NÃO SEJA UMA PIPOQUINHA DE JESUS

by - junho 13, 2018


Deus quer mais

“Santíssimo Padre,
Que o novo século comece com um Veni Creator Spiritus, cantado no início da Missa de meia-noite, ou na primeira Missa celebrada em cada Igreja no primeiro dia do ano”



Esta foi a mensagem da Beata Elena Guerra ao Sumo Pontífice Papa Leão XXIII. 

E assim foi feito, o século XX foi consagrado ao Espírito Santo.

No século XX, ocorreram as duas grandes guerras mundiais e o Concilio Vaticano II.

Vale lembrar que o século, consagrado ao Espírito Santo, começou com uma guerra e em meio a guerra a aparição de Nossa Senhora em Fátima.

É interessante como um fato tão importante passe sem ser notado, o Espírito Santo enviou por sua Amada Esposa o que é preciso fazer.

A Beata Helena Guerra, deu toda a sua vida para que o Espírito Santo fosse, novamente, a força motriz da Igreja, fez isso de forma corajosa.

E assim feito, quando o século foi consagrado pelo sucessor de Pedro, nos vem também guerras, perseguições, atentados contra a Igreja, mas também nos vem uma defensora. a Santa Virgem.

Assim como a ação do Espírito Santo durante o século XX, contou com a presença da Santa Virgem, assim também todas as obras levantadas pelo Espírito Santo dentro da Igreja devem com Ela contar.

Não existe ação do Espírito Santo sem Maria e não existe ação de Maria sem o Espirito Santo.

E o que o Espirito Santo de Jesus pediu por meio de Maria Santíssima em Fátima?


Ela disse: "Quereis doar-se a Deus?"

Insistiu na Penitência, Oração e Sacrífico


E por fim disse: "Meu Filho quer estabelecer no MUNDO a Devoção ao Meu Imaculado Coração"

E irmã Lúcia diz sobre o que seria essa "Devoção", trata-se de uma total entrega. 

E ainda: 

"O Senhor revestiu-Me com a sua Luz e o Espírito Santo com o seu divino poder; assim apareço como um grande sinal no céu, como a Mulher vestida de sol, porque tenho a missão de subtrair a humanidade do domínio do enorme dragão vermelho e reconduzi-la toda à perfeita glorificação da Santíssima Trindade.

Só o Espírito do Senhor pode conduzir a humanidade à perfeita glorificação de Deus. Só o Espírito do Senhor pode renovar a Igreja com o esplendor da sua unidade e da sua santidade. Só o Espírito do Senhor pode vencer a potência e a força vitoriosa do enorme dragão vermelho, que, neste vosso século, se desencadeou por toda a parte, de maneira terrível, para seduzir e enganar toda a humanidade."

Mensagens de Nossa Senhora aos Sacerdotes, Seus filhos prediletos, através do Pe. Stefano Gobbi (1973-1997). Imprimatur do: Cardeal Bernardino Echeverría Ruiz, Arcebispo de Guayaquil; Arcebispo Metropolitano de Pescara – Penne, D. Francesco Cuccarese, Cardeal Ignace Moussa Daoud, Patriarca emérito de Antioquia dos Sírios, e Perfeito da Congregação para as Igrejas Orientais. Dongo (Itália), 13 de Junho de 1989, Aniversario da 2ª aparição em Fátima

Assim, fica claro, que não é possível prosseguir uma renovação autêntica e eficaz sem a Santa Virgem.

Ela é quem nos educa para que tudo seja conduzido com a gravidade necessária para a Maior Glória de Deus, Ela que atraí o Espirito Santo e acima de tudo é Ela quem faz com que Ele encontre em nós território fértil e preparado para fazer crescer as sementes dos dons e virtudes semeados em nós pelos sacramentos. 

Ela, em suma, é quem nos prepara para uma vivência eficaz da fé e não uma prática afetiva da fé. 

RCC


Os movimentos da renovação carismática foram os que colocaram em prática as orientações do Concílio e são os maiores propagadores de formação e aprofundamento que temos hoje na Igreja.

Acredito que não existe um ser católico desse país que não tenha retirado fruto da ação do Espírito Santo nesse movimento da Igreja.

Também são, ou deveriam ser, os defensores da doutrina e da tradição da Igreja, pois foi para isso que o Espirito Santo chamou a Beata Elena Guerra, o Padre Jonas Abib e tantos outros. 

Para defender a Igreja! Defender a Doutrina! Defender a Tradição!

E defender o Santíssimo Sacrifício do Altar e a Santa Eucaristia!

Será mesmo que é isso que vemos?

Será que todos estudam e se esforçam para estudar a doutrina e a tradição para poder defendê-la? 

Será que existe mesmo a defesa da Santa Tradição da Igreja ou existe uma assimilação de formas de cultos contrários a doutrina da Igreja?

Será mesmo que é feita a vontade de Deus, expressada pelas orientações da Santa Igreja, durante os ritos ou seja feita a vontade dos homens, que precisam de um quentinho no coração ou uma animação para espantar o sono de uma alma que tem dificuldades em se concentrar?

Existe mesmo aprofundamento? 

Essa sequência de perguntas não é uma crítica, é mais uma análise que cada um deve fazer de si mesmo. Pois, já vi muitos membros envoltos em aprofundamento e defesa da Igreja. E já vi também muitos sedentos, e me refiro a líderes sedentos, que se vêem na falta de alguma coisa.

Eu sempre respondo: "falta Maria"

Logo recebo a resposta: "mas eu a amo", "eu a respeito", "Deus faz muitos milagres por meio Dela".

O problema é que isso é pouco! É preciso mais! 

Maria deve ser inserida na espiritualidade, na intimidade, no papel que Ela tem.

É notável que muitos tem barreiras com a Santa Virgem, é evidente e eu sei o motivo.

Assimilação de culto protestante pela RCC


Eu sei, eu sei... ninguém gosta de ler isso, mas sinto muito, é a verdade.

Quem caminha em vias similares ao protestantismo se afasta da Santa Virgem e fica sedento, dentro da Igreja, sendo líder na Igreja e "falando em línguas".

E aí um movimento que deveria ser abrasador se torna frio, gélido, repetitivo, uma aula dança, um show de extensão vocal. Enfim, tudo, MENOS o que nasceu para ser: lugar de formação de defensores da Igreja no Espírito Santo.

Porque falta a Santa Virgem!

E reitero, falta na espiritualidade, na vivência, no entendimento de quem Ela é, falta no coração.

O que é no minimo preocupante, pois, Ela é a Esposa do Espírito Santo e formadora dos filhos de Deus e santos do século.

Por isso, é fácil notar um ciclo vicioso de pessoas que se acabam de chorar e depois voltam ao dia seguinte iguais, talvez um pouco desidratadas, mais iguais.

Por isso, é fácil ver uma aridez em meio a pulos e danças.

Por isso, é fácil ver animação para dançar, pular e nenhuma para jejuar, rezar o rosário ou fazer exercícios espirituais.

Pipoquinhas de Jesus. 

Você tem sede de mais, Deus quer te dar mais e a Igreja precisa de defensores da tradição que possam louvar de coração, chorar pelos pecadores e pular de morada em morada no crescimento espiritual. 

Portanto, não tenha receios de entrar no caminho de entrega total à Santíssima Virgem, não tenha medo de se deixar moldar realmente, além das músicas, do canto e dos pulos.

Encontre aqui materiais que podem te ajudar a ir para águas mais profundas:

Curso de Mariologia gratuito em áudio aqui.

Guia Prático da Total Consagração aqui

Estudo do Tratado da Verdadeira Devoção à Santa Virgem aqui


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Paz e Bem!
Ana Paula Barros
























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6 comments

  1. Bom dia, Ana! Salve Maria! Ótimo texto. Também sinto falta disto que vc citou, em todos os movimentos e especialmente na RCC. Sou nova no blog e já tenho me alimentado muito espiritualmente do conteúdo dele, te agradeço pelo seu sim. Estarei em oração por vc e seu apostolado. Paz e bem!

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  2. Bom dia, Ana Paula! Salve Maria! Ótimo seu texto e muito pertinente. Sinto falta da presença de Nossa Senhora, e toda espiritualidade que a envolve, em muitos movimentos da Igreja e especialmente na RCC. Sou nova no seu blog, não conheço tudo ainda, mas já me alimento muito espiritualmente com o que vi por aqui. Te agradeço pelo seu sim. Estarei em oração por você e seu apostolado.
    Paz e bem! Muito obrigada.

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  3. E depois da pipoca? Que sede que dá...(Ou “Resposta ao artigo ‘Não seja uma pipoquinha de Jesus’”, do blog Salus In Caritate):

    Olá, paz e bem!

    Eu fui uma pipoquinha de Jesus! Na minha adolescência conheci a RCC e me encantei com o movimento. O que quero dizer é que me encantei com Deus que consegui encontrar ali. Eu vinha de uma vivência de grupo de jovens e lembro que quando estive em um retiro da RCC pensei “como Deus é próximo, eu nunca tinha sentido ele assim antes!” Por alguns bons anos participei ainda do grupo de jovens e da RCC. Com 18 anos optei pela RCC, pois fazia muito sentido para mim. Eu percebia ali uma vivência muito real da proposta do evangelho e isso me atraiu, sem dúvida.
    Participei da RCC por 10 anos. Não tenho arrependimentos. Percebo que, ao menos no grupo onde estive, havia um real e verdadeiro desejo de Deus, de Sua santidade. Nós queríamos evangelizar o fazer o nome d’Ele conhecido e amado. Eu cantei por amor a Nosso Senhor em muitos retiros, em várias cidades e casas. Foi por amor a Ele. Eu era tipicamente a pessoa da RCC, inclusive andava com o terço no bolso e o crucifixo para fora (risos). Foi um período maravilhoso e que me “salvou” de tantas burradas que poderia ter feito na minha adolescência e juventude. Com 28 anos saí do grupo que participava. Como foi difícil essa “separação”, confesso que fiquei sem norte. Então foram mais 10 anos indo à missa e sem nenhum grupo, mas com desejo, fome e sede de Deus! Uma sede que eu não sabia como saciar, pois eu não estava mais confortável com a RCC, mas também não sabia para onde ir. Minha tia, que é protestante, me convidou diversas vezes para ir ao culto, mas eu sabia que eu era católica. (Ela me convidou tantas vezes que cheguei a sonhar com São João Paulo II com uma capelinha de N. Sra. nas mãos e rezando o terço. Ali tive certeza de que não tinha nada a ver comigo, pois sou católica mesmo e amo essa Igreja maravilhosa, a única fundada por Nosso Senhor). Além da missa eu assistia alguns programas da Canção Nova e Deus me alimentou também por meio da Canção Nova.
    Então cheguei neste ponto em que deixei de ser “pipoca de Jesus” e estava com sede! Eu devo dizer que rezei muito pedindo uma orientação do que fazer. Hoje, olhando para trás percebo que tive que fazer como aquela pessoa da parábola que teve que insistir muito para ganhar o que queria. Todos esses anos ora eu rezava ora eu retrocedia, ora eu rezava ora desanimava... Rezava e buscava, mas sem encontrar. Apesar de toda a minha inconsistência na oração eu seguia rezando. Então, de forma muito sutil e discreta, delicada e gentil, Nossa Senhora me buscou através do Tratado da Verdadeira Devoção de São Luís Maria G. de Monfort.
    Hoje, continuo sem nenhum grupo ou movimento, mas ela me “encaixou” na Igreja de novo. Já escrevi isso antes e repito sem medo de ofender ninguém: estar na RCC foi maravilhoso, mas, para mim, foi apenas como estar no hall de entrada da Igreja. O hall de entrada é o saguão, o primeiro lugar quando se entra em um prédio ou casa. Depois do hall tem toda a casa para se conhecer, para se apreciar e se abrigar. Nessa minha analogia a “casa” é a Igreja Católica. De forma que Nosso Senhor tem matado minha sede d’Ele através dela, de sua Mãe Santíssima (e não é ela que sempre percebe quando falta o vinho?). E como tem sido bom, como tem sido rico descobrir essa Igreja Católica com toda sua história, com o exemplo dos santos, com o sermões de tantos padres santos e dos papas. Logo, é como eu disse no início... Depois da pipoca, sempre dá sede e Jesus mandou que quem tiver sede vá até Ele beber de uma Água Viva! Mesmo as pipoquinhas de Jesus, se buscarem a Verdade, encontrarão essa Água Viva! Basta atravessar o hall, pois a Água Viva está dentro da casa, dentro da Igreja Católica!

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