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Salus in Caritate

 

Devocional Do Dom correspondente à Virtude da Temperança


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A Virtude da Temperança é responsável por moderar os prazeres e manter os apetites sujeitos aos ditames da razão. Existem espécies da Virtude da Temperança, por assim dizer, são elas: a abstinência (que combate a gula), a sobriedade (que combate a embriaguez) e a castidade (que combate a luxúria). Todas estas são formas de uma mesma virtude, a Virtude Cardeal (ou também chamada Moral) da Temperança. 


Também devemos lembrar que Moralidade, segundo São Tomás, são os atos e comportamentos que nos levam ao Sumo Bem, ou seja. Deus. Portanto, os atos que nos afastam de Deus são imorais e podemos afirmar que o caminho moral (atos e comportamentos), que nos leva a união como Senhor, é formado pelas pedras das virtudes. 


As Virtudes Morais (ou também chamadas Cardeais, sendo elas a Justiça, a Perseverança, a Fortaleza e a Temperança) não somente geram outras virtudes, mas também só podem ser vivenciadas conforme os nossos esforços, dependendo, portanto, da nossa disponibilidade e decisão para crescer. 


Ligadas às Virtudes Cardeais estão as Virtudes Anexas (que se referem a áreas especificas do comportamento e que são mais fáceis de se praticar; elas nos levam a prática da Virtude Cardeal a qual está ligada). 


As Virtudes Anexas ligadas à Temperança (e suas formas já citadas) são: a Continência (que combate a incontinência), a Mansidão e a Clemência (que combate a ira e a crueldade), a Modéstia (que combate o orgulho). 


Também estão anexas à Virtude da Temperança pelo influxo poderoso da Virtude da Modéstia outras três virtudes: a Humildade, a Estudiosidade e a Modéstia propriamente dita ( que se refere a veste e ao comportamento). 


Como se vê, bem florido é o jardim desta Virtude Cardeal. No entanto, também devemos apontar que, em socorro ao esforço que a alma faz para viver debaixo dessa cascata da Graça, Deus faz germinar e crescer um Dom do Espírito Santo já semeado na alma no Batismo, neste caso é o Dom do Temor. 


O Dom do Temor fortifica a alma e a eleva na vivência da Virtude Teologal da Esperança e também na Virtude Cardeal da Temperança. Sua ação ocorre da seguinte forma: enquanto se relaciona a Virtude da Esperança age na alma que reverencia a Deus e evita as ofensas em consideração à Sua Grandeza Infinita; já no que se refere a Virtude da Temperança o Dom inspira um grande respeito à Majestade Divina que a alma procura não incorrer nos pecados com que os homens ofendem a Deus com frequência, como acontece no abuso dos prazeres ( ou seja, o zelo inspirado pelo Dom do Temor faz com que alma busque fazer mais do que evitar somente as ofensas pessoais a Deus, mas também procura não incorrer nos pecados que a humanidade, em geral, O ofende com tanta liberalidade, neste ponto o ato toma uma nota de Reparação à Majestade Divina). 


Dado o objetivo bastaria a Virtude da Temperança (em sua formas e virtudes anexas) para o executar, no entanto, a eficiência é menor (pois, é movido pela razão e pela fé). Quando o ato é movido pelo Dom do Temor a alma recebe uma moção pessoal e onipotente do Espírito Santo que lhe permite manter refreados os impulsos da carne que a Virtude da Temperança combate (a saber a luxúria, a gula, a embriaguez, a incontinência, a ira, o orgulho, a curiosidade e também as ações exteriores desordenadas, desarmônicas e despudoradas - o mau comportamento, os gestos desmedidos, os maus modos e a vestimenta). 


Não devemos amar o Senhor somente com palavras mas também com ações. 





Reparação ao Coração do Senhor


Dulcíssimo Jesus, cuja infinita caridade para com os homens é deles tão ingratamente correspondida com esquecimentos, friezas e desprezos, eis-nos aqui prostrados, diante do vosso altar, para vos desagravar-mos, com especiais homenagens, da insensibilidade tão insensata e das nefandas injúrias com que é de toda parte alvejado o vosso dulcíssimo Coração. Reconhecendo, porém, com a mais profunda dor, que também nós, mais de uma vez, cometemos as mesmas indignidades, para nós, em primeiro lugar, imploramos a vossa misericórdia, prontos a expiar não só as próprias culpas, mas também as daqueles que, errando longe do caminho da salvação, ou se obstinam na sua infidelidade não Vos querendo como pastor e guia, ou, faltando às promessas do batismo, sacudiram o suavíssimo jugo da vossa santa Lei.

De todos estes tão deploráveis crimes, Senhor, queremos nós hoje desagravar-vos, mas particularmente dos costumes e imodéstias do vestir, de tantos laços de corrupção armados à inocência, da violação dos dias santificados, das execrandas blasfêmias contra Vós e vossos santos, dos insultos ao vosso vigário e a todo o vosso clero, do desprezo e das horrendas e sacrílegas profanações do Sacramento do divino Amor, e enfim, dos atentados e rebeldias oficiais das nações contra os direitos e o magistério da vossa Igreja.

Oh, se pudéssemos lavar com o próprio sangue tantas iniqüidades! Entretanto, para reparar a honra divina ultrajada, vos oferecemos, juntamente com os merecimentos da Virgem Mãe, de todos os santos e almas piedosas, aquela infinita satisfação que Vós oferecestes ao Eterno Pai sobre a cruz, e que não cessais de renovar todos os dias sobre os nossos altares.

Ajudai-nos, Senhor, com o auxílio da vossa graça, para que possamos, como é nosso firme propósito, com a viveza da fé, com a pureza dos costumes, com a fiel observância da lei e caridade evangélicas, reparar todos os pecados cometidos por nós e pelos nossos próximos, impedir por todos os meios novas injúrias à vossa divina Majestade e atrair ao vosso serviço o maior número de almas possível.

Recebei, oh! benigníssimo Jesus, pelas mãos de Maria Santíssima Reparadora, a espontânea homenagem deste nosso desagravo, e concedei-nos a grande graça de perseverarmos constantes até á morte no fiel cumprimento dos nossos deveres e no vosso santo serviço, para que possamos chegar todos à Pátria bem-aventurada, onde Vós, com o Pai e o Espírito Santo, viveis e reinais, Deus, por todos os séculos dos séculos. Assim seja.


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Devocional 80 Virtudes Anexas à Temperança 4 A Virtude da Modéstia propriamente dita e a Eutrapélia


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A última virtude anexa à Temperança por influência da Modéstia é a virtude da Modéstia propriamente dita, a primeira é a Humildade e a segunda a Estudiosidade (devocional aqui e aqui). 


A virtude da modéstia é a ápice da perfeição dos movimentos afetivos, cujo o resultado é que todas as ações exteriores (movimentos, gestos, palavras, tom de voz, atitudes e etc), convenham ao decoro da pessoa e se acomodem às suas circunstâncias, estado e situação, de forma que nada destoe, senão que resplandeça em tudo a mais perfeita harmonia. Nesse conceito a modestia se relaciona à amizade ou afabilidade (devocional sobre aqui) e com a verdade (devocional sobre aqui). 


Pertencem também à virtude da Modéstia os atos relacionados com o jogo, as diversões e os recreios; e neste caso toma a virtude da modéstia o nome de eutrapelia, ou virtude que preside às diversões e aos recreios, evitando que se peque seja por excesso, seja por defeito. 


Assim como também está a cargo da virtude da Modéstia a maneira de se vestir e neste sentido se chama rigorosamente modéstia, que consiste em não ter afeição a vestes faustosas e caras, nem ostentar vestes desalinhadas e desleixadas. Logo pecam contra a Modéstia as pessoas escravas de exageros e das modas. 



"Se amanhã o mundo não desejar permanecer para sempre enterrado na sombra da morte, ele terá que se ocupar em reparar as suas perdas, reconstruir as ruínas. Nesse momento você deve colaborar, Juventude Católica! E que maravilhosos empreendimentos aguardam a sua colaboração! Para reconstruir a sociedade sobre uma base cristã; para pôr em estima e honra o Evangelho e sua moral; para renovar a vida da família, restaurando ao matrimônio a sua coroa – sua dignidade sacramental, e ao marido e à mulher o sentido de suas obrigações e a consciência de sua responsabilidade; para estabelecer em toda a sociedade a noção genuína da autoridade, da obediência, do respeito pela lei, dos direitos e deveres recíprocos do homem. Esse é o seu amanhã.


Vocês que piedosamente vestem o altar e o sacrário nunca devem esquecer que carregam Deus dentro de si pela habitação da graça em suas almas. Essa presença divina faz não só suas almas, mas também seus corpos, templos sagrados. O apóstolo Paulo escreveu em sua primeira epístola aos Coríntios: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” Certamente vocês sabem que vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós. E que Ele é dom de Deus para vós, de forma que vós já não vos pertenceis”  (I Cor 6, 15.19). 

 

Moda e modéstia devem andar de mãos dadas como duas irmãs, porque ambas as palavras têm a mesma etimologia: elas derivam do latim “modus”, significando a medida certa, e qualquer desvio em uma direção ou outra é considerada não reta, não razoável (Horace Sermones, I, 1, 106-107). Mas a modéstia não é algo apartado da moda. Muitas mulheres, como pobres, tolas criaturas que perdem o instinto de autopreservação e a ideia de perigo, e então jogam-se em incêndios e rios, têm esquecido a modéstia cristã por causa da vaidade e da ambição: caem miseravelmente em perigos que podem significar a morte de sua pureza. Elas entregam-se à tirania da moda, mesmo que a moda seja indecente, de forma a não parecer nem mesmo suspeitarem que isso é inconveniente. Elas perderam o próprio conceito de perigo: elas perderam o instinto de modéstia.


Ajudar essas mulheres infelizes a reconhecer suas obrigações morais será o seu apostolado, a sua cruzada em todo o mundo: “Seja a vossa modéstia conhecida de todos os homens” ( Fil 4, 5 N.T. No original “modestia vestra nota sit omnibus hominibus Dominus prope”.)


Seu apostolado será realizado, acima de tudo pelo bom exemplo. Será o dever de seu amado Presidente, de seus líderes sábios, ensinar-lhes que antes de vocês colocarem um vestido, vocês devem se perguntar o que Jesus Cristo iria pensar disso; eles vão avisá-las que, antes de aceitar um convite, vocês devem considerar se o seu invisível guardião celestial poderá acompanhá-las, sem cobrir seus olhos com suas asas; eles vão dizer-lhes quais teatros, quais companhias, quais praias evitar; eles vão mostrar a vocês como uma garota pode ser moderna, culta, esportiva, cheia de graça, naturalidade e distinção, sem ceder a todas as vulgaridades de uma moda doentia, mas preservando uma aparência que não tem artificialidades, assim como a alma que essa aparência reflete, um semblante sem sombra, quer interior quer exterior, mas sempre reservado, sincero e franco. Recomendamos, acima de tudo, rezar para a corajosa e ativa defesa de sua pureza. Recomendamos especialmente a devoção à Eucaristia e à Virgem Maria Imaculada, a quem vocês estão consagradas.


S.S. Pio XII
Alocução às Meninas da Ação Católica,
6 de outubro de 1940
(Papal Teaching, The Woman in the Modern Word, St. Paul Editions, 1958)



Oração


Senhor, agradeço por ter me criado e me dado a graça do batismo e da catolicidade; sou grata pelo Vosso influxo de amor e o poder da da Tua Palavra que sustenta a minha vida e o universo. Peço que me ajude a crescer nas virtudes, que as sementes das virtudes que recebo nas Santas Comunhões e os dons do Espírito que recebi no Batismo cresçam em plenitude, apesar de mim mesmo. Ajuda Senhor a viver a Verdade do Evangelho, a perceber as mentiras que me cercam como leões, que a Vossa Luz me mostre a alegria de ser Filho de Deus. 

Como Filho de Deus renuncio às modas e tudo quanto não condiz com o que o Senhor deseja para mim. 

Ó Santíssima Virgem Maria, peço que mate em mim o velho Adão (velha Eva), esfole as minhas imperfeições, limpe as manchas que o pecado deixou em mim e me apresente conforme o gosto de Deus. Ó Mãe Bendita destroe, desarraiga e aniquila em mim tudo o que desagrada a Deus. 


Alcança-me a graça de viver a doce radicalidade do Evangelho, que as vaidades do mundo, as mentiras sobre a virtude, as distorções dos espíritos mornos não me enganem. O Senhor merece o melhor que posso fazer, mas ajuda-me a lutar, a iniciar e a permanecer até o fim.  


Eu escolho escutar somente a voz de Jesus e Maria. Na minha vida o Senhor Jesus e Seus Santos Pensamentos, reinam!


Meu Santo Anjo da Guarda, Ó Santíssima Virgem Maria, fazei-me fazer a vontade de Deus. 





Para ler outros textos precisos basta clicar nos títulos abaixo. 


(basta clicar no titulo para acessar o material, aconselho a verificar as referências dos textos para incluí-los em seus estudos, cruzando as referências)
E-books de apoio de minha autoria ou participação:

Modéstia da Teoria à Prática (aqui)

Guia "definitivo" sobre Modéstia (aqui)

Modéstia: O Caminho da Beleza e da Santa Ordem (aqui)


Pronunciamentos Papais e da Sagrada Congregação do Concílio: 

1. Cruzada pela pureza, por S. S. Pio XII

2. Moda e modéstia, por S. S. Pio XII

3. O vestuário pode denegrir a pessoa, por S. S. Pio XII

4. Papa Bento XV fala sobre moda

5. Problemas morais nos estilos da moda, por S. S. Pio XII

6. Carta aos bispos: Imodéstia nas modas contemporâneas, pela Sagrada Congregação do Concílio aos Bispos do mundo

7. Carta da Congregação do Concílio sobre modéstia, pelo Cardeal Donato Sbaretti


Pronunciamento de Santos

1. Vestida com dignidade, por São Francisco de Sales

2. Modéstia aos olhos, por Santo Afonso Maria de Ligório

3. As excelências da mortificação, por Santo Afonso Maria de Ligório

4. As nossas conversas, por São Francisco de Sales

5. Honestidade das palavras e respeito que se deve ao próximo, por São Francisco de Sales

6. Da prática da caridade nas palavras, por Santo Afonso Maria de Ligório

7. Modéstia ao assistir à Santa Missa, por São Leonardo de Porto Maurício

8. Imodéstia - Noiva do diabo, por São Leonardo de Porto Maurício

9. Padre Pio insistiu na modéstia

10. Adorno de modéstia e sobriedade: Pe. Pio na luta pela modéstia

11. Modéstia por São Tomás de Aquino: Suma Teológica, II-II, qq. 160 e 168-170


Pronunciamento de Cardeais, Bispos, Monsenhores, Cônegos e Padres

1. Pureza interior, pelo Cardeal Mindszenty

2. Uso do véu / Modéstia no vestir, por Dom Antônio de Castro Mayer

3. O valor do pudor, por Dom Tihamér Tóth

4. Soldados da pureza, por Dom Tihamér Tóth

5. O sentido da vista / Modéstia: Baluarte que nos protege a débil virtude, pelo Cônego Augusto Saudreau

6. Praias e piscinas / Dança, pelo Padre Ricardo Félix Olmedo

7. As vestes à luz da Bíblia Sagrada, pelo Padre Elcio Murucci

8. Maria - Modelo acabado do mundo feminino, pelo Padre Hardy Schilgen

9. Modéstia no vestir - Cuidado com a moda!, pelo Padre Hardy Schilgen

10. Acerca da decência no vestuário, pelo Abade A. Bayle

11. A modéstia: I - No porte e nos olhares / II - Nas conversas e recreios, pelo Padre F. Maucourant

12. Modéstia do corpo, pelo Padre Adolph Tanquerey

13. Castidade / Modéstia / Castidade do coração, pelo Padre Gabriel de Santa Maria Madalena

14. As modas indecentes e a Maçonaria, por Dom Tomás de Aquino

15. Vestidas com o sol, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

16. Eu e minha toilette... Algemas da moda!, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

17. Heroínas do pudor, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

18. Inculcar nas crianças a modéstia nos trajes: um dever de mãe!, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

19. Relatividade do pudor?, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

20. Com teus vestidos, pelo Padre Geraldo Pires de Souza

21. Pequeno catecismo do namoro, pela FSSPX

22. A sensualidade e o dano intelectual, pelo Padre Gillet

23. Grandes tesouros para a donzela cristã: modéstia e humildade, pelo Padre J. Baetman

24. Sois cristã: tendes, pois, uma fé que deve irradiar, pelo Padre J. Baetman

25. Moda: uma trama diabólica, pelo Padre J. Baetman

26. O coquetismo, pelo Padre J. Baetman

27. Ornamentos da donzela cristã: firmeza / brandura / altruísmo, pelo Padre Matias de Bremscheid

28. Vaidade feminina, pelo Padre Manuel Bernardes

29. Ambição e moda, pelo Padre Luis Chiavarino

30. Conversas, pelo Frade Frutuoso Hockenmaier

31. Palavras torpes e indecentes, pelo Padre Manuel Bernardes

32. Sermões de São João Maria Vianney - O cura D'Ars

33. Lembrete de algumas regras de modéstia cristã, pelo Monsenhor Bernard Fellay




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Devocional 79: Virtudes Anexas à Temperança: A Virtude da Estudiosidade e o vício oposto a Curiosidade
Pintura por: Emily Bobovnikoff, The charm of youth


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A Virtude da Estudiosidade é a segunda virtude anexa á Temperança por influência da Virtude da Modéstia (primeira é a Humildade), ela preside e modera a afeição ao estudo e ao desejo de saber. 


As virtudes anexas são as virtudes morais que estão diretamente ligadas a uma das quatro virtudes cardeais. Elas giram em torno das cardeais abrindo um leque de riquezas na alma, que se torna capaz de agir bem. Além disso, essas virtudes preparam a alma para os atos mais elevados que são próprios às virtudes cardeais e teologais. Por prepararem a alma são mais fáceis que as virtudes cardeais ou teologais. 

O vício oposto à Virtude da Estudiosidade é a Curiosidade, este vício consiste no desejo imoderado de saber o que nos não interessa (saber por saber), ou que nos pode ser prejudicial. Este pecado é cometido com bastante frequência; quer na aquisição de toda classe de conhecimentos, quer na aquisição daqueles que só podem servir para procurar prazeres para os sentidos e fomentar as paixões. 


Portanto, é pecado de curiosidade assistir de forma desmedida (em excesso, sem limites de tempo e padrão de qualidade) à leitura, principalmente novelas e romances que incitam a sensualidade, assistir à festas profanas e espetáculos de teatro, cinema e outros da mesma categoria, já que costumam ser também pecado de luxúria  e sensualidade. 


Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás



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Devocional 78 Virtudes anexas a Virtude da Temperança 3 A Modéstia e a Humildade e seus Vícios Opostos

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A última Virtude anexa à Virtude da Temperança é a Modéstia. 


A Virtude da Modéstia serve para refrear e moderar o apetite em matérias mais fáceis do que as da Temperança, da continência, da clemência e da mansidão. 


Logo, a Virtude da Modéstia exerce o seu influxo sobre: 

- o desejo imoderado de grandezas, de saber e aprender; 

- sobre as ademanes (gestos afetados e trejeitos, gestos bruscos e inadequados) 

- movimentos do corpo e a maneira de vestir. 


Quando a virtude é deputada para regular os movimentos afetivos em cada uma destas matérias ganham o nome de: 

- humildade (combate o desejo de grandeza), 

- estudiosidade (combate o desejo de saber e aprender sem fruto ou edificação) 

- modéstia (combate as ademanes, regula os movimentos do corpo e a maneira de vestir)



Virtudes anexas à Temperança por influência da Modéstia: A Humildade


A Humildade é a primeira Virtude anexa à Temperança por influencia da Modéstia. 


A Virtude da Humildade inclina o homem a reprimir e disciplinar a ambição de honras e grandezas, de forma que não queira, nem procure senão as correspondentes à hierarquia em que Deus o colocou. 


O vício oposto a humildade é a soberba e o orgulho. 


O vício da soberba consiste em que o homem se inclina a dominar e submeter tudo ao seu capricho, considerando-se superior a tido quanto o rodeia. 


É um vício especial pois tem como fim o desejo de dominar e sobressair-se, sem levar em consideração a subordinação e o respeito devidos a Deus; e é geral, porque este mesmo desejo é aproveitado por todos os outros pecados. 


Este é o mais grave de todos os pecados, porque envolve desprezo direto de Deus e, neste conceito, aumenta a gravidade de todos os outros, qualquer que seja o que tenham por si mesmos. 


Este foi o pecado de nossos primeiros pais, Adão e Eva. Pois, o estado de inocência era acompanhado do dom da integridade, em virtude do qual todas as potências e faculdades guardavam perfeita subordinação, enquanto o espírito permanecesse sujeito a Deus; logo, para romper o equilíbrio foi necessário que a razão sacudisse o jugo divino, obtendo uma independência que não lhe pertencia, e nisto consiste o pecado de soberba. 


Os pecados do naturalismo e laicismo, tão difundidos depois da "Reforma" Protestante, da Renascença Pagã e da Revolução Francesa, são pecados de soberba, e daí provém a sua gravidade, por serem a reprodução do grito de rebelião que proferiram, primeiro, Satanás e os seus anjos, e, depois, os nossos primeiros pais. 


Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás



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Devocional 77| Virtudes anexas a Virtude da Temperança 2: Clemência e Mansidão e seus Vícios Opostos



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A Clemência e a Mansidão são duas virtudes anexas à Virtude Cardeal da Temperança, e portanto, são mais fáceis. A primeira se destina a moderar os castigos que hajam de impor-se, para que não se excedam os limites da justiça. A segunda é destinada a moderar os movimentos interiores da ira. 


No entanto, a clemência não se opõem à severidade, nem a mansidão à vindicta (é a virtude que nos orienta a reparar o dano ou o mal cometido), porque não têm o mesmo objeto e também porque, por caminhos distintos, propendem para o mesmo fim. 


Os vícios que se opõem à clemência e à mansidão são: a ira, a crueldade e a ferocidade. 


A ira é um movimento do apetite irascível, que nos arrasta a tirar vingança, sem motivo, ou contra a ordem e a razão. A ira compreende três espécies: 

- a cólera dos violentos, que se irritam pelo motivo mais insignificante; 

- a cólera dos rancorosos, que guardam por muito tempo a recordação das injúrias;

- a cólera dos obstinados, que não descansam enquanto não tiram vingança. 


A ira é um pecado capital, porque seu fim, a vingança, com aparência de justa reparação, seduz com facilidade os homens. 


As filhas da ira são: a indignação, a vociferação, a blasfêmia, a injúria e a rixa. 


Entretanto, existe um vício contrário a ira, pois é oposto à clemência e à mansidão por deficiência,  é o vício da apatia e a da indolência, que se revelam em deixar impunes faltas que merecem corretivo. 


A crueldade, por sua vez, é a dureza da alma, que se manifesta na imposição de castigos ou penas injustas e irracionais. 


Já a ferocidade, consiste numa alegria e complacência selvagens, brutais e desumanas, nos sofrimentos do próximo, não os considerando como castigos merecidos, senão como meio de satisfazer rancores, ou objeto de diversão. A ferocidade opõe-se diretamente à virtude da piedade. Esses excessos, ainda que pareçam incompreensíveis, são possíveis, a história nos atesta, povos aparentemente altamente civilizados que se divertiam com os horrores dos anfiteatros ou os horrores nazistas e comunistas. 


Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás



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Existem, além das virtudes que constituem tipos da virtude da temperança, as que se relacionam com ela como agregadas. São atos com objetivos mais dóceis e fáceis, são elas: a continência, a clemência, a mansidão e a modéstia.


A continência é a virtude de resistir aos encantos das paixões, com os olhos postos no dever. Essa virtude é chamada de imperfeita pois delimita a ação das paixões, encanto que uma virtude perfeita avassala e domina as paixões. 


O vício que se lhe opõem é a incontinência, que consiste em ceder à paixão e deixar-se por ela dominar e arrastar. 


Baseado no Catecismo da Suma Teológica de São Tomás de Aquino.




Oração pela Pureza



1. Coração Puríssimo de Maria, por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a não consentir, neste dia, em nenhum pensamento impuro. Ajudai-me, Senhora, a afastá-los logo.


Ave Maria...


2. Coração Puríssimo de Maria por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a não proferir, neste dia, palavra alguma indecente. Purificai, Senhora, a minha língua.


Ave Maria...


3. Coração Puríssimo de Maria por vosso amor e com vosso auxílio, estou resolvido a guardar, neste dia, especial modéstia em todas as minhas ações. Ó Senhora minha! Ó minha Mãe! Impetrai-me a graça de sempre e em tudo dar gosto ao vosso Puríssimo Coração.


Ave Maria...


Meu Jesus,


Fazei-me puro. Puro nos olhos, pensamentos e nas ações.
Fazei-me humilde, que eu sempre desconfie de mim mesmo e não me exponha ao perigo do pecado.
Fazei-me penitente, dai-me amor ao sofrimento; tanto sofrestes por mim, que quero sofrer por vós.
Fazei-me generoso, para que eu nada vos recuse e toda a minha seja vossa.
Fazei-me zeloso pela Glória de Deus e pela Salvação das almas
Meu Jesus, fazei-me obediente a Vós. 

Amém!





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"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




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