Catequese com Contos Medievais 1: O Amém do Vale das Pedras
O Amém do Vale das Pedras
Apesar de cego pela idade, continuava o venerável Beda a pregar a alviçareira boa nova. Conduzido pelo guia, peregrinava o piedoso velho de cidade em cidade e de aldeia em aldeia, tendo na boca a palavra de Deus e no coração o fogo juvenil.
Um dia o moço que o guiava levou-o a um vale ouriçado de brutas pedras e com mais leveza que maldade lhe disse:
- Venerável Pai muita gente está aqui reunida à espera da vossa prédica.
Imediatamente levantou-se o ancião, escolheu um texto sagrado, explicou-o e fez dele aplicação, e exortou, e advertiu, e exprobrou, e consolou com tanta mansuetude e unção que as lágrimas lhe correram suave e docemente pelas barbas encanecidas. E, ao concluir, proferiu ele a oração e exclamou:
- Tu és o Reino e o Poder, Tu és a Força e a Glória por toda a eternidade!
Deu-se, nesse momento, um fato estranho: ao redor, no vale pedregoso, bradaram milhares e milhares de vozes que ecoaram pelas montanhas:
- Amém, venerável Pai! Amém! Amém!
O rapaz tomou-se de assombro, caiu de joelhos, profundamente arrependido, e confessou ao santo o pecado que cometera.
- Mas, meu filho – exclamou comovidamente o velho – por acaso não leste que, se os homens emudecerem, as pedras bradarão? Não tentes, jamais, gracejar com o verbo de Deus, meu filho! A palavra divina é viva, forte e afiada como uma espada de dois gumes; e ainda que o coração humano, a despeito dela, se petrificasse, palpitaria em cada pedra um coração de homem.
(Cândido Jucá - O Bom Caminho, páginas 199/200)
Catequese
I- Quem é Deus?
Deus é puro Espírito, Eterno, Criador das coisas visíveis (este mundo) e das coisas invisíveis (os anjos a alma de cada homem) (Gn 1-2). Em Deus há, numa só natureza, três Pessoas realmente distintas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
"Não há evangelização verdadeira enquanto não se anunciar o nome, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus" (Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica de Paulo VI, 08-12-1975). São João Paulo II, em seu discurso inaugural da conferência de Puebla (24-01-1979), recomendou vivamente aos Bispos da América Latina "uma cuidadosa e zelosa transmissão da verdade sobre Jesus Cristo". Mas a verdade sobre Jesus Cristo (que é Segundo o Mistério da nossa Fé) supõe a verdade sobre Deus, Uno e Trino (Primeiro Mistério da nossa Fé).
"Não há evangelização verdadeira enquanto não se anunciar o nome, a vida, as promessas, o Reino, o mistério de Jesus de Nazaré, Filho de Deus" (Evangelii Nuntiandi, Exortação Apostólica de Paulo VI, 08-12-1975). São João Paulo II, em seu discurso inaugural da conferência de Puebla (24-01-1979), recomendou vivamente aos Bispos da América Latina "uma cuidadosa e zelosa transmissão da verdade sobre Jesus Cristo". Mas a verdade sobre Jesus Cristo (que é Segundo o Mistério da nossa Fé) supõe a verdade sobre Deus, Uno e Trino (Primeiro Mistério da nossa Fé).
Primeiro Mistério de Fé: Deus é Uno e Trino.
II- A Existência de Deus
É verdade de razão e de fé:
- de razão pois a nossa mente está em condições de afirmar e comprovar que Deus existe. A provas racionais da existência de Deus são principalmente três: a) a ordem universal (todas coisas no universo funcionam perfeitamente e ordenadamente) ; b) a voz da consciência; c) o consenso dos povos (todos os povos, das grandes civilizações às pequenas tribos, chegaram a conclusão de que existe Alguém acima deles).- de fé, é por isso mistério. Tal verdade se refere aos mistério da Trindade que nos é revelada por Nosso Senhor Jesus Cristo em Mt 3, 13-17; Jo 1, 1-14.
É verdade consoladora:
- as verdades mais consoladores reveladas no Novo Testamento a respeito de Deus são: Deus é Pai (Mt 6,9; Mt 11, 25-27); Deus é Amor (I Jo 4, 8-16; Jo 3, 16)"Ó Eterna Verdade e Verdadeira Caridade e Cara Eternidade: Tu és o meu Deus, por ti suspiro dia e noite... Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei!" (Santo Agostinho)
Referência: Catecismo Essencial, 1987
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