Catequese com Contos Medievais 2: O Anjo que apagava os pecados

by - agosto 06, 2021

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CONTO

 O Anjo que apagava os pecados


S. João Clímaco foi Pai e Mestre do Mosteiro do Monte Sinai, no século VII. Naquele deserto viviam centenas de monges que passavam santamente a vida a rezar e a trabalhar. 

Certo dia chegou ao Mosteiro um rapaz. Bateu e abriram-lhe aquelas portas que para ninguém se fechavam. Dirigiu-se ao Superior, a quem disse: 

-- Meu Padre, sou um grande pecador, mas Deus tocou-me o coração. Venho arrependido, fazer penitência neste Mosteiro. Quero que o exemplo de tantos santos que aqui vivem me encoraje, a fim de me fazer santo também. Meu Padre, tenha pena de mim e receba-me no número dos seus servos.

 -- Meu filho, - respondeu S. João Clímaco - bendito seja Deus que te abriu os olhos para conheceres a gravidade das tuas culpas. Entra neste santo abrigo e procura com a oração e a penitência reparar os antigos erros. 

-- Meu Padre - acrescentou o jovem penitente - Deus lhe pague tanta caridade. Vou pedir-lhe um favor: quero que me dê licença de fazer uma confissão pública. Quero confessar todos os meus pecados diante destes piedosos monges. Ao ouvirem tantas misérias, terão compaixão de mim e rezarão pela minha perseverança.

S. João Clímaco julgou conveniente satisfazer os desejos daquele jovem arrependido, e mandou que os frades se reunissem na sala do convento. Já estão todos sentados nos bancos de madeira, as cabeças cobertas com os capuzes e as mãos escondidas nas mangas dos hábitos. O rapaz pôs-se de joelhos no meio da sala, e quando dos olhos brotaram duas lágrimas, começou a declarar os seus enormes desvarios. Havia naquele grande salão um altar e sentado ao seu lado encontrava-se um velho frade a quem todos veneravam como santo. Enquanto o pecador ia dizendo as suas faltas, o santo velhinho tinha os olhos cravados no altar, como se estivesse a contemplar alguma cena. E sorrindo com muita suavidade, dava sinais de grata surpresa. Acabada a confissão pública, os piedosos monges voltaram para a vida diária dando graças a Deus pela Sua misericórdia, que assim convertia os corações afundados no negro abismo dos pecados, fazendo brilhar neles a luz da santidade.

S. João Clímaco chamou à parte aquele santo velho que tinha estado todo o tempo a contemplar qualquer coisa no altar com os olhos radiantes de gaudio. E perguntou-lhe se o Senhor Deus o tinha favorecido com alguma visão. 

-- Sim, meu Padre - respondeu o velhinho - enquanto aquele jovem penitente ia declarando suas faltas confessando-as com tantas lágrimas, contemplei um Anjo no altar. Tinha um livro na mão no qual estavam escritos todos os desmandos daquele jovem. À medida que ele os ia declarando, vi que o Anjo os apagava com a sua mão bendita. E o livro ficou limpo e branco, como a alma daquele pecador arrependido. 

S. João Clímaco chamou o rapaz e contou-lhe aquela graça, para que assim aumentasse a sua consolação e a confiança na misericórdia de Deus. E concluiu: 

-- Coragem, meu irmão! Agora está limpo. Tens a alma branca como no dia do teu Batismo. Persevera na oração e na penitência para agradeceres ao Senhor a sua infinita bondade. Jesus veio ao mundo, como Ele próprio disse, “não para condenar, mas para salvar o mundo” (Jo 3, 16). 


Revista Cruzada - Braga – Portugal

 

 CATEQUESE


I) Que é o Pecado?


O pecado é um não a Deus, isto é, uma desobediência consciente e deliberada da Lei de Deuscometida por pensamentos, palavras, atos e omissões.




1- Pecado Original


Chama-se "pecado original" a privação da Graça Santificante, isto é, o estado de decadência, a falta de uma qualidade essencial que deveríamos possuir e, por conseguinte, uma nódoa ou mácula moral, que nos afasta do Reino dos Céus. Foi "pecado pessoal" dos nossos pais, Adão e Eva, no entanto, nós também ficamos culpados, pois pecamos neles. Tal pecado é remediado no Batismo, mas sofremos as sequelas e feridas do pecado original: a morte, a ignorância e a concupiscência; que são remediadas pela esperança da salvação, pela busca das virtudes e pela busca da Verdade, ensinada pela Igreja de Cristo, a Igreja Católica Apostólica Romana. 



2- Três tipos de pecado atual, isto é, pessoal.


Pecado contra o Espírito Santo: é a recusa explicita do perdão e da graça de Deus: "pecado para a morte" (I Jo 5, 16).

Pecado mortal ou grave: ocorre quando se preenchem três condições:
a) matéria grave, importante
b) conhecimento de causa
c) vontade deliberada

É dito mortal porque leva à perda da vida sobrenatural, isto é, da graça santificante. Quem está em pecado mortal desce a escada que leva a morte eterna. Sua vida da graça esta extinta, até que se arrependa. Assim qualquer mérito das boas obras feitas em pecado mortal não são atualizados e é como se não o tivesse feito, já que esta alma rompeu por vontade própria a relação com Deus que é a fonte de toda Bondade, a alma só volta a ter os benefícios espirituais das boas obras que fez se arrepender-se e confessar-se. 

- Pecado venial ou leve: se dá quando falta um dos três requisitos acima. Não tira a vida da graça, mas contribui para torná-la anêmica, a alma se torna gradativamente mais fraca na batalha contra o mal.



3- Quatro tipos de pecados?


A distinção de quatro tipos de pecado:

a) contra o Espírito Santo
b) mortal
c) grave
d) venial

Proposta ultimamente, segundo a qual o pecado grave não extinguiria a vida da alma, foi repetidamente rejeitada pelo Magistério da Igreja (Reconciliatio et Paenitentia, 17, 1984). Portanto, a distinção entre pecado grave e mortal, como se o primeiro fosse um "pecado médio", não existe. O pecado ou é venial ou é mortal, mortal e grave são a mesma coisa.



4- Pecado pessoal e pecado social?


"O pecado é sempre um ato de pessoa individualmente considerada. Esta pode ser condicionada por fatores externos como por tendências da sua personalidade. Não digamos, porém, que o ser humano é tão condicionado que careça de livre arbítrio; resta sempre a cada individuo sadio a capacidade de opção em meio às pressões de cada dia. Por conseguinte, não devemos atribuir os pecados às estruturas e as sistemas, como se não fossem atos de pessoas" (Reconciliatio et Paenitentia, 16, 1984).




5- Os pecados contra o Espírito Santo são seis: 


1) desesperar da salvação
2) presunção de se salvar sem merecimento
3) combater a Verdade conhecida
4) ter inveja das graças que Deus dá a outrem
5) obstinar-se no pecado
6) morrer na impenitência




6- Os pecados que bradam ao Céu e pedem vingança a Deus são quatro:


1) homicídio voluntário
2) pecado impuro contra a natureza
3) opressão dos pobres principalmente órfãos e viúvas
4) não pagar o salário a quem trabalha

Diz-se que esses pecados pedem vingança a Deus, porque o diz o Espírito Santo, e porque a sua malícia é tão grave e manifesta, que provoca o mesmo Deus a puni-los com os mais severos castigos.

 "A perda do sentido do pecado é uma forma ou um fruto da negação de Deus: não só da negação ateísta, mas também da negação secularista. Se o pecado é a interrupção da relação filial com Deus para levar a própria existência fora da obediência a Ele devida, então pecar não é só negar a Deus; pecar é também viver como se Ele não existisse, bani-lo do próprio cotidiano. Um modelo de sociedade mutilado ou desequilibrado num ou noutro sentido, como é frequentemente veiculado pelos meios de comunicação, favorece bastante a progressiva perda do sentido do pecado." (Reconciliatio et Paenitentia, 18, 1984)




II) O que é Penitência?


A Penitência, chamada também confissão, é o Sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecadores cometidos depois do Batismo. 




1- Instituição da Penitência.


A Penitência foi instituído na tarde do dia da Ressurreição, quando Jesus, depois de entrar no Cenáculo, deu solenemente aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados, dizendo: "Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20, 22-23)



2- Jesus ensina-nos a confessar bem


Com a parábola mais linda do Evangelho, a do filho pródigo, Jesus ensina-nos a fazer uma boa confissão, com a alma cheia de confiança no Amor Misericordioso do Pai. Vale a pena ler e meditar a parábola: Lc 15, 11-26.



3- Para uma boa Confissão requerem-se cinco coisas:


1ª) Exame de consciência, isto é, rezar e pensar nos pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões ("caindo em si, disse..." Lc 15, 17);

2ª) Arrependimento dos pecados (também dos já perdoados); ("quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morrendo de fome" Lc 15, 17);

3ª) Propósito de nunca mais pecar (antes morrer do que tornar a pecar); (Vou-me embora, procurar o meu pai" Lc 15, 18);

4ª) Confissão, isto é, contar os pecados ao confessor: (em espécie, número e circunstâncias), ("Pai, pequei contra céu e contra ti" Lc 15, 21);

5ª) Satisfação, isto é, execução da penitência imposta pelo confessor, se possível imediatamente ("Já não sou digno de ser chamado teu filho" Lc 15, 21) (Código de Direito Canônico 981, 987 e 988).




4- Arrependimento dos pecados


Das cinco coisas necessárias para fazer uma boa confissão, é o arrependimento dos pecados a mais importante. Este pode ser de três espécies:

Natural (produzido por motivos meramente humanos): não apaga nenhum dos pecados. 

Sobrenatural imperfeito (atrição; é produzido principalmente pelo medo dos castigos de Deus): sem a confissão, apaga os pecados veniais; com a confissão, apaga também os pecados mortais.

Sobrenatural perfeito (contrição; é produzido principalmente pelo amor para com Deus): unido ao propósito ou ao desejo de confessar-se, apaga todos os pecados, mas fica de pé  a obrigação de acusar os pecados mortais já perdoados, na próxima confissão, sem a qual não é lícito comungar.



5- Confissão frequente


"A acusação dos pecados graves é necessária; a confissão frequente continua a ser uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria!" (Paulo VI - Exortação apostólica sobre a Alegria Cristã - 09 - 05 - 1975). 

"Por inspiração do Espírito Santo foi introduzido na Igreja o uso piedoso da Confissão frequente, com a qual: 

- aumenta-se o reto conhecimento de nós mesmos;
- desenvolve-se a humildade cristã;
- arranca-se a perversidade dos costumes;
- resiste-se à negligência e ao torpor espiritual;
- purifica-se a consciência;
- procura-se a salutar direção da consciência;
- fortalece-se a vontade;
-aumenta-se a graça por força do próprio Sacramento"

Pio XII, Encíclica Mystici Corporis

Para um cristão, o Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Batismo (Encíclica Redemptoris Mater, São João Paulo II, sobre a Bem Aventura Virgem Maria; 31 - 02-12-1984). 



III) Os Anjos




1- Criação dos Anjos

Deus criou os anjos imediatamente no principio dos tempos e no mesmo instante que os elementos do mundo material, num lugar chamado Céu Empírico, o lugar mais alto dos Paraísos, onde está Deus e os seres bem aventurados (santos) tomados pela Luz Divina. "Emphyrius" vem de queima, remete a queimar no amor de Deus. 


2- Natureza dos Anjos


Deus quis que houvessem espíritos puros para que fossem a coroa da obra de suas mãos, pois são a porção mais formosa, nobre e perfeita do Universo. São substância completa, não tem qualquer relação com a matéria, por isso são denominados puros espíritos. 

Tais são numerosíssimos pois era conveniente que na Obra de Deus o perfeito sobrepujasse o imperfeito. 

Chamamo-os de anjos, pois são enviados de Deus e através deles Deus exerce o seu governo, soberano e efetivo, sobre as demais criaturas.

Os puros espíritos podem somente tomar aparência humana, não podem se unir a matéria. Sendo espíritos podem executar atividades sucessivas em lugares distintos.  



3- A vida intima dos Anjos


A vida intima dos anjos consiste em conhecer e amar, possuem, no entanto, um conhecimento intelectual, carecem absolutamente do sensitivo, pois são incorpóreos. 

Seu conhecimento é mais perfeito, muito mais que o nosso, pois numa só visão abrangem o principio e a consequência das coisas.

Tal ciência, não é infinita, não podem conhecer os pensamentos nem os segredos dos corações, só o conhecem por revelação de Deus ou pela manifestação do agente, ou seja, pela oração. No entanto, como são mais antigos e mais sagazes, podem intuir certas coisas por observação, afinal eles foram criados no começo dos tempos, viram gerações e gerações de seres humanos sobre a terra. 

Também não sabem o futuro, somente por revelação divina. Amam a Deus, a si mesmos e as criaturas. Vivem nesta ordem natural do amor. 



4- A ação dos Anjos no Homem: o Anjo da Guarda


Os anjos podem influenciar os homens pois são de natureza puramente espiritual e, portanto, superior à humana. Pois, em tudo o que é devidamente ordenado, o superior influi no inferior. Eles podem iluminar a nossa inteligência, dando-lhe vigor e pondo ao nosso alcance a verdade puríssima que eles contemplam. No entanto, não podem intervir diretamente na nossa vontade, pois a ação de decidir, de escolher, é um movimento interior que só Deus pode alterar. 

Deus pode atuar diretamente e mudar o movimento da vontade humana, assim o fez com o coração do Faraó. Ele pode, sim, mudar os corações, no entanto, como nos deu liberdade, mesmo tendo poder de mudar nossos corações, Ele escolhe respeitar a nossa vontade, descarregando, mesmo assim, uma chuva de oportunidades de redenção, mesmo ao pecador mais empedernecido, pois assim age sempre em sua Misericórdia, para que a alma se converta. Ele nos deu liberdade por amor e a respeita por amor. Assim os anjos não podem intervir em nossa vontade, já que Deus, mesmo podendo, muitas vezes não o faz. Mas lembre-se não existe nenhum lugar interior e profundo em que Deus não possa agir.

Os anjos podem também excitar a imaginação e as demais faculdades sensitivas, pois estão ligadas ao mundo corpóreo e assim submetidas à ação dos anjos. Eles também podem impressionar os sentidos externos.

Os anjos podem, por consequência disso, dificultar ou impedir a ação dos demônios, porque a justiça submeteu os demônios, como castigo de seus pecados, ao domínio dos anjos. 

Assim Deus se serve dos anjos para promover o bem e para executar os seus desígnios junto dos mortais. 

Mas nem todos os anjos são enviados para este fim. Os anjos da primeira hierarquia nunca são enviados, pois é seu privilégio permanecer constantemente junto ao Trono de Deus. Esses anjos são chamados de Anjos Assistentes. 

Portanto, os enviados aos homens são os anjos da segunda e terceira hierarquia, porém note-se que o coro das Dominações presidem a ordenação dos decretos divinos, e as outras ordens - Virtudes, Potestades, Principados, Arcanjos e Anjos - são os executores. 

Alguns Anjos são destinados para a guarda dos homens, porque a Divina Providência decretou que o homem, ignorante no pensar, inconstante e frágil no querer, tivesse como guia protetor, na sua peregrinação até ao Céu, um daqueles espíritos ditosos, confirmados para sempre no bem. 

Deus destina um anjo para cada ser humano, porque Deus ama mais uma alma do que todas as espécies de criaturas materiais. Mas apesar disto, Deus determinou que cada espécie tivesse um anjo custódio encarregado de seu governo. Estes - anjos custódios de cada ser humano e de cada espécie - são os Anjos da Guarda, que pertencem ao último coro (ordem) da Terceira Hierarquia Angélica. 

De fato - e que maravilhoso! - todos os seres humanos possuem, cada um, um anjo custódio, enquanto vivem neste mundo, em atenção aos obstáculos e perigos do caminho que têm de percorrer até chegar ao fim. 

Pode se perguntar se Nosso Senhor Jesus Cristo teve um anjo da guarda. Considerando que era a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, não convinha, mas teve anjos com a nobre e feliz missão de O servir. 

Os anjos da guarda começam seu ministério assim que o ser humano nasce e a executam sem interrupção até que exale o último suspiro. 

Eles vêem as tribulações e os males que seus protegidos passam mas não se afligem, pois depois de fazerem o que está em suas mãos para evitá-lo se recolhem e adoram neles - seus protegidos- o mistério insondável dos Juízos de Deus. Pois, ainda pode a alma, apesar dos esforços de seu Anjo Guardião, escolher livremente o que é mal, ou ainda, não existir um meio ao alcance do anjo para impedir o sofrimento ou a tribulação, pois que esses também são caminhos de conversão, purificação e santificação. 

Portanto, sempre nos acode os Anjos da Guarda quando o invocamos, mas sua ação sempre estará de acordo com os decretos divinos e fará todas as coisas em harmonia com a glória de Deus. 


4- A ação dos Anjos bons no mundo corpóreo


"Deus se serve dos anjos no governo do mundo material, pois o mundo angélico é superior ao mundo corpóreo. E em todo governo bem ordenado os inferiores são regidos pelos superiores. 

Seu ministério no governo do mundo é velar pela exato cumprimento do Plano Providencial e dos Decretos Divinos concernentes às coisas materiais. 

Os anjos que exercem a administração das coisas materiais pertencem à ordem das Virtudes. Assim sua função no mundo corpóreo é velar pela perfeita manifestação da vontade de Deus, em tudo o que se passa nos diversos seres que constituem o mundo material. 

Dessa forma podemos dizer que Deus executa todas alterações e mudanças no mundo material, inclusive os milagres, através dos anjos que pertencem à Ordem das Virtudes. No entanto, os anjos não tem virtude ou poder para efetuar milagres, só Deus pode fazê-los, os anjos atuam ou na intercessão ou como instrumentos."

Baseado na Suma Teológica de São Tomás de Aquino em Forma de Catecismo


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