzinha será pega e o Alquimista irá finalmente sentar na cadeira presidencial. Chutes. Eu também chuto que, depois do desenrolar, quem pega a cadeira é a Tablet. Afinal, é um jogo de peteca.
Bem, agora são 8h30. Vamos seguir a vida.