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Anjo dos Macabeus por Doré



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Livro dos Macabeus





Os macabeus (“martelos”) foram os integrantes de um exército judeu que assumiu o controle de partes da Terra de Israel, até então um Estado-cliente do Império Selêucida.

O Império Selêucida foi um Estado helenista que existiu após a morte de Alexandre, o Grande da Macedônia, cujos generais entraram em conflito pela divisão de seu império. Entre 323 e 64 a.C., existiram mais de 30 reis da dinastia selêucida.

O período helenístico refere-se ao período da história da Grécia e de parte do Oriente Médio compreendido entre a morte de Alexandre, o Grande, em 323 a.C., e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 146 a.C. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi a concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi neste período que as ciências particulares tiveram seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma.

Durante o período helenístico, foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente.

Os macabeus fundaram a dinastia dos Hasmoneus, que governou de 164 a 37 a.C., reimpuseram a religião judaica, expandiram as fronteiras de Israel e reduziram no país a influência da cultura helenística.

A dinastia dos asmoneus foi fundada sob a liderança de Simão Macabeu, duas décadas depois de seu irmão, Judas Macabeu (“Martelo”), derrotar o exército selêucida durante a Revolta Macabeia, em 165 a.C. (Guerra dos Judeus, Josefo).

O membro mais conhecido da dinastia foi Judas Macabeu, assim apelidado devido à sua força e determinação.

Os macabeus, durante anos, lideraram o movimento que levou à independência da Judeia e que reconsagrou o Templo de Jerusalém, que havia sido profanado pelos gregos. Após a independência, os hasmoneus deram origem à linhagem real que governou Israel até sua subjugação pelo domínio romano em 37 a.C.

O Reino Asmoneu sobreviveu por 103 anos antes de render-se à dinastia herodiana, em 37 a.C. Ainda assim, Herodes, o Grande, sentiu-se obrigado a se casar com uma princesa da casa dos asmoneus, Mariamne, para legitimar seu reinado, e participou de uma conspiração para assassinar o último membro homem da família dos asmoneus, que foi afogado em seu palácio, na cidade de Jericó.


Lista de reis e governantes hasmoneus:

  • Judas Macabeu (164-160 a.C.) - Liderou sua família e os rebeldes contra o Império Selêucida.
  • Jônatas Macabeu (160-143 a.C.) - Governou como sumo sacerdote.
  • Simão Macabeu (142-134 a.C.) - Governou como sumo sacerdote.
  • João Hircano I (134-104 a.C.)
  • Aristóbulo I (104-103 a.C.)
  • Alexandre Janeu (103-76 a.C.) - Primeiro Hasmoneu a tomar o título de rei, além de sumo sacerdote.
  • Salomé Alexandra (76-66 a.C.)
  • Aristóbulo II (66-63 a.C.) - Deposto pelos romanos. Seu irmão, João Hircano II, foi feito sumo sacerdote em seu lugar.
  • João Hircano II (63-40 a.C.) - Colocado no governo como sumo sacerdote pelos romanos.
  • Antígono (40-37 a.C.) - Deposto pelos romanos, foi eleito Herodes, o Grande como rei da Judeia.

Herodes, o Grande , foi um rei do território da Judéia, como representante (rei cliente) do Império Romano, entre 37 a.C. (Aryeh Kasher, Eliezer Witztum, Karen Gold (trad.), King Herod: a persecuted persecutor : a case study in psychohistory and psychobiography, Walter de Gruyter, 2007).


Descrito como “um louco que assassinou sua própria família e inúmeros rabinos” (Ken Spiro, History Crash Course: Herod the Great), Herodes é conhecido por seus colossais projetos de construção em Jerusalém e outras partes do mundo antigo, em especial a reconstrução que patrocinou do Segundo Templo, naquela cidade, por vezes chamado de Templo de Herodes. Alguns detalhes de sua biografia são conhecidos pelas obras do historiador romano-judaico Flávio Josefo.


Seu filho, Herodes Arquelau, tornou-se etnarca da Samaria, Judeia e Edom de 4 a 6 d.C., e foi considerado incompetente pelo imperador romano Augusto, que tornou o outro filho de Herodes, Herodes Antipas, soberano da Galileia (de 6 a 39 d.C.). Parte dessa história política pode ser vista no filme José, o Pai de Jesus (ano 2000, disponível na Amazon Prime) e também no livro A Sombra do Pai, indicado pelo Papa Francisco(você encontra aqui). Segundo o livro de Atos, Herodes morreu durante seu discurso em Cesareia, onde as pessoas o chamavam de deus. Então, um anjo o feriu, pois ele havia recebido a honra que apenas Deus merece, e ele morreu comido por vermes (Atos 12, 19-23).

Eleazar por Doré. Eleazar é um mártir judeu retratado em II Macabeus 6. O versículo 18 afirma que ele "se sentava no primeiro lugar entre os doutores da lei" . Ele tinha noventa anos quando morreu (v. 24).





O Livro dos Macabeus foi excluído do cânon judaico por ter sido escrito em grego e é chamado de “deuterocanônico” por alguns cristãos. É o registro histórico das lutas travadas contra os soberanos selêucidas para obter a liberdade religiosa e política do povo judeu. Seu título provém do apelido de Judas Macabeu que, por extensão, passou a designar também os seus irmãos.

Esses registros são divididos em quatro relatos, o primeiro e o segundo livro de Macabeus, como descrito abaixo:

O relato do primeiro livro dos Macabeus abrange quarenta anos, desde a ascensão de Antíoco IV Epifânio ao poder, em 175 a.C., até a morte de Simão e o início do governo de João Hircano em 134 a.C. Foi escrito em hebraico, mas só foi conservado numa tradução grega. Seu autor é um judeu palestinense, que compôs a obra depois do ano 134 a.C., mas antes da tomada de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C. As últimas linhas do livro indicam que ele foi escrito não antes do final do reinado de João Hircano, mais provavelmente pouco depois de sua morte, por volta de 100 a.C. O livro é considerado de grande valor histórico tanto para judeus e protestantes como para católicos.

O segundo livro dos Macabeus não é a continuação do primeiro. É, em parte, paralelo a ele, iniciando a narração dos acontecimentos um pouco antes, no fim do reinado de Seleuco IV, predecessor de Antíoco IV Epifânio, mas acompanhando-os apenas até Judas Macabeu. Isto não representa mais do que quinze anos e corresponde somente ao conteúdo dos capítulos 1 a 7 do primeiro livro.



Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação pela Pontifícia Universidade Católica. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural pela Academia de Belas Artes de São Paulo. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).





"Pitágoras foi o primeiro que chamou de filosofia ao estudo da sabedoria, preferindo ser conhecido como filósofo do que como sábio, pois antes dele os homens que se dedicavam a este estudo chamavam-se sofos, isto é, sábios. Mas é belo que ele tivesse chamado aos que buscam a verdade de amantes da sabedoria em vez de sábios, porque a verdade é tão escondida que por mais que a mente se inflame em seu amor e se disponha à sua busca, ainda assim é difícil que possa vir a compreender a verdade tal como ela é. Pitágoras, porém, estabeleceu a filosofia como a disciplina daquelas coisas que verdadeiramente existem e que são, em si mesmas, substâncias imutáveis.

A filosofia é o amor, o estudo e a amizade da sabedoria; não porém desta sabedoria que trata de ferramentas, ou de alguma ciência ou notícia sobre algum método fabril, mas daquela sabedoria que, não necessitando de nada, é uma mente viva e a única e primeira razão de todas as coisas. Este amor da sabedoria é uma iluminação da alma inteligente por aquela pura sabedoria e como que um chamado que ela faz ao homem, de tal modo que o estudo da sabedoria se nos apresenta como uma amizade daquela mente pura e divina. Esta sabedoria impõe a todo gênero de almas os benefícios de sua riqueza, e as conduz à pureza e à força própria de sua natureza. Daqui nasce a verdade das especulações e dos pensamentos, e a santa e pura castidade dos atos." (Hugo de São Vítor)











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Livro de Baruc






Filho de Nerias, irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36,4 ss). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51,59 ss), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruc as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor II - e Baruc foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43,3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43,6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruc o título de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32,8-12).


A obra tem por objetivo mostrar como era a vida religiosa daquele povo, seus cultos e tem o mérito de conservar o sentimento religioso dos israelitas dispersos pelo mundo todo após a ruína de Jerusalém e a perda de quase todas as suas instituições. Mostra como eles conservaram viva a consciência de ser um povo adorador do verdadeiro Deus. Ao mesmo tempo, mostra a consciência que tinham do desastre nacional: não atribuem tudo isso à infidelidade de Javé; ao contrário, reconhecem que os males se originaram por culpa deles próprios: estão assim porque desprezaram a palavra dos profetas, rejeitaram a justiça e a verdadeira sabedoria. Mas, ao lado dessa consciência de seus pecados, conservam uma viva esperança, pois acreditam que Deus não abandona o seu povo e continua fiel às promessas. Se houver arrependimento e conversão, poderão confiar no perdão divino: serão reunidos de novo em Jerusalém, que é para sempre a cidade de Deus.



Resumão do Livro de Baruc:



1. Capítulo 1,1-14: faz uma descrição da origem da obra, uma introdução (em prosa);
2. Capítulos 1,15 a 3,8: há confissão dos pecados de Israel (1:15-2:10) e suas orações, pedindo perdão (2,11-3,8), foi escrita originalmente em hebraico (em prosa), e desenvolve a oração de Dn 9,4-19.
3. Capítulos 3,9 a 4,4: Os profetas exortam o povo a parar de cometer erros e seguir os mandamentos dados (em poesia, no estilo dos livros sapienciais).
4. Capítulos 4,4 a 5,9: O povo recebe por meio dos profetas a promessa de que será liberto do cativeiro (em poesia).
5. Capítulo 6: Jeremias alerta os israelitas sobre os perigos da idolatria no cativeiro da Babilônia. Este livro é conhecido como "Epístola de Jeremias" e é um livro a parte na Septuaginta. Na Vulgata, base das bíblias católicas, é o capítulo 6 de Baruc.

Alguns capítulo dos livros de Baruc são conhecidos por nomes individuais:
Baruc 1: "Livro de Baruc";
Baruc 2: "Apocalipse Siríaco de Baruc. Os capítulos 78-87 são também conhecidos por "Carta de Baruc à tribo dos nove e meio".
Baruc 3: "Apocalipse Grego de Baruc ou ou apenas "Apocalipse de Baruc".
Baruc 4: "Paralipomena de Jeremias", que aparece como um livro a parte em diversos manuscritos antigos gregos, e significa "coisas deixadas de fora de [do livro de] Jeremias".







Resumão Eclesiástico + Comentários




Eclesiástico ou Sirácida é um dos livros deuterocanônicos da Bíblia, de composição atribuída a Jesus filho de Sirach (Jesus Ben Sirac ou Ben Sirá, ou, em grego Sirácida). O livro, formado por reflexões pessoais do autor, era comumente lido em templos cristãos, aliás o nome Eclesiástico (Livro da Igreja ou da Assembleia) provém do uso oficial que a Igreja cristã faz desse livro, em contraposição à Sinagoga judaica, que não o aceita como Palavra de Deus. Tal designação vem desde a época de São Cipriano de Cartago. O livro foi originalmente escrito em hebraico, entre 190 e 124 a.C., possui 51 capítulos e, posteriormente, foi traduzido para o grego por um neto de Jesus filho de Sirach, em 123 a.C.



No início do século II a.C., a Palestina passou do domínio dos Ptolomeus (Egito) para o dos Selêucidas (Síria). A fim de unificar o império, exposto a conflitos internos, os selêucidas promoveram uma política de assimilação, e procuraram impor aos povos dominados a cultura, a religião e os costumes gregos - um imperialismo cultural que ameaçava destruir a identidade cultural e religiosa dos dominados.

Parte dos judeus aceitava adaptar o judaísmo a uma civilização mais universal, entretanto outra parte buscava preservar a identidade e salvaguardar a fé e a vocação de Israel, testemunha do Deus vivo para todas as nações. Ben Sirac escreveu então este livro, uma espécie de longa meditação sobre a fidelidade hebraica. Ele procura reavivar a memória e a consciência histórica do seu povo, a fim de mostrar sua identidade própria e o valor perene de suas tradições. O autor, porém, não é intransigente, pois em seu livro mostra ter já assimilado diversos aspectos da cultura grega, iniciando o caminho de uma síntese que culminará no Livro da Sabedoria, ou seja, o livro dirige-se a todo aquele que queria se comportar como judeus em um mundo que mudava, trata-se de uma obra de um conservador lúcido, que quer preservar o essencial, sabendo que não se deve ignorara as situações novas.

O centro do livro está no cap. 24, em que o autor identifica a Sabedoria com a Lei de Moisés (24,23), presente nos cinco livros do Pentateuco que, em hebraico, se chamam Torá = Lei. Esta, na visão do autor, constitui a Sabedoria de Israel.

Com efeito, a narração toda do Pentateuco mostra a experiência básica de todo homem e de qualquer povo: a sabedoria que nasce da experiência concreta e conduz à vida.

São Jerônimo afirmava tê-lo conhecido em sua língua original.

Aproximadamente dois terços de uma antiga cópia do texto em hebraico provenientes de uma Sinagoga no Cairo foram encontrados em 1896.

Alguns fragmentos também foram encontrados nas grutas de Qumrã (Manuscritos do Mar Morto) e outros fragmentos foram encontrados em Massada.





Comentários e anotações segundo os consagrados trabalhos de Glaire, Knabenbauer, Lesêtre, Lestrade, Poels, Vigouroux, Bossuet etc. editado pela Editora das Américas, 1950.



Este livro denomina-se O Eclesiástico, tradução duma palavra grega, que significa "livro para uso da assembleia'. Na versão dos Setenta tem este outro: "Sabedoria de Jesus, filho de Sirac", título que indica o objeto e o autor do livro.


Não se sabe ao certo quem foi esse Jesus, pelos dados que o texto nos fornece sabemos ser homem versado na medicina, sacerdote, com larga cultura obtida em viagens, desempenhando funções elevadas na corte de um rei.


É incerta a época em que o autor do Eclesiástico viveu.


O seu livro fornece-nos um esclarecimento indicando-nos o nome do grande sacerdote judeu, Simão, filho de Ozias, mas esta indicação é insuficiente, porque são conhecidos dois grandes sacerdotes com o mesmo nome e a mesma filiação: Simão I, cognominado o justo, que viveu no tempo de Ptolomeu, no ano 290 A.C e Simão II, eleito pontífice magno quando Ptolomeu IV Filopator quis à força entrar no templo de Jerusalém. Os críticos divergem: uns têm o autor como contemporâneo do primeiro, outros do segundo.


O texto que possuímos é grego, mas foi composto em hebraico, como deduzimos do prólogo e também da tradição judaica. São frequentes no Talmud e no Midraschim as citações do Eclesiástico, feitas em hebraico. Há uma coleção de provérbios do Eclesiástico, e que são conhecidos pelo nome de "Ben Sira, do filho de Sirah". São Jerônimo atesta que viu o texto hebraico do Eclesiástico. Há ainda um outro argumento fornecido pelas passagens dificeis de empreender na tradução e que se explicam facilmente pelo original hebraico.


Sempre se considerou este livro como divinamente inspirado, o mais útil dos livros sapienciais, e uma das partes das Escrituras, cuja a leitura é mais útil. Os protestantes negaram a canonicidade do Eclesiástico, mas contra esta pretensão protesta a tradição universal e constante (De canonicis Scripturis decretum. Sess 4). Martini, célebre tradutor italiano e comentador da Bíblia, diz deste livro: "Aqui se encontram com singular abundância os ensinamentos mais puros e mais santos, adaptados aos homens, de todos os tempos e de todas as condições, etc". (Martini, Vecchio Testamento)


Partes do livro:


Prólogo - escrito pelo neto do autor

Primeira parte - compreende os primeiros 42 capítulos (até cap. 42, 14), podemos nomear esta parte como "tratado dogmático", o autor nos faz conhecer: 

1) Deus e seus atributos; 
2) a doutrina da predestinação, 
3) a inocência do homem antes da queda, 
4) a liberdade humana (Welte, Dictionnaire encyclopedique de la théologie catholique). 


Segunda parte - tem por objetivo o elogio de Deus, Criador. Compreende 3 pontos: 

1) Hinos a Deus, Criador da Terra, é como um resumo da teodicéia. 
2) Do elogio de Deus o autor passa aos justos, é um hino em honra dos patriarcas e dos santos do Antigo Testamento. 
3) Súplica final, agradecendo a Deus todos os benefícios que o autor recebeu. 



















Oração para a escolha do estado de vida (Devocionário O devoto de Santa Teresinha)




Ó Santa Teresinha do Menino Jesus, em vossas mãos entrego o negócio importantíssimo da escolha do meu estado. Ninguém, melhor do que vós, poderia inspirar-me e aconselhar-me; pois vós muito amais a minha alma e desejais que em mim e por mim seja Deus glorificado. 


Vós, que para seguir a voz de Deus que vos chamava ao claustro, suportastes mil penas internas e o sofrimento das contradições e dos atrasos externos; vós que, num só instante, vistes todos os vossos sonhos destruídos pela humana prudência, e todavia sempre achastes no fundo do vosso coração muita força para confiar unicamente em Deus, concedei-me a graça de poder conhecer, sem erro, a Divina Vontade e segui-la com todas as forças da minha alma. E, se para conseguir a minha vocação tivesse que passar, assim como vós por penas e tribulações, fortalecei a minha fé, robustecei a minha perseverança, sustenta a minha confiança em Deus, até ao completo triunfo da Divina Vontade. 


Ó minha Santa Conselheira, não me abandoneis, mas assisti-me neste gravíssimo negócio, do qual depende a minha eterna salvação e felicidade, e fazei com que, obedecendo perfeitamente ao chamado de Deus, eu possa alcançar, pelo caminho ao qual se dignará chamar-me, o último fim para que me criou. 


Amém.


Devocionário: O Devoto de Santa Teresinha do Menino Jesus (1927)

nas mão de Deus




Sou vossa, sois o meu Fim:
Que mandais fazer de mim?

Soberana Majestade
E Sabedoria Eterna,
Caridade a mim tão terna,
Deus uno, suma Bondade,
Olhai que a minha ruindade,
Toda amor, vos canta assim:


Que mandais fazer de mim?


Vossa sou, pois me criastes,
Vossa, porque me remistes,
Vossa, porque me atraístes
E porque me suportastes;
Vossa, porque me esperastes
E me salvastes, por fim:


Que mandais fazer de mim?

Que mandais, pois, bom Senhor,
Que faça tão vil criado?
Qual o ofício que haveis dado
A este escravo pecador?
Amor doce, doce Amor,
Vede-me aqui, fraca e ruim:


Que mandais fazer de mim?


Eis aqui meu coração:
Deponho-o na vossa palma;
Minhas entranhas, minha alma,
Meu corpo, vida e afeição.
Doce Esposo e Redenção,
A vós entregar-me vim:

Que mandais fazer de mim?
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"Pois o preceito é lâmpada, e a instrução é luz, e é caminho de vida a exortação que disciplina" - Provérbios 6, 23

Ana Paula Barros

Especialista em Educação Clássica e Neuro Educação. Graduada em Curadoria de Arte e Produção Cultural. Professora independente no Portal Educa-te (desde 2018). Editora-chefe da Revista Salutaris e da Linha Editorial Practica. Autora dos livros: Modéstia (2018), Graça & Beleza (2025).

Possui enfática atuação na produção de conteúdos digitais (desde 2012) em prol da educação religiosa, humana e intelectual católica, com enfoque na abordagem clássica e tomista.

Totus Tuus, Maria (2015)




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