A Princesa e o Sapo

by - setembro 13, 2022




Uma vez, uma princesa teve que beijar um sapo. Bem, em poucos contos o príncipe, que é símbolo do corpóreo, do terrestre, e muitas vezes do Senhor, aparece de forma tão degradante.

Um homem ligado demais às coisas terrestres se torna animalesco e, além disso, asqueroso.

Lembra que a mulher simboliza a alma nos contos? O etéreo transforma em homem o que estava rebaixado ao asqueroso, longe de sua humanidade e muito mais de sua herança celeste.

Mas veja bem, o conto não mostra a feliz arte de apaixonar-se por um traste. Sinal disso é que a princesa não estava realmente apaixonada quando o beijou. Em algumas versões, trata-se de um ato de piedade depois que ela sabe toda a história. Ela queria ajudá-lo.

O conto demonstra o poder da influência feminina na edificação e formação do masculino. Existem transformações no homem que só a presença feminina pode gerar. Essa presença não precisa ser romântica, basta que exista e o sapo poderá se tornar um príncipe.

É um conto sobre a arte feminina de transmutar os sapos que nos cercam, muitas vezes somente existindo, desde que seja uma existência edificante.

Ps: alunos do Educa-te, esse pedacinho pode ser ligado aos livros que trabalhamos no ciclo dois do Clube do Livro Virtudes e Literatura + o Ciclo 1 do curso Mulher Católica, da quinta até a décima aula.

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1 comments

  1. Oie Ana, paz e bem, muito obrigada por essas reflexões através dos contos, gostei muitoooo.

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Olá, Paz e Bem! Que bom tê-lo por aqui! Agradeço por deixar sua partilha.

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Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora do livro: Modéstia. Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista. Totus Tuus, Maria (2015)

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