Resumão: O Homem Moderno (Padre Alfredo Saénz)

by - agosto 13, 2022




Autor: Padre Alfredo Saénz (nasceu em 1932, tem 90 anos). É professor de Dogma e Patrística na Faculdade de Teologia de San Miguel, da Universidad del Salvador, em Buenos Aires. E desenvolve intensa atividade como conferencista e escritor, além de pregador de retiros e exercícios espirituais.


"O que o homem moderno precisa compreender é simplesmente que toda a argumentação começa com uma afirmação ponto-de-partida; isto é, com algo de que não se duvida. Pode-se, é claro, duvidar da afirmação base, mas, nesse caso, já estaria dando início a outra argumentação diferente, propondo que se parta de outra suposição. Todo argumento inicia por um dogma infalível, e esse dogma absoluto, por sua vez, só pode ser discutido, se recorrermos a outro dogma infalível: nunca se pode provar o primeiro ponto-de-partida (senão não seria ponto-de-partida)."

G.K. Chesterton

Publicado originalmente no Daily News, 22 de junho de 1907
Tradução de Gabriele Greggersen



Resumão

O Homem Moderno

(encontre o livro aqui)


1- Dispersos

Não recuperamos o mundo dentro de nós mas nos dispersamos no mundo, trocamos a interioridade pela exterioridade; vivendo a parte dos homens em cubos de concreto, adorando a técnica, que busca render e não servir, consumindo tudo e reagindo apaixonadamente, abraçando o despudor e a aversão a privacidade e ao sagrado que nela se revela. 


2- Sem tradição e raízes

Sem bagagem ancestral (como tem o homem tradicional), sem leis, sem normas para o pensamento e a vontade, tudo se torna descartável (coisas, pessoas e costumes), todas as ideias são válidas, mas não há valores absolutos, a verdade perene é questionada, surge uma aversão ao tradicional que se mostra em ideologias sucessivas. 

Como não quer mudar, mas quer que tudo e todos mudem, edifica o império da mediocridade. 


3- Massificado e Teledirigido

A massa é um modo de ser homem, não uma classe social. Esse modo pode existir: 

1) de forma transitória, quando perdemos a capacidade de pensar e tomar decisões livres e aderimos ao conglomerado;

2) de forma crônica, quando as características pessoais são perdidas e aderimos a um conjunto uniformizado numa falsa igualdade, que nivela a todos por baixo. Todos juntos na lama, numa propensão pelo fácil, imitando o que aparece na TV, revistas e etc.

3) a imagem produz mais comoção que a fala, com os sentidos são assaltados, nos tornados incapazes de reflexão, a comoção rompe o equilíbrio entre a paixão e a razão. 


4- Divinização dos bichos

Preso a própria natureza não deseja ser mais que homem, renuncia ao transcendente e a vida sobrenatural, é um libertário que acredita que nada nem ninguém deve se submeter a valores morais e religiosos, pois são obstáculos para a liberdade. Este naturalismo gera um homem anti cristão e o imanentismo é o fruto dos seus pensamentos, sendo anti cristão busca o "paraíso na terra" e para propagar essa ideia surge a secularização da igreja: não existe mais A Verdade e sim mais uma verdade. 

Isso gera um medo massivo da morte que tem como fonte a desesperança na vida eterna. 

O quantitativo e impessoal gera uma "errancia espiritual" e uma insatisfação mortal. Sem A Verdade surge uma falsa espiritualidade que busca sanar o desejo, inerentemente humano, pelo transcendente. Astrologias, horoscopo, tarot ou qualquer outra superstição se torna "espiritualidade" e "elevação". A 

New Age é a principal vertente desse movimento, sua doutrina prega:

1) tudo é uma só coisa;

2) o cosmos é vivo e divino; 

3) o próprio humano é divino; 

4) o mundo está passando por uma transição (do ciclo de peixes para o de áries), o Deus masculino (e machista) dará lugar a Gaia, Mãe Terra; 

5) o resgate do culto às deusas e o culto de psicotécnicas que buscam o despertar para o novo ciclo: yoga, hipnose, drogas e etc; 

6) nós estamos evoluindo rumo ao ser divino, mas antes passamos por todos os reinos, por exemplo: uma pedra, uma planta, um animal, humano, divino (ideia baseada no budismo).  Portanto o homem não recebe redenção, se auto redime, não precisa de Salvador. 

7) a transformação do cristianismo: Jesus voltaria para adaptar o cristianismo à nova fase (não para julgar, veja bem), esse processo gera a "guerra da religião", uma guerra mental, intelectual e até podemos usar psicológica.

Diante disso, defende o autor, devemos buscar análises pessimistas para uma postura mais sábia. 


Resumão: Ana Paula Barros

5, dezembro de 2021


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"Do Céu desce o Cordeiro que trás a Salvação, choremos e imploremos das culpas o perdão" (Liturgia das Horas) 








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